Desarmar a bomba
A ministra Miriam Belchior (Planejamento) e o secretário do Tesouro, Arno Augustin, resistem, mas os operadores políticos do governo querem que o Executivo defina um cronograma de liberação de emendas parlamentares. Avaliam que essa é a única forma de impedir que o Congresso aprove o Orçamento Impositivo, que torna obrigatória a execução de todas elas. Alertam que não dá para repetir as recentes votações, quando o governo fez circular a informação de que iria pagar e depois não cumpriu. Até porque o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), elegeu-se dizendo que essa mudança é "inegociável".
"O Orçamento impositivo vai ajudar o Executivo. Vai acabar com esse estresse, essa pressão, essa demanda, que desgasta a relação com o Congresso"
Henrique Alves Presidente da Câmara dos Deputados (PMDB-RN)
Silêncio eloquente
A ministra Eleonora Menicucci de Oliveira (Mulheres) se negou a comentar, ontem, o slogan de campanha do Ministério da Saúde: "Sou feliz sendo prostituta". No Congresso, parlamentares da base protestaram. E não eram feministas.
Esperneou, levou
Para agradar aos aliados, o ministro Guido Mantega (Fazenda) vai antecipar, hoje, as medidas adicionais de apoio às vítimas da seca no Nordeste. O fará para os os presidentes da Câmara, Henrique Alves; do Senado, Renan Calheiros; e para o líder do PMDB, senador Eunício de Oliveira (CE), na foto, que ficou de fora da reunião com a presidente Dilma anteontem.
Plataforma de lançamentos
Depois de três meses, a presidente Dilma vai usar o Planalto para anunciar um elenco de medidas. Ontem, foi o Plano Safra do agronegócio; hoje, Meio Ambiente; amanhã, o Plano Safra da agricultura familiar, e semana que vem tem mais.
A culpa é dos líderes da base
O governo está culpando os líderes da base aliada pelos problemas na votação de medidas provisórias, como a dos Portos. Argumenta que a composição da Comissão Especial, que avalia o conteúdo das MPs, não é representativa da correlação de forças do plenário. Reclama que os líderes só nomeiam para a Comissão aqueles que têm interesses a defender nas propostas.
TCU passa por cima do Congresso
Os ministros do órgão auxiliar do Legislativo se autoconcederam um auxílio-refeição. A regalia, por quem deveria controlar o gasto do dinheiro público, é considerada estranha no Congresso. Os eleitos pelo povo não recebem nem merenda.
Alarme falso
Sobre sua nomeação para cargo na assessoria do vice Michel Temer, o presidente da Fundação Ulysses Guimarães (PMDB), o ex-deputado Eliseu Padilha (RS), diz: "Não estou à procura de emprego. E este seria a minha desmoralização".
O governo Dilma está prometendo, depois da confusão das MPs dos Portos e da Energia, que vai liberar emendas parlamentares neste mês.
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