Ausências
JORGE BASTOS MORENO - Nhenhenhém
O GLOBO - 12/11/11
Menos pelas bravatas petrolíferas do governador e mais pela sua ausência, e a do seu vice, Pezão, na solenidade de ampliação de financiamento para alguns estados.
Dos estados beneficiados pela medida, o Rio foi o único ausente.
Fofoqueiro
Gente, se o Gilberto Carvalho trabalhasse mais e fofocasse menos, o governo estaria muito melhor.
Ele fala mal de todo mundo. Para todo mundo.
Mistério
José Serra anda indo ao Rio com uma frequência muito superior à do próprio governador Cabral.
O mais curioso é que, aparentemente, sem a menor motivação política.
É aí que mora o perigo.
Governo à distância
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, mudou-se para o Jardim de Alah, entre Ipanema e Leblon.
Alega que não aguentou o trânsito da Barra. Na verdade, quer vigiar mais de perto seu futuro oponente Aécio Neves, que nasceu e nunca arredou o pé do Leblon. Campos governa Pernambuco pelo Twitter.
Prisão VIP
Por falar nisso, a polícia seguia o Nem na Rocinha, e o meliante me seguia pelo Twitter. Só pode.
É que, na hora da prisão, enquanto seu advogado, estranhamente, queria levá-lo para a delegacia da Gávea, e não para a sede da PF, Nem implorava, como faço pelo Twitter, para ser levado à 14ª, do Leblon, onde trabalha a bela delegada Elisa Borboni.
Eduardo Cunha, se algum dia alguém conseguir te botar na cadeia, eu te recomendo também. A delegacia é boa.
Biscoito com refrigerante: cardápio indigesto
Se eu fosse do Cade, impediria a compra dos biscoitos Mabel pela Pepsi.
É, acima das questões econômicas, um duro golpe político contra o governo no Congresso.
Ou vocês acham que só os esforços da ministra Ideli e dos líderes Vaccarezza e Jucá garantem os quoruns das madrugadas no plenário?
Os próprios parlamentares já se acostumaram. Quando o deputado Sandro Mabel despeja caixotes de rosquinhas de coco, é sinal de que vão virar a noite, como aconteceu agora na votação da DRU.
E, agora, quem é que vai dar biscoitos à tigrada?
Não fossem as rosquinhas Mabel, a turba de famintos e sonolentos teria linchado, agora, o deputado Mendes Thame (PSDB-SP), um dos parlamentares mais educados e queridos do parlamento.
É que, lá pelas 3h, o deputado, dono também do título de um dos mais prolixos da Casa, tentou combater a prorrogação da matéria com longas metáforas.
Com todo o respeito aos dois, mas, até fisicamente, Mendes Thame é muito parecido com um também querido petista.
Tanto que o chamam de “o Suplicy da oposição”.
Filho ingrato
Saia-justa na passeata do Rio. As famílias Cabral e Garotinho caminham em sentido contrário num estreito corredor que une a Câmara Municipal ao palanque. Encontro inevitável. Cabral e Garotinho, cara a cara, viram o rosto em gesto sincronizado. As proles vão se cruzando e repetindo as coreografias dos pais, até que chega a vez de Marco Antônio Cabral, o mais político e jeitoso dos Cabral, cruzar com a bela e igualmente envolvente Clarissa Garotinho. Perguntem se ele foi solidário ao pai! Esse menino puxou ao avô. Nos seus tempos de garoto, viu, Magaly?!
Que lindo!
Eduardo Paes rendeu-se também à beleza da Clarissa, com quem tirou fotos:
— Diga para seu pai que sou o melhor prefeito que o Rio já teve.
Reforma ministerial
Se eu não engrossasse o coro dos que acham o ministro da Reforma Agrária, Afonso Florence, um baita de boa-praça, eu diria que ele sai.
Perdeu, Mercadante!
A não ser que a Dilma queira perder o seu quadro mais importante infiltrado na mídia, aposto o meu emprego se José Henrique Paim Fernandes, atual secretário-executivo do MEC, não for o sucessor de Haddad no cargo.
Kassab x Paes
Pesquisa Embratur/Ministério do Turismo aponta que São Paulo ganha do Rio não só no atendimento como também no preço dos táxis.
Um a zero
Nem também dizia que só sairia da Rocinha abatido à bala e que a polícia não tinha coragem de prendê-lo. A polícia foi mais rápida do que Dilma, com todo o respeito.
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