segunda-feira, maio 07, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 07/05/12


Brasil é um dos países de acesso mais difícil ao mercado livre de energia

Em toda a América Latina, o Brasil é um dos países onde é mais difícil atingir o limite para um consumidor de energia entrar no mercado livre, ou seja, poder escolher seu próprio fornecedor, segundo a Abraceel (que reúne comercializadores do setor).

Só indústrias que demandam acima de 3 MW podem contratar energia de qualquer gerador e, portanto, buscar preço e condições favoráveis.

Existem também situações especiais para quem consome acima de 0,5 MW, mas são restritas a fontes limpas incentivadas pelo governo.

Há países na Europa em que o volume de demanda exigido é tão baixo que o mercado livre fica acessível até ao consumidor residencial.

"É como poder escolher o fornecedor de telefonia", diz Reginaldo Medeiros, da Abraceel, que acredita ser possível levar o mercado livre também às residências no Brasil.

"Defendemos que isso ocorra no futuro. Para a Aneel, seria melhor deixar as empresas competirem entre si para baixar o preço", diz.

O ambiente livre, entretanto, ainda é desconhecido da população, segundo Paulo Toledo, da comercializadora Ecom Energia. "O setor decidiu lançar uma campanha."

Além da campanha de comunicação para atrair empresas que ainda não participam do mercado livre, associações ligadas ao setor discutem com o governo mudanças regulatórias. Uma das sugestões seria reduzir o limite para que mais empresas ingressem.

"Se um dia o residencial vai poder comprar energia no mercado livre eu não sei. Mas ele deve aprender que, se mais indústrias puderem usar esses benefícios, pode haver uma redução no preço de produtos que ele consome", diz Cristopher Vlavianos, da comercializadora Comerc.

Toyota vai lançar no Brasil sua marca de luxo Lexus
A Toyota se prepara para abrir no Brasil uma operação de sua marca de luxo Lexus, para concorrer com grifes como BMW e Mercedes.

A partir do lançamento, em junho, será aberta uma concessionária, em São Paulo, para vender três modelos de veículos sedans e um SUV.

A marca Lexus entrava no Brasil só por meio de encomendas, via importação, em número muito baixo. "Nos últimos três anos, vendemos menos de dez unidades por ano, até porque não era nosso objetivo aqui", diz o diretor Frank Gundlach.

Apesar dos desafios tributários impostos aos importados no país, a empresa avalia que há mercado consumidor disponível, segundo Shunichi Nakanishi, presidente da Toyota Mercosul e da Lexus Brasil. "É natural expandir aqui, pois o potencial é ainda muito grande", afirma.

"O segmento de veículos de luxo triplicou em três anos no país", diz Gundlach.

As restrições a empréstimos para compra de carros, que têm afetado as vendas em geral, também não abalam o consumidor de luxo, que é menos dependente de financiamento, diz a empresa.

Os veículos de alto luxo, cujos testes abrangem uma espécie de ressonância magnética, virão do Japão. Os preços não foram divulgados.

A empresa contratou profissionais especializados para atender os clientes em salas individuais.

CONEXÕES FINANCEIRAS

Para atender principalmente imigrantes, como coreanos e bolivianos, a Western Union vai abrir no bairro paulistano do Brás sua primeira loja própria no país.

A empresa, que já atua no Brasil por meio de cerca de 11 mil pontos de atendimento com parceiros, terá uma unidade específica para efetuar transferências de dinheiro, pagamento de contas e outros serviços financeiros que ainda serão lançados.

"O Brás é uma região de grande fluxo de remessas. A meta é chegar a 30 mil pontos no país em cinco anos", diz Felipe Buckup, que acaba de assumir a direção da Western Union no Brasil.

A empresa já procura um segundo ponto, que deve ser inaugurado neste ano, também em São Paulo.

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