“Está tudo preparadinho; não há nada fora do script”
Ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, e o julgamento do mensalão
NOVES FORA, NADA: PUNIÇÃO AO PARAGUAI É INÓCUA
A “punição” do Mercosul ao Paraguai, anunciada em Mendonza, não produzirá qualquer efeito, exceto pelo gesto político de solidariedade ao ex-bispo Fernando Lugo. Agonizante, o Mercosul já não existe como sugere a expressão “mercado comum”, que o inspirou, em razão de medidas protecionistas de todos os países-membros. O organismo, hoje, é só uma espécie de convescote onde presidentes fingem unidade.
JÁ MORREU
A ideia de “mercado comum” foi substituída por uma tentativa ainda mal sucedida de “união aduaneira”, sempre sabotada pela Argentina.
MAIS O QUE FAZER
Afastar o Paraguai do Mercosul significa, na prática, que seu presidente apenas será poupado de participar de reuniões com demais colegas.
APEQUENOU-SE
“Maria-vai-com-as-outras”, o Brasil ignorou os brasiguaios, mais de 400 mil brasileiros perseguidos por Lugo, e que apoiam o atual governo.
TIRO NO PÉ
Além de curvar-se, o Brasil deu um “golpe” na sua tradição diplomática: o Paraguai não votou a própria saída e a Venezuela entrou pela janela.
DELTA RECEBEU QUATRO VEZES MAIS EM 2011, NO DF
O governo do Distrito Federal pagou mais de R$ 92,8 milhões – dos R$ 111,2 milhões empenhados – à empreiteira Delta em 2011, primeiro ano de gestão de Agnelo Queiroz (PT). Segundo dados do Tribunal de Contas do DF, encaminhados à CPI mista do Cachoeira, o valor é quatro vezes maior que o total pago à Delta em 2010, quando foram repassados
R$ 19,4 milhões, dos R$ 25,7 milhões empenhados.
RECORDISTA
O governo do DF pagou à Delta em 2011 o maior valor dos últimos dez anos. Em 2009, os pagamentos chegaram a R$ 46,9 milhões.
CONTRATOS MILIONÁRIOS
Em 2012, dos R$ 45,8 milhões empenhados, foram pagos R$ 27,5 milhões à Delta, segundo levantamento do Tribunal de Contas.
GESTÕES ANTERIORES
Agnelo Queiroz negou, em depoimento à CPI do Cachoeira, que seu governo tenha assinado quaisquer contratos com a Delta.
MARATONA
O vice-presidente da República, Michel Temer, e o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RR), participam, neste sábado, de três convenções do partido: em Natal (RN), João Pessoa (PB) e Campina Grande (PB).
OLHO NO SENADO
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), ajudou a costurar a aliança PPS-PSB pela reeleição do prefeito Luciano Ducci em Curitiba. E quer manter aliança com os dois partidos para o Senado, em 2014.
SAUDOSISMO, NÃO
Ex-presidente do Senado, o deputado Mauro Benevides (PMDB-CE), no 11º mandato parlamentar, não dá palpite sobre a sucessão do presidente José Sarney: “Seria entendido como eiva de saudosismo”.
RENOVAÇÃO
O Senado vai gastar R$ 558 mil com fornos de micro-ondas e elétricos, cafeteiras, frigobares, fogões e freezers, além de cabeceiras de camas king size para os ilustres garantirem noites tranquilas de sono.
O CÉU NA TERRA
Se aprovada a aposentadoria só aos 60 para mulheres e aos 65 para homens, o leitor Delmiro Gouveia, de Maceió (AL) acredita que para se aposentar bastará aos brasileiros apresentar atestado de óbito.
TELHADO DE VIDRO
O gasto inútil da Rio+20 se reflete até na falta de planejamento: alugaram toldos por R$ 509,5 mil, na última hora, sem licitação, para o Riocentro. Alguém pensou que poderia chover, ou fazer sol...
OS NOVOS RICOS
Cresce o número de roubos a brasileiros em Paris. A embaixada não dá conta das queixas: gatunos afanam no metrô, na Torre Eiffel, nos restaurantes e em lojas da Champs-Élysées, e violam malas nos hotéis.
MELHOR PREVENIR
Médicos precavidos estão guardando fotos do “antes e depois” para enfrentar a onda de ações por “dano moral” por “plástica mal feita” movidas por dondocas da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
PENSANDO BEM...
...com a entrada de Hugo Chávez no Mercosul, o Brasil, além do “pai” e da “mãe” dos brasileiros, agora também tem o “tio”.
PODER SEM PUDOR
MARCAÇÃO CERRADA
Quando o presidente Jânio Quadros renunciou, o vice João Goulart visitava a China e os militares diziam não aceitar sua posse. Até democratas sinceros pediam a desistência de Jango. Já em Paris, na viagem de volta, ele recebeu um telefonema preocupado de Juscelino Kubitschek, advertindo que o País estava “à beira de uma guerra civil”. O senador Barros Carvalho, que acompanhava João Goulart, tomou o telefone e calou JK:
– Não haverá renúncia. Eu não vou deixar. Agarro as mãos do presidente e não largo, mas ele não assina a renúncia!
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