O GLOBO - 16/08
Muitos recordam da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres. No ápice do evento, adentraram ao gramado do Estádio Olímpico grandes alegorias homenageando um dos símbolos de maior orgulho da nação inglesa: o Sistema Nacional de Saúde (NHS - sigla em inglês), o "Sistema Único de Saúde" dos ingleses.
Será que esta cena se repetirá ao fim da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, tendo o nosso SUS como homenageado? Lembremos que as últimas pesquisas de opinião pública, publicadas na imprensa nacional, colocaram a saúde como a maior preocupação de 71% dos brasileiros, chegando a atribuir a este setor o pior desempenho no país como um todo.
As ações na saúde dependem de lideranças focadas no bem comum, da existência de estruturas organizadas, de suporte financeiro adequado, de recursos humanos à altura da responsabilidade que se impõe para as atividades de cuidado e promoção e da preocupação com os resultados finais.
A saúde não é pública nem privada, é um bem precioso e individual e que deve ser respeitado e cuidado no coletivo pelo Estado e pelos governos constituídos. Daí a lição ouvida no 38º Congresso Mundial de Hospitais, realizado em Oslo, em junho passado: "A Saúde é um setor de tão grande responsabilidade para o futuro de qualquer nação que não se poderia deixá-la nas mãos do ministro da Saúde", afirma Jonas Gahr Store, ministro de Saúde da Noruega, nação com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
Após anos de acomodação, vivemos um momento de profundas discussões sobre a saúde em nosso país. A diminuição de participação do setor público ensejou um desenvolvimento do setor privado. Não há indicativos de que o crescimento do setor privado tenha sido o motivador da menor participação do setor público, assim como as empresas de segurança privada não cresceram pela diminuição das polícias no Brasil. A ação dos governos, pelos mais variados motivos, e um deles pode ser o subfinanciamento do setor público, é que propiciou tal desenvolvimento. Aliás, é bom que se frise que a Constituição reconhece que a atividade privada no setor de Saúde é lícita e complementar à pública.
Os serviços privados devem resgatar sua essência, preocupando-se com questões relacionadas à gestão e inovações tecnológicas. Os públicos, por sua vez, precisam repensar seus modelos, planejando o seu desenvolvimento dentro das suas possibilidades de atendimento e buscando, de uma forma transparente e estruturada, uma profícua integração público-privada. O trabalho desenvolvido pelas instituições filantrópicas é um grande exemplo de como esta relação pode ser benéfica.
Alternativas para um sistema de saúde mais eficiente existem, mas é evidente a necessidade de uma gestão mais adequada do dinheiro público e, certamente, uma melhor fiscalização do setor privado.
Será que esta cena se repetirá ao fim da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, tendo o nosso SUS como homenageado? Lembremos que as últimas pesquisas de opinião pública, publicadas na imprensa nacional, colocaram a saúde como a maior preocupação de 71% dos brasileiros, chegando a atribuir a este setor o pior desempenho no país como um todo.
As ações na saúde dependem de lideranças focadas no bem comum, da existência de estruturas organizadas, de suporte financeiro adequado, de recursos humanos à altura da responsabilidade que se impõe para as atividades de cuidado e promoção e da preocupação com os resultados finais.
A saúde não é pública nem privada, é um bem precioso e individual e que deve ser respeitado e cuidado no coletivo pelo Estado e pelos governos constituídos. Daí a lição ouvida no 38º Congresso Mundial de Hospitais, realizado em Oslo, em junho passado: "A Saúde é um setor de tão grande responsabilidade para o futuro de qualquer nação que não se poderia deixá-la nas mãos do ministro da Saúde", afirma Jonas Gahr Store, ministro de Saúde da Noruega, nação com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
Após anos de acomodação, vivemos um momento de profundas discussões sobre a saúde em nosso país. A diminuição de participação do setor público ensejou um desenvolvimento do setor privado. Não há indicativos de que o crescimento do setor privado tenha sido o motivador da menor participação do setor público, assim como as empresas de segurança privada não cresceram pela diminuição das polícias no Brasil. A ação dos governos, pelos mais variados motivos, e um deles pode ser o subfinanciamento do setor público, é que propiciou tal desenvolvimento. Aliás, é bom que se frise que a Constituição reconhece que a atividade privada no setor de Saúde é lícita e complementar à pública.
Os serviços privados devem resgatar sua essência, preocupando-se com questões relacionadas à gestão e inovações tecnológicas. Os públicos, por sua vez, precisam repensar seus modelos, planejando o seu desenvolvimento dentro das suas possibilidades de atendimento e buscando, de uma forma transparente e estruturada, uma profícua integração público-privada. O trabalho desenvolvido pelas instituições filantrópicas é um grande exemplo de como esta relação pode ser benéfica.
Alternativas para um sistema de saúde mais eficiente existem, mas é evidente a necessidade de uma gestão mais adequada do dinheiro público e, certamente, uma melhor fiscalização do setor privado.
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