segunda-feira, setembro 23, 2013

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO


GOVERNO IMPEDE DIPLOMATA DE SE JUNTAR À FAMÍLIA

Destituído da embaixada em La Paz, por haver ajudado o senador asilado Roger Molina a fugir para o Brasil, o ministro Eduardo Sabóia foi removido para a sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, e nem sequer foi autorizado a voltar a Bolívia para reencontrar a família e providenciar a mudança. Sua mulher continua em La Paz com dois filhos pequenos, sem assistência ou proteção da embaixada.


JÁ ESQUECERAM

Eduardo Sabóia não é “persona non grata” na Bolívia. Evo Morales parece aliviado por se livrar da oposição de Roger Molina.


DESTINO

O Itamaraty quer Eduardo Sabóia trabalhando no setor de economia e finanças, sua especialidade. Mas ele quer ir para o escritório do Rio.


BOLA NO CHÃO

A visita do diplomata a políticos de oposição irritou o governo. Colegas de Eduardo Sabóia sugerem “baixar a bola”, em tempos de sindicância.




Irregularidades fizeram a Justiça afastar o presidente da Confederação Nacional do Comércio, Antonio Santos, agarrado ao cargo há 33 anos.


STF PODE DEFINIR LIMITE DOS PODERES DA ANVISA

O Supremo Tribunal Federal marcou para quinta (26) o julgamento da Ação de Inconstitucionalidade da Confederação Nacional da Indústria contra a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que proibiu a venda de cigarros com aditivos no País. A ação é decisiva para definir os limites das agências reguladoras. Mantida, a resolução da Anvisa forçaria a retirada do mercado de 95% das marcas de cigarros.


NOVO PODER

No Senado e na Câmara são freqüentes as queixas contra agências reguladores, por suas resoluções com força de lei.


QUANTO PIOR…

Com a proibição dos aditivos, pretendida pela Anvisa, os cigarros não ficam mais saudáveis, segundo especialistas. Ficam apenas piores.


ADITIVOS

Entre os “aditivos de sabor” que a Anvisa quer proibir estão substâncias da folha de tabaco perdidas no processo industrial.


VÍTIMAS DO ITAUCARD

O cartão Itaucard transferia pontos acumulados para o programa Smiles na base de um ponto, uma milha. Mas mudou a regra em março, sem prévio aviso, cobrando 25% para cada ponto transferido, reduzindo as milhas acumuladas pelos clientes tratados como otários.


UM OTIMISTA

De saída do PDT, onde se encontra com a mão no nariz, o deputado Antonio Reguffe (DF) ainda faz uma derradeira sugestão ao partido: abrir mão dos cargos. Ele acha que o PDT “ganharia credibilidade”.


POLICARGOS

Pela voracidade na ocupação de cargos no governo do DF, o deputado Policarpo (PT) ganhou um apelido significativo: “Policargo”. Arrumou até uma “boca” para sua mulher, administradora da cidade Estrutural.


QUÓRUM GARANTIDO

Interessados nos trocados das emendas, deputados já confirmaram presença em jantar oferecido nesta quarta (25) pelo deputado Fábio Ramalho (PV-MG) à ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais).


UMA ROUBADA NA ÁFRICA

Cerca de 5% dos recursos do petróleo bruto da Nigéria – 100 mil barris ao dia, R$ 2,2 bilhões ao ano – são “lavados” em centros financeiros internacionais como o Brasil, revela o think-tank Chatham House, de Londres, à rede BBC. Envolve militares, políticos e executivos locais.


MISSÃO IMPOSSÍVEL

Presidente do DEM, o senador José Agripino (RN) não vê chance de a governadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) disputar reeleição em 2014, a não ser que ela consiga costurar ampla aliança, com apoio do PMDB.


SENADORA HESITANTE

Alvo de resistências no PMDB do Tocantins, Kátia Abreu (PSD) repensa a recusa em se filiar ao partido, a convite de Michel Temer. Ela diz ser candidata a governadora para garantir o retorno ao Senado.



TIRO NO PÉ

Aliados do governador Cid Gomes (PSB-CE) consideram um “tiro no pé” sua eventual filiação ao PROS que, em vias de criação, deverá ter tempo de televisão mínimo para eleger uma boa bancada em 2014.


PENSANDO BEM…

…além de cega, a Justiça às vezes também manca.



PODER SEM PUDOR


PRECISA CONHECER BEM?

Na eleição de 1950, Getúlio Vargas ordenou que a sobrinha Ivete Vargas fosse candidata a deputada federal em São Paulo, mesmo sem ter grande familiaridade com o Estado. Foi eleita com grande votação. Logo após a vitória, um repórter traduziu a má vontade da elite paulista:

- Como explica essa votação mesmo conhecendo São Paulo tão pouco?

- Eu fui candidata a deputada federal – respondeu Ivete, cortante – e não a chofer de táxi!

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