quinta-feira, junho 04, 2009

ARI CUNHA

José Alencar, baobá


Correio Braziliense - 04/06/2009
 

Difícil escolher qual figura na política brasileira se encontra como patriota pujante e cidadão de fé. Vamos encontrar o vice-presidente José Alencar. Desde jovem, iniciou o trabalho como vendedor. Foi senador com votação espetacular. Portador de câncer desde 1997, não tem se descuidado da saúde. No último exame realizado no Sírio Libanês, passou cerca de 12 horas em cirurgia. Novas manifestações de câncer apareceram no seu corpo. Amigo do presidente Lula da Silva, cada vez que se levanta do hospital não deixa para depois a reclamação de que os juros devem baixar. Numa oportunidade, Lula foi esperá-lo no hospital. Repórteres indagaram sobre o vice-presidente. “Logo mais ele vai chegar e dizer que os juros estão altos”, disse Lula. Foi o que aconteceu. José Alencar conta na vida com a participação da esposa, dona Mariza. Na última consulta, saiu e disse para a plateia: desta vez, “o bicho vem brabo”. Com sorriso nos lábios, não perdeu a vez: “Passei a vida montando bicho brabo e este vai também”. Nada burla o humor de mineiro. José Alencar trabalhou duro e formou empresa com sucursal até em Buenos Aires. Administra sua vida com inteligência e sabedoria. É homem de vida e gestos simples. Amado pelo povo, é aplaudido aonde chega.


A frase que foi pronunciada

“Não é possível definir política de saúde sem os médicos.”
Explicação do ministro José Gomes Temporão justificando a razão pela qual não homologará decisão a respeito.


Meio ambiente 
Todas as vertentes do meio ambiente vivem de pensamento separado. A ideia é obra e arte do presidente Lula da Silva. Pelo que dá a entender, divide para governar. Carlos Minc levanta a voz e denuncia o fato. Há briga que talvez o faça abandonar o cargo. Com Marina Silva aconteceu a mesma coisa. Lula nunca repreende quem faz o que ele deseja. 

Estrada 
Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento bate o pé e quer construir a BR-319, tão cedo quanto possível. Preservação do meio ambiente, nem falar. Resta saber se será estrada, asfalto de verdade, ou repetição do que se faz no Brasil. Pistas com asfalto carente, acidentes, gente que se vai. Não há piedade nas construções rodoviárias. 

Preço louco 
No Noroeste, ao pé da BR-020, os terrenos estão sendo vendidos na planta. Mesmo assim, o metro quadrado está entre R$ 7 mil e R$ 8 mil. Está localizada vizinha à reserva florestal da Água Mineral, agora ameaçada de invasões. Os preços de imóveis em Brasília vão estourar o mercado ou os compradores. As terras são vendidas pelo GDF. A inadimplência é grande. Poucos poderão honrar compromissos. Mas a dívida é com os bancos. 

Petrobras 
Sai do próprio governo o temor da investigação na Petrobras. Em estando tudo certo, os inventores da CPI serão derrotados e desmoralizados. A empresa vai ganhar pontos no conceito internacional. A proteção dos partidos está fazendo jogo dúbio, como se fosse para alçar novos líderes. Isso provado, a Petrobras tende a sair livre de todas as maldades. 

Câmara Legislativa 
Ledo engano nosso pensamento sobre a Câmara Legislativa. A sede está correndo a toda força. Dava a intenção de coisa correta. Tudo malvado. A Câmara pretende se instalar na Ceilândia, a pedido do PT. O orçamento da mudança, modestamente, exige R$ 100 mil. Isso, sem as vertentes que aparecem, como móveis e o aluguel da escola em que se instalará. 

Nupcial sem aliança 
Governador Aécio Neves aparece com ar fogoso para desmentir acordo nupcial sem aliança. Desmontou sua possível candidatura como vice do governador José Serra. Redemoinho na política nacional. Ambos querem a parte maior do inventário. 

Professor 
Mestre baiano comunica que ensina física no interior do seu estado e recebe por mês R$ 650 brutos. Diz que um parlamentar ganha por ano R$ 10,2 milhões. O minuto de trabalho custa ao erário R$ 11,545. Fechando as contas, informa que um parlamentar custa ao Brasil 688 professores iguais a ele. O leitor dá como endereço e-mail sem identificação e sem assinatura. Mas a comparação pode ser feita pelo leitor.

História de Brasília

Três dragões da independência desmaiaram na solenidade de posse do presidente Jânio Quadros. Foram os únicos casos atendidos pelo serviço de pronto-socorro. (Publicado em 1/2/1961)

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