“A corrupção é um mal em si e não deve ser politizada”
Ministro Luís Barroso, durante sessão de julgamento do mensalão
FILIAÇÃO DE ARRUDA PROVOCARÁ DEBANDADA NO PR
O líder do Partido da República (PR) na Câmara, deputado Anthony Garotinho (RJ), e ao menos três senadores – Blairo Maggi (MT), Vicentinho Alves (TO) e Magno Malta (ES) – estão entre os que decidiram abandonar a sigla, caso venha ser confirmada a filiação do ex-governador do DF José Roberto Arruda. Também o presidente regional do partido no DF, deputado Ronaldo Fonseca, sairá do PR.
FIM DA BANCADA
Abandonarão o PR, com Garotinho, outros sete deputados da bancada do Rio de Janeiro, tão logo Arruda ingresse no partido.
OBRA DE VALDEMAR
A iminente filiação de Arruda atende a convite do deputado mensaleiro Valdemar Costa Neto (SP), secretário-geral e dono do PR.
PRÉ-CAMPANHA
Quando viu Lula no Senado, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) se enfiou entre os jornalistas para sair na foto ao lado do líder.
NAVEGAR É PRECISO
A Marinha terá mais uma cobiçada “missão naval” no exterior, para abrigar felizardos adidos: em Praia, capital de Cabo Verde, na África.
MINISTRO SE MANTÉM ENTREGANDO CARGOS AO PMDB
Para se livrar das ameaças de “perder sustentação”, o ministro Antônio Andrade (Agricultura) negocia a entrega ao líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, de cargos “furam poço”: as secretarias de Defesa Agropecuária, que regula a venda de carne, e Relações Internacionais do Agronegócio, reservadas ao advogado Rodrigo Figueiredo e Pedro de Camargo Neto, ex-diretor da Associação Brasileira de Carne Suína.
PAREDÃO
Em jantar do PMDB, no recesso branco, deputados chegaram a xingar o ministro Antônio Andrade, por não “entregar” os cargos prometidos.
SUJEIRA NA CERTA
Kátia Abreu (PSD-TO), que indicou Enio Marques, atual secretário de Defesa Agropecuária, alertou o Planalto dos riscos de ceder ao PMDB.
TETO DE VIDRO
O PMDB teme novas denúncias contra Antônio Andrade no esquema de propina na Petrobras, denunciado pelo lobista João Henriques.
LEITE DERRAMADO
A Controladoria-Geral da União, chefiada pelo ministro Jorge Hage, deu “selo ético” à empresa alemã Siemens, acusada na Justiça alemã de adotar uma política de subornar pessoas. A CGU vai “reavaliar” a honraria à Siemens, colocando sob suspeita seus curiosos critérios.
VAI QUE É TUA
O presidente do PPS, Roberto Freire (SP), não fala com a ex-senadora Marina Silva desde que ela resolveu se dedicar à criação do partido Rede: “Ela nunca me procurou, mas tomara que tenha êxito”.
PAGOT PASSOU
Enrolado em 60 processos no Tribunal de Contas, o ex-presidente do DNIT Luiz Antônio Pagot pagou R$ 6 mil de multa e se safou das irregularidades de um deles, que agora está devidamente arquivado.
SEM CHANCES
O PSD de Gilberto Kassab e o “Rede”, de Marina Silva, são dois dos partidos que queriam pôr as mãos na valiosa base de dados do Tribunal Superior Eleitoral, para incomodar eleitores. Não conseguiram.
MALAS VOADORAS
Dirigente da TAM mostrou sinceridade desconcertante ao explicar, risonho, numa roda em Brasília, a demissão de 800 funcionários: “A ideia é reduzir custos e pressionar os preços para cima, ora”. Pois.
LEI DA SELVA
Empresas de escolta e segurança de cargas, usinas e outras áreas estratégicas tentaram, mas a PF proibiu o uso da AR-15, calibre 380. Permite apenas o velho “trezoitão”. Só bandidos usam carabina AR-15.
NA GAVETA
Em tempos de julgamento do mensalão, PT e PMDB empacam a PEC 196/2012, do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que impõe voto aberto para cassação do mandato. Só falta as duas siglas indicarem membros para que seja criada a comissão especial que apreciará a matéria.
OUTRO LADO
Responsável pela construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, a Norte Energia S.A. declarou que Alstom, participante do consórcio ELM, ficou com R$1,3 bilhão, 37% do valor total do contrato, de R$ 3,5 bilhões.
PENSANDO BEM...
...mantido o rumo dos recursos no Supremo, mensaleiros deveriam topar pena alternativa da viagem só de ida a Marte. Ainda dá tempo.
PODER SEM PUDOR
A LÁPIS, SÓ PRA SUBIR
Ciro Gomes era ministro da Fazenda de Itamar Franco e foi jantar no La Vecchia Cucina, um dos melhores restaurantes de São Paulo. Logo reparou que os preços estavam a lápis. Ficou inconformado, passou o jantar reclamando. Ao final, Sérgio Arno, dono do restaurante, explicou, matreiro:
- Os preços estão a lápis porque estão diminuindo. Já caíram 11%...
Ciro abriu um largo sorriso e não se falou mais no assunto: os preços continuaram a lápis. E subindo.
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