CORREIO BRAZILIENSE - 06/10
A sentença do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de negar o registro à Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora Marina Silva pretendia criar, e, em consequência, a decisão de Marina Silva de se aliar ao PSB e compor uma chapa com Eduardo Campos deixam as próximas eleições majoritárias mais instigantes. A chapa Marina- Eduardo Campos (PSB) pode levar a um segundo turno e atrapalhar os planos do tucano Aécio Neves de estar nele. Pode tornar a campanha menos polarizada e mais interessante, embora não signifique uma ruptura com as estruturas partidárias e com o modo de se fazer política atual. E não vai aí nenhum juízo de valor sobre a qualidade dos mandatos, apenas a constatação de que o desejo de mudança mostrado nas ruas, em meados deste ano, dificilmente será atendido em 2014.
Portanto, quem pensava numa eleição embalada pela ventania transformadora, à semelhança das manifestações, pode se frustrar. Aos partidos de aluguel, denunciados nesta semana em matérias do Correio, somam-se propostas semelhantes, soluções de continuidade e alguns novos nomes com velhos discursos. Sobra a promessa, bastante enfatizada por Marina em seu discurso de filiação, de que essa aliança não significa "mais do mesmo". É esperar para ver.
Aqui em Brasília, a decisão de Marina levou a consequências que podem impactar profundamente as eleições locais. Certamente, a disputa será menos polarizada, devido à aliança entre Rodrigo Rollemberg (PSB) e José Antônio Reguffe (PDT). Campeão de votos no Distrito Federal, Reguffe pode comprometer os planos de reeleição do governador Agnelo Queiroz e o retorno de tradicionais políticos, como Joaquim Roriz e o grupo ligado a ele. Se não sair candidato ao governo, é possível que Reguffe seja o vice dos sonhos de Rollemberg ou mesmo o nome para o Senado, deixando a chapa bastante competitiva. Afinal, Marina teve sua votação mais expressiva aqui em Brasília - a capital foi a única do Brasil onde ela teve a maior votação entre os presidenciáveis, em 2010. Neste sentido, é um cenário diferente do que se esperava no Distrito Federal.
Na edição de hoje, o Correio publica um generoso balanço de como começa a se desenhar o quadro eleitoral de 2014. Aproveite para refletir, em especial sobre nossa cidade. Cabe a cada um examinar a situação, com seus próprios critérios, com os históricos já conhecidos e com a obviedade do fato de que a política local é pródiga em nos envergonhar com a ficha corrida de políticos corruptos. Dar de cara novamente com um espantoso escândalo, como a Caixa de Pandora, seria um golpe terrível para o futuro da capital. Mas deixo a pergunta no ar: será que a maioria do eleitorado de Brasília levará em conta esse passado e fará uma escolha criteriosa de quem vai merecer seu voto? Ou seguirá a lógica do "rouba, mas faz"; do corporativismo; do interesse particular e de outros pensamentos que são a base de uma política anacrônica?
Portanto, quem pensava numa eleição embalada pela ventania transformadora, à semelhança das manifestações, pode se frustrar. Aos partidos de aluguel, denunciados nesta semana em matérias do Correio, somam-se propostas semelhantes, soluções de continuidade e alguns novos nomes com velhos discursos. Sobra a promessa, bastante enfatizada por Marina em seu discurso de filiação, de que essa aliança não significa "mais do mesmo". É esperar para ver.
Aqui em Brasília, a decisão de Marina levou a consequências que podem impactar profundamente as eleições locais. Certamente, a disputa será menos polarizada, devido à aliança entre Rodrigo Rollemberg (PSB) e José Antônio Reguffe (PDT). Campeão de votos no Distrito Federal, Reguffe pode comprometer os planos de reeleição do governador Agnelo Queiroz e o retorno de tradicionais políticos, como Joaquim Roriz e o grupo ligado a ele. Se não sair candidato ao governo, é possível que Reguffe seja o vice dos sonhos de Rollemberg ou mesmo o nome para o Senado, deixando a chapa bastante competitiva. Afinal, Marina teve sua votação mais expressiva aqui em Brasília - a capital foi a única do Brasil onde ela teve a maior votação entre os presidenciáveis, em 2010. Neste sentido, é um cenário diferente do que se esperava no Distrito Federal.
Na edição de hoje, o Correio publica um generoso balanço de como começa a se desenhar o quadro eleitoral de 2014. Aproveite para refletir, em especial sobre nossa cidade. Cabe a cada um examinar a situação, com seus próprios critérios, com os históricos já conhecidos e com a obviedade do fato de que a política local é pródiga em nos envergonhar com a ficha corrida de políticos corruptos. Dar de cara novamente com um espantoso escândalo, como a Caixa de Pandora, seria um golpe terrível para o futuro da capital. Mas deixo a pergunta no ar: será que a maioria do eleitorado de Brasília levará em conta esse passado e fará uma escolha criteriosa de quem vai merecer seu voto? Ou seguirá a lógica do "rouba, mas faz"; do corporativismo; do interesse particular e de outros pensamentos que são a base de uma política anacrônica?
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