Areia movediça no Congresso
Folha de S. Paulo - 21/01/2009 |
Poucos assuntos interessam menos ao conjunto dos brasileiros do que a sucessão para a presidência da Câmara e a do Senado. No universo paralelo da micropolítica, a história é bem outra. |
Folha de S. Paulo - 21/01/2009 |
Poucos assuntos interessam menos ao conjunto dos brasileiros do que a sucessão para a presidência da Câmara e a do Senado. No universo paralelo da micropolítica, a história é bem outra. |
Folha de S. Paulo - 21/01/2009 |
De um cacique do DEM, acreditando que a nomeação de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) para o secretariado de José Serra não significa que ele, Alckmin, conseguirá ser candidato ao governo de SP em 2010: "A única certeza que temos é que o Serra é candidato [à Presidência] e que, por isso, como diria o caboclo, encostou no coice da mula para ela não chutar". BALANÇA VENDAVAL |
Panorama Político |
O Globo - 21/01/2009 |
O senador José Sarney (PMDB-AP) chega à reta final das eleições para a presidência do Senado como favorito. Depois de ter dito três vezes não ao presidente Lula, na segunda-feira ele se justificou: "O partido está pressionando, a bancada exige a candidatura". O presidente aceitou, mas alertou-o de que não tinha como tirar o petista Tião Viana (AC) da disputa. Sarney, que preferia ser ungido, retrucou decidido: "Tudo bem, vamos ter eleições". Olé! |
- Globo: Obama anuncia reconstrução dos EUA e promete era de paz
- Folha: Obama toma posse com promessa de reconstruir os EUA e liderar o mundo
- Estadão: Obama promete nova era de responsabilidade nos EUA
- JB: O presidente da esperança
- Correio: O que ele quer mudar
- Valor: Obama prevê tempos difíceis
- Gazeta Mercantil: Obama promete ação e audácia
- Estadão: Em busca do orgulho perdido
- Jornal do Commercio: Tolerância, esperança e paz
Folha de S. Paulo - 20/01/2009 |
O número de trabalhadores com carteira assinada em todo o Brasil recuou 2,1% em dezembro, na comparação com novembro, mas há cidades em que esse índice alcançou espantosos 50%. Os dados detalhados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados ontem, apontam que das 30 cidades que registraram os maiores percentuais de derretimento do emprego formal, 29 são de São Paulo. Do deputado estadual ENIO TATTO (PT), sobre a nomeação do ex-governador Geraldo Alckmin para a Secretaria de Desenvolvimento do Estado após perder duas eleições consecutivas. A CPI da Câmara Municipal de São Paulo que investigou o funcionamento de bingos ouvia em 2002 o depoimento de Airton Fonseca, do "Bingo Sampa", que falava sobre a contabilidade da sua empresa. |
Folha de S. Paulo - 20/01/2009 |
Um dos traços marcantes dos judeus, mundo afora, é o brilhantismo em campos variados, de arte a economia, de joalheria a agricultura. Isso se traduziu num "produto de exportação" de Israel: as áreas militar e de inteligência. |
Panorama Político |
O Globo - 20/01/2009 |
Os efeitos da crise econômica também chegaram às prefeituras. A estimativa para janeiro é de uma queda real no repasse do Fundo de Participação dos Municípios de sete pontos percentuais. Esse é o primeiro efeito do pacote fiscal beneficiando a indústria automobilística. Estima-se que esse repasse tenha nova redução em fevereiro, devido à alteração na tabela do Imposto de Renda. TÁ DOMINADO. Ao ser nomeado para a Secretaria estadual do Desenvolvimento, o ex-governador Geraldo Alckmin se engajou no projeto José Serra 2010. O cargo era ocupado pelo vice-governador Alberto Goldman. Serra unificou as principais lideranças do PSDB paulista. Ele garante o comando de seu processo sucessório e fecha as portas para seu adversário interno na corrida para o Palácio do Planalto, o governador Aécio Neves. Para o mundo |
O Estado de S. Paulo - 20/01/2009 |
Reside nos detalhes - nem sempre sutis, é verdade - a dimensão do empenho do governador de São Paulo no projeto Presidência da República. José Serra nunca esteve tão disposto a remover obstáculos, a não deixar ponto sem nó, a aparar arestas presentes, passadas e futuras. Cozinha em banho-maria a proposta de realização de prévias no PSDB, como diz querer o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, articula-se com o PT pelo fim da reeleição e agora acaba de matar um mal pela raiz ao deslocar um de seus principais operadores políticos da Secretaria de Desenvolvimento para dar lugar a Geraldo Alckmin. E companhia, obviamente. José Serra trabalha em silêncio e não é de hoje. Paulista da Mooca, reza