domingo, janeiro 09, 2011

ILIMAR FRANCO

Novo momento
ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 09/01/11 

Os governadores de São Paulo e Minas se recusaram, nos últimos oito anos, a cooperar com o governo federal na segurança pública. O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) acredita que o clima mudou: “Com a Copa de 2014, ou trabalhamos juntos ou todos se arrebentam.” Na quinta-feira, Cardozo se reúne com o governador Sérgio Cabral (RJ) e, na semana seguinte, com Geraldo Alckmin (SP) e Antonio Anastasia (MG) para debater as bases de uma ação conjunta e coordenada. 

A melhor hora de dividir o bolo 

Ministros do governo Dilma estão defendendo novo adiamento das nomeações para os cargos de segundo escalão. Elas estão sustadas até a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado. Mas, diante da rebelião de parcela da base aliada no debate do salário mínimo, há quem defenda que o governo espere por essa votação para ver quem é quem na base aliada. Resume um ministro: “É preferível uma base menor do que uma base ampla com a qual não dá para contar.”

Ruído
 

A relação do governo Dilma com os movimentos sociais começou com um ruído. João Pedro Stédile, fundador do MST, não foi convidado para a posse. O cerimonial do Planalto cometeu outros erros e levou um puxão de orelhas. 

A aliança PT-PMDB é estratégica e de longo prazo. Não é um mero toma lá dá cá de cargos” — Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento 

BUSCANDO fortalecer a integração regional, o Ministério do Trabalho lançou, em conjunto com a Argentina, o Paraguai e o Uruguai, a cartilha “Como trabalhar nos países do Mercosul”. 

CANDIDATO. Leonardo Quintão (PMDB-MG) está em campanha para ser o novo líder do partido na Câmara. Quer desbancar Henrique Alves (PMDB-RN). 

CONHECIDO por sua tagarelice, o senador Mão Santa (PSC-PI), ao se despedir do Senado, pediu desculpas a Paulo Paim (PT-RS) por ter interrompido seus discursos 105 vezes. Ao todo, foram 1.630 apartes. 

Dois governos: o de Lula e o de Dilma
Os integrantes da base aliada que defendem um reajuste do salário mínimo superior aos R$540 sustentam que a presidente Dilma Rousseff deveria revisar a proposta do ex-presidente Lula. Eles argumentam que a nova presidente poderia reavaliar a questão do mínimo, a exemplo do que está fazendo no caso da compra dos caças para a FAB e do projeto de lei de regulação da mídia. 

Barrado no baile 


O presidente do PSC, pastor Everaldo, não foi convidado para a posse da presidente Dilma Rousseff. Esse não é o único motivo de sua irritação. Na semana passada, ele se reuniu com o ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais) para discutir a participação do partido no governo. “Foi que nem velório de recém-nascido. Ninguém falou nada”, disse ele a aliados. O partido acha que está sendo enrolado. O PSC chegou a propor a criação de uma Secretaria Especial de Prevenção e Segurança no Trânsito e também quer a presidência da Cobra Tecnologia, subsidiária do Banco do Brasil. O partido elegeu 17 deputados e um senador. 

WikiLeaks 


Temendo a radicalização da política externa brasileira no segundo mandato de Lula, o embaixador Clifford Sobel sugeriu a Thomas Shannon, então secretário de Estado adjunto para o Ocidente, cooperação na área de biocombustíveis.

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