FOLHA DE SP - 18/01/12
Farmacêuticos esperam redução de tributo
A indústria farmacêutica deve receber neste ano a atualização de uma lista de substâncias que podem ter isenção de PIS e Cofins por serem usadas contra doenças de tratamentos contínuos ou de larga escala.
O setor diz que a renovação dos nomes está atrasada desde 2007, quando a última lista foi liberada pela Receita Federal, por indicação do Ministério da Saúde.
Conhecida como "lista positiva", há mais de dez anos, a relação de remédios que podem ter o benefício deve ser atualizada periodicamente para abranger produtos novos, lançados no mercado.
A indústria aguarda aprovação que pode reduzir em cerca de 11% o preço do medicamento nas farmácias, segundo o Sindusfarma (sindicato do setor).
A lista tem hoje mais de mil itens, no entanto, mais de 300 novos estão pendentes, de acordo com a entidade, que recebeu nesta semana uma correspondência do ministério informando que a atualização está em análise na Receita Federal.
Entre as terapias eleitas estão tratamento de câncer, hipertensão, colesterol, além de antibióticos e antialérgicos.
"Em 2001 veio decreto que dizia que periodicamente haveria revisão dos medicamentos. Mas, desde 2007, parou. Agora o Ministério nos enviou a carta que sinaliza que a Receita deve ter uma posição. Esperamos", diz Nelson Mussolini, do Sindusfarma.
Ministério e Receita confirmam que o processo está em curso neste ano.
LABORATÓRIO FORA DE CASA
A participação das organizações de pesquisa contratadas (CRO, na sigla em inglês) deve aumentar no mercado farmacêutico e biotecnológico nos próximos três anos.
Levantamento da EIU (Economist Intelligence Unit) mostra que 34% das empresas ouvidas irão expandir a contratação de terceiros para realização de pesquisas.
Apenas 2% delas pretendem diminuir o uso desses serviços para realizar os experimentos dentro das próprias empresas.
As organizações de pesquisas faturaram US$ 28 bilhões em 2010 (o equivalente a 40% do valor destinado pelas farmacêuticas para desenvolvimento de novas drogas). Em 2000, o faturamento havia sido de US$ 5,2 bilhões.
As companhias farmacêuticas dizem buscar as organizações que têm funcionários talentosos (49%), capacidade de trabalho a baixo custo (44%) e velocidade (42%).
Para atender à crescente demanda, 41% das organizações de pesquisa ouvidas dizem que aumentarão o número de serviços oferecidos.
Foram entrevistados 251 executivos do setor.
BOLSA ESTUDO
O Insper e o fundo de investimento Lanx Capital oferecerão, a partir deste semestre, bolsa de estudos para os quatro anos de graduação de um aluno de Fortaleza (CE).
O acordo, que prevê auxílio financeiro superior a dois salários mínimos para o bolsista por mês, é o primeiro patrocinado em sua totalidade por uma companhia, diz Camila Du Plessis, do Insper.
Outras entidades, como a Fundação Estudar, também oferecem bolsas de estudo em universidades. "A maioria dos nossos alunos está nos EUA", diz o coordenador da entidade, Tiago Mitraud.
O Ismart, mantido por membros de seu conselho e cujo orçamento anual é cerca de R$ 10 milhões, tem três programas, dois deles para alunos de ensino fundamental da rede pública que pretendem ir para escola privada.
Vida... O custo de vida do paulistano aumentou 5,91% no ano passado e registrou a maior taxa anual desde 2008, quando atingiu 6,22%, segundo o Índice do Custo de Vida da Classe Média, elaborado pela Ordem dos Economistas do Brasil e pela FecomercioSP.
...na capital... A maior alta registrada em 2011 foi no grupo "despesas pessoais" -incremento de 7,87%. A categoria foi pressionada pela alta no preço das passagens rodoviárias e aéreas (17,91%), do teatro (9,34%) e da academia de ginástica (8,43%).
...paulista O grupo "saúde" também teve incremento (7,41% no acumulado do ano) que elevou o custo de vida. Os planos de saúde foram os que mais pressionaram a categoria (8,54%). Os remédios tiveram alta de 5,73%.
Reciclagem A Casas Bahia recolheu 500 toneladas de materiais recicláveis com suas ações de logística reversa de embalagens em 2011. O programa é realizado em todo o Estado de São Paulo.
Agência de fomento de SP financia R$ 500 mi e corta juro
A agência de fomento paulista Nossa Caixa Desenvolvimento alcançou R$ 500 milhões em financiamentos para pequenas e médias empresas do Estado, desde que foi criada, em março de 2009.
Nesta semana, a instituição decidiu reduzir sua taxa de juro ao ano em um ponto percentual.
O prazo para pagamento dos financiamentos ao setor público também foi elevado, segundo a agência. O objetivo é "adequar suas linhas às realidades das prefeituras paulistas, que dependem de prazo longo para planejar melhor seus gastos", informa a entidade.
Além de uma sede na capital e do site na internet, a agência de fomento informa que pretende abrir postos de atendimento em diversos municípios.
Amanhã será inaugurado seu posto em Guarulhos, que vai funcionar dentro do escritório do Sebrae.
PROTESTOS EM QUEDA
O mês de dezembro registrou o número mais baixo de títulos protestados em 2011.
Foram 45,9 mil protestos, segundo o Instituto de Estudos de Protesto de Títulos da Seção SP. O número representa redução de 35,2% em relação ao mês anterior.
Em dezembro passado, houve 21,5 mil cancelamentos de títulos protestados.
com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ
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