pela cartilha da mítica mineira. Na eleição municipal "amarrou" o apoio do PMDB de São Paulo à sua candidatura, antes disso havia feito do DEM um devedor eterno ao garantir ao minguante ex-PFL o comando da prefeitura mais importante do País e depois disso teve o cuidado de não celebrar as vitórias. Frequentador das listas de "ganhadores" daquele certame fez o modesto. No curso do monumental charivari que tomou conta do PSDB paulista - com rebatimento em terras mineiras - fez o frio. O mundo tucano se desfazia em ferro e fogo, mas, no gabinete do governador, a temperatura era de inverso europeu. Do lado de fora, os administradores políticos da confusão - Aloísio Nunes Ferreira e Alberto Goldman - transitavam com os cabelos em pé e os colarinhos amarfanhados. Dentro, o governador - composto e indiferente - tratava o assunto Geraldo Alckmin com naturalidade acadêmica, estudada até a medula. Nem parecia que o ex-governador, desafeto assumido nas internas e adversário contido para efeito externo, estava criando embaraços graves ao plano de deixar o caminho livre para a candidatura Gilberto Kassab ao encasquetar em disputar a prefeitura pelo PSDB. Da boca do governador nenhuma crítica produzida na presença de estranhos, jornalistas incluídos. Impassível ante a qualquer provocação, Serra manteve a fleuma do começo ao fim. Oficialmente falando, claro. Calabrês, disputou, e ganhou, no quesito impassibilidade, celebrado como a marca do anestesista, um homem pouco dado a entusiasmos e duro na queda. Ainda que profunda. Longe de ser um tolo, muito menos um vocacionado para o conformismo, Alckmin não esquentou cadeira na derrota. Mal digerido o resultado da eliminação no primeiro turno, começou a se movimentar. Primeiro, a bordo da versão de que deixaria o PSDB, talvez até para se candidatar a presidente. Depois, espalhou que estava pensando em se candidatar a governador em 2010 e disputar a legenda tucana com o indicado por Serra que poderia ser qualquer um, menos ele. Desta vez, com a imagem do Palácio do Planalto no horizonte, o governador José Serra não deixou ao tempo a solução dos problemas. Até porque a experiência lhe mostrou duas vezes que a omissão não é a melhor conselheira. Em 2006, Serra queria ser candidato, Alckmin também. Mas, agora se vê, não queria tanto assim. Ou imaginou que com a preferência nas pesquisas não precisasse fazer por onde. Deixou as coisas correrem seu curso livremente e, na última hora, resolveu disputar o governo do Estado, argumentando que não poderia insistir na candidatura a presidente com Alckmin no comando da resistência em São Paulo. Em 2008, não fez como muitos achavam que deveria ter feito. Não apelou a Alckmin pela desistência da disputa da prefeitura e apostou que ele tropeçaria nas próprias pernas como, de fato, tropeçou. Mas saiu daquela eleição com mais de 20% dos votos, o que, em termos de São Paulo, quer dizer mais de um milhão e meio de votos. Em matéria de PSDB, uma nova ofensiva de Alckmin no trabalho de construção de barreiras poderia significar bem mais. Ele capitaliza, como ocorreu nas ocasiões anteriores, a ação dos adversários de Serra dentro do partido e País afora. Qualquer um que converse com Alckmin dá margem à interpretação de que sobre a formação de um núcleo anti-Serra. É sempre um fator de perturbação. Durante a campanha municipal, Aécio Neves participou de atos públicos com Alckmin e a leitura que se fez foi de investida de Aécio contra Serra. A lógica apontava para uma leitura menos drástica do ponto de vista eleitoral, pois não seria crível que algum paulista mudasse o voto por conta da presença do governador mineiro. Só que sob a ótica das aparências partidárias, ações semelhantes nesse período até o início da campanha presidencial, dão ideia de divisão e tudo o que Serra precisa é de construir a união. Daí a opção por cooptar o grupo de Alckmin, não depreciar a força de nenhum adversário, remover montanhas, dirimir conflitos, comer o mingau pelas beiradas, agregar, como convém a quem cuida de cada lance com o cuidado de um jogo esperado a vida inteira. |
- Globo: Governo exigirá manutenção de emprego para cortar impostos
- Folha: Indústria concentra demissão recorde
- Estadão: Corte de vagas é o maior desde 92
- JB: Obama - Reforma começa pela economia
- Correio: Obama renova o sonho por um mundo melhor
- Valor: Aracruz fecha acordo para pagar dívida de US$ 2,6 bi
- Gazeta Mercantil: Demissões chegam a 654 mil em dezembro
- Estado de Minas: O sonho não acabou...
