“Aqui virou um Morro do Alemão”
Ricardo Bacha, fazendeiro, sobre as trapalhadas da Funai e a invasão ilegal de índios
MS: PLANALTO SABIA DO RISCO DE TRAGÉDIA E NADA FEZ
Informado de que a reintegração de posse na fazenda Buriti, em Mato Grosso do Sul, poderia acabar em tragédia, o Planalto preferiu a omissão a adotar medidas para evitar o confronto que levou à morte um índio de 36 anos e feriu quatro policiais. O fazendeiro Ricardo Bacha participou de reunião com os ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça), na terça (28), e fez um apelo dramático pela intervenção do governo. Fizeram-lhe ouvidos moucos.
SOCORRO
Advertindo que os índios seriam hostis, Ricardo Bacha pediu medidas para evitar o pior, como o envio da Força Nacional e cautela da PF.
MÃOS ATADAS
Cardozo alegou não poder sustar demarcações da Funai, causadora do problema, mas que as próximas serão monitoradas de perto.
A QUEM INTERESSA
O deputado Fábio Trad (PMDB-MS) alerta que as ONGs estrangeiras usam índios para expulsar os produtores das terras mais promissoras.
TIROU CORPO FORA
A bancada federal de Mato Grosso do Sul está revoltada com o ministro da Justiça, que agora põe a culpa da tragédia nos policiais.
STF: BARROSO É CRÍTICO DA LINGUAGEM REBUSCADA
A chegada de Luis Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal pode ajudar a acabar um dos males do Judiciário: a linguagem rebuscada. É um crítico desse tipo de linguagem. Segundo ele, ninguém é mais inteligente se chamar autorização do cônjuge de “outorga uxória” ou se chamar o STF de “Excelso Pretório”. “A linguagem jurídica já enfrenta problemas estéticos dramáticos, portanto, não é preciso piorá-la”, diz.
NINGUÉM MERECE
A linguagem jurídica incorpora, como se fossem normais, expressões do tipo “mútuo feneratício”, eleição de cabecel, anticrese, compáscuo.
FALAR SIMPLES
Luis Roberto Barroso estimula os alunos na faculdade a falar simples, com sujeito, verbo e predicado, “e sempre que possível, nesta ordem”.
PRIMO RICO
Gracinha, o vice-presidente Joe Biden (EUA), prometendo “agilizar os vistos de brasileiros”. Ele decide tanto no assunto quanto os brasileiros.
CORTES DO CRIOULO DOIDO
Como diria o sábio Stanislaw Ponte Preta, é o samba do crioulo viajante: enquanto o governo decide “blindar” os gastos de viagem da presidenta Dilma e do seu vice Michel Temer, o Itamaraty sofrerá um corte de despesas de pelo menos R$ 2 bilhões até o final do ano.
SEM DESCULPAS
Deputados alegam que Joaquim Barbosa falou como presidente do STF na palestra em que atacou o Congresso e os “partidos de mentirinha”. O evento constava na agenda pública do ministro.
CORTE A EUNÍCIO
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), faz política: ofereceu apoio do partido à candidatura do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) ao governo do Ceará, caso o PT de Dilma não corresponda à sua expectativa. Mas Eunício conta com o apoio petista.
COMPANHIA ILIMITADA
Em situação crítica, a Venezuela vai dar um “help” na balança comercial brasileira, importando alimento do Mercosul, a preços camaradas e a perder de vista. Mas tem problemas de armazenagem.
THAT’S LIFE
O vice dos EUA, Joe Biden, disse que adorou a “gigantesca” piscina do hotel no Rio. Em Paris, gastou quase US$ 560 mil, reservando cem quartos para a comitiva, há dois meses. Desta vez, foi mais modesto.
FALTA INTERESSE
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) admite “omissão e leniência” do governo petista no conflito que levou à morte de índio e deixou feridos: “As etnias indígenas e os produtores rurais são as maiores vítimas”.
AJUDA DO PLANALTO
Dirigentes petistas dizem que o senador Jorge Viana (PT-AC) conta com a interferência de Lula junto à presidente Dilma para que a Polícia Federal suspenda as investigações no governo do irmão Tião Viana.
COMBATE À CORRUPÇÃO
O ministro Gilmar Mendes, do STF, e o ex-ministro Ayres Britto farão palestra no Congresso de Procuradores de Brasília, que discutirá, entre
5 e 7 de junho, o controle da gestão pública e o combate à corrupção.
PENSANDO BEM...
...o ministro Guido Mantega (Fazenda) já pode desafiar Angela Merkel a mostrar o “pibinho” dela.
PODER SEM PUDOR
QUANTO VALE UM VOTO
Os irmãos Júlio e Jaime Campos, filhos de dona Amália, disputavam o Senado e o governo de Mato Grosso, em 1991, e visitavam Arenápolis. Alguém sugeriu que a caravana evitasse a zona do baixo meretrício.
Júlio ignorou a sugestão e entrou na rua de mulheres debruçadas nas janelas, seios à mostra. Saudou gentilmente as prostitutas, beijando-lhes as mãos:
- Como vai, minha princesa?
O irmão ficou transtornado:
- Você ficou louco?!
Júlio Campos colocou o braço sobre os ombros de Jaime e ensinou:
- Irmão, o voto de cada uma delas vale tanto quanto o de d. Amália...
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