NELSON DE SÁ
FOLHA DE SÃO PAULO - 04/11/09
Imagens do jovem Claude Lévi-Strauss na Amazônia, em sua "experiência fundadora", tomaram as páginas iniciais mundo afora, do americano "New York Times" aos franceses "Libération" e "L'Express".
Ele foi destacado como "gigante do pensamento francês, conhecido no mundo todo como um mestre", pelo "Le Figaro", e como "arqueólogo dos totens e mitos, músico do espírito", pelo "Le Monde". Para o "NYT", "ele mudou o entendimento ocidental do que era até então chamado de homem primitivo".
Por aqui, o portal UOL dedicou manchete para a morte e destaque para a nota de FHC, afirmando ser "um dos maiores da história". O portal G1 e a própria Globo ressaltaram que "ele lecionou na USP".
SEM EXEMPLO ATÉ O DIA 14
Na agência estatal, "Brasil adia definição de proposta de mudança climática" para o dia 14. O ministro da Agricultura saiu "sem falar com a imprensa".
Nos últimos dias, uma ampla cobertura externa, da revista britânica "Nature" à agência chinesa Xinha, prenunciou uma "ação grande sobre o clima" por parte do país, com o "compromisso de reduzir substancialmente as emissões na próxima década". Em suma, avalia um ambientalista americano, "o que importa é que o Brasil perceba que pode liderar pelo exemplo".
MELHOR OU PIOR
Cresce a cobertura ambiental, com o Brasil como foco, a um mês da cúpula de Copenhague. A "Mother Jones" deu especial com longa reportagem questionando projeto das americanas GM e Chevron, de reservas verdes no Pará, com árvores marcadas. Já o "Guardian", usualmente mais engajado, destaca estudo segundo o qual a destruição da floresta amazônica polui menos do que se acredita
AINDA O ETANOL
Em especial sobre energia, o "Financial Times" fala do "fiasco" da política de etanol nos EUA e na Europa, efeito do "lobby agrícola". Mas diz que "os biocombustíveis ainda podem ter um papel central no mix de energia do futuro". Registra que "o único biocombustível em produção que obtém redução clara nas emissões é o brasileiro, feito de cana, mas suas exportações enfrentam barreiras"
PELO NOME
No alto da home da "Foreign Policy", o diretor da influente instituição Americas Society responde ao "revisionismo" dos conservadores americanos, que defendem o golpe de Honduras como constitucional, apoiados por pareceres jurídicos que foram, sublinha o autor, "fortemente refutados".
Alerta que, embora de pouca influência nos EUA, a visão "impede o consenso regional e a única solução apropriada para a crise". E diz que, adotado por Washington, "o sofisma deste revisionismo-de-golpe jogaria a América Latina de volta aos anos negros dos governos militares e das eleições simuladas dos anos 70 e 80".
CHINA & EUA
Jim O'Neill, do Goldman Sachs, está em Pequim e falou do oitavo aniversário do acrônimo Bric, que ele criou. "Já podemos seriamente imaginar que a China pode ser tão grande quanto os EUA em 2027", disse ao "Wall Street Journal" e à Xinhua.
FMI & CONTROLE
Em título do "FT", "FMI se nega a descartar o uso de controles de capital". Nas palavras do diretor gerente Dominique Strauss-Kahn, sobre a medida adotada no Brasil: "Eu não tenho ideologia sobre isso. O controle não é algo que veio do inferno".
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