Folha de S. Paulo - 19/01/2009 |
Tema de grande interesse de políticos, os pedidos de concessão de rádio e TV enviados pelo governo ao Congresso Nacional explodiram em 2008. Segundo a Câmara dos Deputados, foram 1.030, entre novas outorgas e renovações, contra 294 em 2007 -aumento de 250%. Em 2003, primeiro ano do governo Lula, apenas 14 pedidos foram enviados ao Legislativo. Tiroteio De VALTER POMAR , secretário de Relações Internacionais do PT, em apoio à concessão de status de refugiado ao italiano Cesare Battisti. O Senado realizava sessão, em 2007, para a escolha do novo presidente da subcomissão permanente de Cinema, Teatro e Comunicação Social, cargo que estava vago desde que Sérgio Cabral (PMDB) fora eleito governador do Rio de Janeiro. Como a escolha fora acertada previamente, Demóstenes Torres (DEM-GO) obteve todos os votos. |
De volta ao século 19 – Comandantes dos acampamentos ameaçam recomeçar a Guerra do Paraguai
Já excitados com a chegada do MST aos 25 anos de vida, os comandantes das tropas dos sem-terra eriçaram-se de vez, na virada para 2009, com a coincidência tremenda: faz 145 anos que a Guerra do Paraguai começou. Duas efemérides tão admiráveis, somadas à recente chegada ao poder do companheiro Fernando Lugo, mereciam muito mais que festejos ortodoxos, como a depredação de fazendas produtivas ou o confisco de prédios federais. Assim nasceu a idéia de retomar o grande conflito encerrado em 1870. Só que agora com o MST a favor da potência vizinha e contra o Brasil.
Na primeira semana de janeiro, o marechal João Pedro Stédile comunicou ao presidente Lugo que os soldados entrincheirados nas barracas de lona preta estão prontos para desencadear a revanche do século com a execução de duas missões. Primeira: invadir e ocupar as instalações da hidrelétrica de Itaipu, o que obrigaria o Planalto a reformular o tratado em vigor desde 1973. Segunda: expulsar do Paraguai agricultores brasileiros ali infiltrados há décadas.
"A Eletrobrás paga uma bagatela pela energia comprada do país vizinho", descobriu Roberto Baggio, da coordenação nacional do MST. Quem sai lucrando, segundo a figura batizada em homenagem ao atacante italiano que ganhou a Copa de 1994 para o Brasil, são "grandes grupos econômicos estrangeiros". Como a Eletrobrás.
Marco Aurélio Garcia, conselheiro presidencial para complicações cucarachas, não vê nada demais na declaração de guerra. "Vivemos em um país democrático", ensina o assessor de Lula. "Qualquer partido político ou qualquer movimento social pode defender suas posições à vontade. Considero legítimas todas essas manifestações".
Embora agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) andem monitorando os encontros entre autoridades paraguaias e dirigentes do MST, Baggio usa o salvo-conduto concedido pelo companheiro Garcia para provocar o governo de que faz parte o assessor Garcia em entrevistas ou nos textos beligerantes que publica no site do MST.
"Nada é mais nacionalista do que defender a soberania de um povo sobre os seus recursos naturais", argumenta o artilheiro sem-terra. "Defendemos a soberania de todos os países. Somos contra o imperialismo dos Estados Unidos sobre o Brasil e do Brasil sobre qualquer país da América do Sul". É isso aí, avaliza o comandante Stédile, no momento ocupado com os retoques finais no plano de abrir uma segunda frente na Bolívia, e botar para fora todos os brasileiros proprietários de terras ou empresas no reino de Evo Morales.
