quarta-feira, maio 20, 2009

TOSTÃO

Time dos não convocados

JORNAL DO BRASIL - 20/05/09

E xiste na imprensa, muito menos entre os torcedores, uma grande expectativa para a convocação da Seleção Brasileira, que vai jogar contra Uruguai, Paraguai e na Copa das Confederações. Quem serão os substitutos de Doni, contundido, e de Adriano? Podem ser chamados três goleiros.

A cada semana, surgem pedidos para a convocação de um novo jogador. Até Richarlyson já foi reclamado e chamado. Dá até para formar um time dos que têm sido recentemente pedidos: Bruno ou Felipe ou Fábio ou Victor; Leonardo Moura, André Dias, Réver e André Santos ou Juan; Pierre, Hernanes, Ramires e Ibson ou Zé Elias ou Diego Souza; Ronaldo e Keirrison ou Nilmar. Há outros. É uma boa equipe, mas prefiro a de Dunga com poucas mudanças.

No ataque, Nilmar é o mais cotado. Antes, era Keirrison e Ronaldo. Amanhã, será outro. Mas, como a Seleção joga com apenas um atacante mais fixo, não seria prioritário ter dois reservas para Luís Fabiano (Pato e Nilmar ou outro).

Grafite, artilheiro do Campeonato Alemão, é outro citado. Ele é uma opção diferente, já que poderia ser reserva de Luís Fabiano ou atuar pela direita, com Robinho pela esquerda e mais um centroavante.

Existem no Brasil muitos jogadores que jogam menos que parecem. Grafite, desde a época do Goiás, joga muito mais que parece. Quando atua mal, que é raro, é chamado de grosso. Outros, quando brilham, que é raro, são chamados de craques.

Há no Brasil melhores goleiros que Doni e que todos os outros que atuam na Europa, com exceção de Júlio César.

Fora Rogério Ceni, contundido, e Marcos, goleiro de todas as torcidas, gosto mais de Fábio e de Victor. Um pouco mais de Fábio, talvez porque o veja jogar mais vezes.

A imprensa fala muito mais de Bruno e de Felipe. É a força do Flamengo, do Corinthians e do futebol de Rio e São Paulo. Não deveria ser assim, mas é até compreensível, já que os jornalistas assistem e discutem muito mais sobre jogadores desses estados. Os programas esportivos nacionais são feitos no Rio e em São Paulo.

Por outro lado, alguns comentaristas, para dizer que são imparciais, que acompanham de perto tudo que acontece no Brasil (e não apenas os melhores momentos dos jogos) e para fazer média com os outros estados, exageram nos elogios a jogadores, técnicos e times fora de Rio e São Paulo.

Goleiro de Seleção precisa ter muito mais que virtudes técnicas, como tinham Félix, Gilmar, Taffarel e Marcos, campeões do mundo em 58, 62, 70, 94 e 2002. Por seus comportamentos dentro e fora de campo, morreria de medo se visse goleiros como Bruno e Fábio Costa atuando pelo Brasil em uma Copa.

O maior goleiro que vi jogar em clube foi Manga. Em 66, ele era o melhor do Brasil, já que Gilmar estava em final de carreira. Nos treinos antes da Copa, Manga fechava o gol. Ele dizia que era muito superior a Gilmar e que não seria titular só porque era menos famoso. Contra Portugal, na Copa, Manga foi avisado que ia jogar. Entrou em pânico. Passou a dizer que iam colocar "Manguinha" em uma fria. Manga jogou e engoliu um histórico frango.

Um comentário:

Pâm Cristina LF* disse...

Ótimo post!
Para mim a seleção deveria ser assim:

Julio César (Renan/ Diego Alves)

Maicon (Daniel Alves)
Lucio (Luisão)
Juan (Miranda)
Fábio Aurélio (Marcelo)

Lucas (Felipe Melo)
Hernanes (Anderson)
Ramires (Alex, ex-Inter)
Kaká (Diego)

Robinho (Alexandre Pato)
Luis Fabiano (Nilmar)

:)

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luisfabiano-matador.blogspot.com

Abraços