No século 19, o Exército imperial precisou aliar-se à Argentina e ao Uruguai, e lutar durante cinco anos, para derrotar um inimigo solitário. No início do terceiro milênio, o Paraguai tem o apoio de uma quinta coluna com a qual Solano Lopes sequer sonhou. Mas hoje as coisas parecem bem menos complicadas. Sucessor do Duque de Caxias, o general Nelson Jobim só precisa convencer o governo Lula a suspender a mesada e o rancho das tropas, além de enquadrar os recalcitrantes com pedagógicas temporadas na cadeia. Também para o ridículo há um limite.
No programa radiofônico semanal, o presidente Lula resumiu a receita que preparou para resolver de vez todos os problemas do Oriente Médio. "Nós precisamos detectar quem quer os conflitos e colocar essas pessoas numa mesa de negociação, junto com as forças políticas que têm influência, tanto na Autoridade Palestina, sobretudo no Hamas, e no povo de Israel, para que a gente possa começar uma conversação e encontrar uma fórmula, para que eles possam viver em paz e cada um desenvolver o seu país". Simples assim. Lula estudou a questão porque "gostaria que árabes e judeus vivessem em paz, no Oriente Médio, assim como convivem no Brasil". Foi por isso que despachou Celso Amorim para a zona conflagrada. A rainha de Sabá tem mais chances que o chanceler brasileiro de participar do grupo de negociadores da paz improvável entre israelenses e palestinos. É coisa para representantes de países neutros, e o Brasil governado por Lula é hostil ao Estado judeu. É coisa para nações com relevância geopolítica, e o Brasil só influencia os destinos do planeta na cabeça dos mitômanos do Planalto e dos napoleões de hospício do Itamaraty. E é coisa para gente grande. A crise do Oriente Médio é séria demais para ser discutida por um ministro das Relações Exteriores que, antes da decolagem do avião, troca o terno pelo pijama e pede um copo de leite à comissária de bordo que oferece taças de champanhe aos passageiros da primeira classe. No dia 9, o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, libertou três integrantes da quadrilha de extorsionários a que pertence o incansável Marcos Valério. No dia 14, soltou também o ex-tesoureiro do mensalão, que horas antes fora obrigado a continuar na cadeia por decisão do Tribunal Regional Federal de São Paulo. No dia 15, Gilmar Mendes aproveitou o embalo e autorizou a volta à Assembléia Legislativa de Alagoas de 10 parlamentares afastados dos cargos por corrupção. Janeiro mal chegou à metade. O mais rápido sacador de habeas corpus do mundo já merece o título de "Homem sem Visão do Ano". "O Brasil é um país generoso e tomou uma decisão soberana", recitou o presidente Lula para justificar a absolvição pelo ministro Tarso Genro do italiano Cesare Battisti, condenado em seu país à prisão perpétua por assassinato. Nenhuma palavra sobre os dois pugilistas cubanos capturados no Rio quando tentavam escapar para a Alemanha e devolvidos a Havana por exigência de Fidel Castro. "Eles pediram para voltar", mentiu Genro de novo. Um já conseguiu fugir da ilha. O outro continua por lá, proibido de lutar pela mais antiga ditadura do planeta. No governo Lula, soberania é apenas uma rima pobre para ideologia. E generosidade é o outro nome do cinismo. O Diário Oficial da União informou que o Ministério do Esporte e o Comitê Olímpico Brasileiro resolveram melhorar o visual dos sete cartolas escalados "para a realização de ação de relações públicas internacional por ocasião de entrega do Dossiê de candidatura em Lausanne, Suíça". Cada um recebeu US$ 2 mil só para "Aquisição de Vestuário". Como a turma continua implorando por um banho de loja, ou os cabos eleitorais do Rio pagaram demais por roupas de quinta (e, portanto, são imbecis) ou embolsaram o dinheiro (e, nesse caso, são gatunos). Para pagar o tratamento de lesões que a afligem desde os Jogos de Pequim, a ginasta Jade Barbosa vende autógrafos. Essa crise é coisa para gente grande
Presidente do STF pisa no acelerador
Soberania agora rima com cinismo
Medalha de ouro em pilantragem
PORRETE E GATILHO LADO A LADO
Leandro Mazzini
De todas as formas de integração aguardadas na parceria entre governo do estado e prefeitura do Rio, desafinados nos últimos anos, a maior expectativa aparece na segurança. Quarta-feira agora, em cerimônia no Palácio da Cidade, o prefeito Eduardo Paes (foto) lança com Sérgio Cabral o Comitê Integrado de Segurança – que envolve interação entre a Guarda Municipal e a Polícia Militar. Foi promessa de campanha, e surge com duas novidades. Um serviço de rádio integrado entre as forças, para maior interlocução e contra-ataque ao crime. E a volta da famosa dupla Cosme e Damião. Com outra diferença: a ideia é colocar lado a lado um policial e um guarda municipal. Será o grande teste do entrosamento. Além disso, estado e prefeitura vão reforçar o policiamento no Centro e na Zona Sul. Outras parcerias estão previstas.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, e o diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, serão convidados para o evento.
Veja como a tecnologia ajuda a polícia a atuar com inteligência. O serviço de atendimento por telefone de um grande banco privado recebeu ligação de um empresário que teve os cartões roubados. Em poucas horas, o bando estava preso, e todos serão processados por quatro crimes.
BBB do cliente 2
A telefonista não só cancelou os cartões imediatamente como chamou a empresa contratada pela instituição para rastrear os pagamentos dos cartões. A polícia foi acionada e flagrou a quadrilha.
Compras & Cela
Com o bando havia armas, mais cartões e motos usadas para outros crimes do tipo.
Boi hermano
O Brasil é que nem mãe para Evo Morales. O Ministério da Agricultura comprou 2 milhões de doses de vacina contra a febre aftosa para doação à Bolívia. Pagou R$ 1,86 milhão à Merial Saúde Animal.
Maluquinho, não
Mestre Ziraldo sabe colher os frutos do sucesso. A Empresa Brasil de Comunicação, que controla a TV Brasil, pagou R$ 150 mil de direitos autorais para exibir a segunda temporada da série Um menino muito maluquinho.
Todo mundo on-line
A EBC quer todo mundo antenado. Comprou 80 notebooks para seus funcionários.
Bombeiro civil
O D.O. da União anuncia: criada a profissão de "bombeiro civil", em substituição aos velhos brigadistas de incêndio. Com categorias como a de bombeiro mestre, a lei dá aos brigadistas o privilégio de trabalhar 12 horas e descansar outras 36.
Muito fogo
Com os bombeiros civis, espera-se um novo filão no mercado para empresas terceirizadas.
Hostess
Rogério Fasano decidiu. Será inaugurado ano que vem em Nova York hotel da rede. Um prédio de seis andares passa por reformas e terá 70 suítes. Fica na esquina da Perry St. com Washington St.
Sem 'botton'
Segue o corte de prioridades da AGU. Depois de abandonar a ideia de instalar máquina automática de café expresso na unidade de São Paulo, o órgão revogou licitação para confecção de bottons para todas as unidades.
Batuque
Um grupo de 15 brasileiros do grupo de percussão Batalá, de Brasília, vai tocar na cerimônia de posse do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Participará nas ruas do circuito alternativo para animar os ianques com o som afro-brasileiro.
Batuque 2
O Batalá está presente em vários países. A diretora em Washington, que fundou o grupo lá, é a brasiliense Mariana Studart. Os brasileiros vão apresentar-se também no Harman Center for the Arts.
Contagem
Faltam dois dias para George Bush sair da Casa Branca.
Na próxima quinta-feira na sede do PDT em Brasília o partido se despede oficialmente no chamado "bloquinho de esquerda" que desde 2007 une PDT, PSB e PCdoB. Lá, a despeito dos avisos de pedetistas tradicionais de que o partido perderia autonomia e identidade, fez-se um grupo que outra função não teve senão a de formar um "unidos avançaremos" sobre os espaços de poder na aliança com Lula e ajudar no que podia o governo no Congresso. Juntos, são mais de 80 deputados; separado, o PDT soma 24.
Foi bom enquanto interessou ao presidente. Deixou de ser tão bom assim no momento em que o bloco reivindica independência e sustenta, por exemplo, a candidatura presidencial de Ciro Gomes (PSB) e a postulação de Aldo Rebelo (PCdoB) à presidência da Câmara.
Nenhum dos dois, e por razões diversas, dá sinais de alinhamento automático à vontade do presidente Lula no processo da sucessão de 2010.
Hora, portanto, de acabar com a brincadeira e começar a organizar o reforço aos planos de Lula que serão também os do PT. O primeiro movimento foi solicitar a Carlos Lupi, ministro do Trabalho e presidente licenciado "ma non troppo" do PDT, a execução de uma nova empreitada: retirar seu partido do bloquinho e colocá-lo à disposição do projeto Dilma Rousseff ou quaisquer que sejam os projetos eleitorais do Palácio do Planalto.
Daí o entusiasmo crescente do ministro pela candidata Dilma, daí o afã de mostrar-se mais realista que o rei no combate às demissões na indústria, vendendo mercadoria que não pode entregar, como a punição de empresários e empresas que cortarem gastos com pessoal na crise.
Daí também a aguerrida e até surpreendente defesa da candidatura de Michel Temer para a presidência da Câmara em detrimento do parceiro de bloco, PCdoB, que disputa com Rebelo.
Quando souberam da movimentação, o PSB e o PCdoB começaram a articular também uma retirada, deixando a ópera assim resumida: o grupo autodenominado de esquerda entra em regime de autodissolução, passa a agir na base do cada um por si com Lula trabalhando para que todos atuem em prol de uma candidatura petista.
E assim o bloquinho que não influiu nem contribuiu enquanto viveu para a melhora ou piora dos destinos da nação dá adeus, vai-se embora e deixa uma lacuna que, da mesma forma, em nada altera a ordem das coisas.
A não ser o relevante fato de que a cerimônia de encerramento pode ser vista como o ato inaugural da operação S.O.S. PT seja feito como seu mestre mandar daqui até 2010.
Vontade do eleitor
Uma consulta entregue no final do ano por Miro Teixeira ao Tribunal Superior Eleitoral pode, dependendo da resposta, alterar o quadro de absoluta supremacia das cúpulas partidárias posto desde que o TSE e depois o Supremo Tribunal Federal decidiram que os mandatos pertencem aos partidos e não aos candidatos nem aos eleitos.
Miro pergunta, por exemplo, sobre a legitimidade da formação de blocos parlamentares no Congresso, juntando partidos que foram adversários da eleição. Ele quer saber se esse tipo de atitude se enquadra ou não naquelas hipóteses em que a mudança de partido é permitida por alteração do programa partidário.
Indaga também se é correto um partido ocupar cargos no governo daquele que foi seu oponente na eleição. Isso não trairia a vontade do eleitor e, portanto, não iria de encontro à limitação do troca-troca? É a dúvida subjacente.
Em seguida, o deputado pede ao tribunal que diga se, em caso de se configurar traição, o TSE não poderia editar uma nova resolução para assegurar que o partido – assim como o deputado ou senador – se visse impedido de mudar de posição.
A intenção do deputado é provocar a Justiça Eleitoral a delimitar a área de poder das direções dos partidos, que, no entender de Miro Teixeira, ficou irrestrito depois da decisão que deu ganho de causa às cúpulas.
Podem fazer e desfazer. Enquanto o parlamentar, ou mesmo o governador ou o prefeito, ficam obrigados a se manter filiados às legendas pelas quais foram eleitos sob pena de perda de mandatos, as direções – nem sempre eleitas, habitualmente produtos da burocracia partidária – ficam à vontade para fazer qualquer coisa, integrar quaisquer alianças, aderir a qualquer governo.
E, como demonstra o processo dos 40 acusados de participar do esquema do mensalão, cúpulas partidárias não são entidades acima de qualquer suspeita.
Armação ilimitada
Noves fora razões diplomáticas inexistentes, é de se perguntar qual a necessidade de o presidente Lula manifestar apoio às reeleições sem limites do venezuelano Hugo Chávez. Enseja suspeitas completamente dispensáveis para quem, como Lula, abomina a hipótese de continuidade.
- Globo: Crise reduz em R$ 65 bi investimentos no Brasil
- Folha: Indústria paulista fecha mais de 100 mil vagas
- Estadão: Empresas e sindicatos fazem acordo à margem das centrais
- JB: Obama faz do Brasil parceiro estratégico
- Correio: Boa sorte, Obama
- Valor: Citi é pressionado a vender ativos e encolhe no Brasil
- Gazeta Mercantil: Crise força empresas a reinventar função do RI