segunda-feira, agosto 23, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Setor de elevadores quer garantir mercado na Copa 
Maria Cristina Frias

Folha de S.Paulo - 23/08/2010

Fabricantes brasileiros de elevadores pleiteiam com o governo federal uma reserva de mercado de 30% no fornecimento desses equipamentos, além de escadas e esteiras rolantes, para a Copa do Mundo, em 2014, e para os Jogos Olímpicos, em 2016, segundo o sindicato do setor.
O mercado nacional é dominado por três multinacionais -Atlas Schindler, ThyssenKrupp e Otis- e tornou-se alvo também de chineses, com a proximidade dos eventos esportivos.
"O governo deve encontrar mecanismos para manter a indústria nacional", afirma Jomar Cardoso, presidente do Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo.
Dos 102 participantes da Expo Elevador, feira da indústria que ocorreu neste mês na capital, 54 eram estrangeiros -dos quais 24 chineses. Em 2008, na última edição, havia apenas três expositores do país asiático.
Esse mercado movimentou R$ 2,5 bilhões em 2009, o que inclui o faturamento com a venda de equipamentos novos, além da receita com serviços de manutenção e conservação.
A estimativa do sindicato é que as empresas nacionais respondam por aproximadamente 10% desse valor.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Paulo Safady Simão, porém, é contra a reserva de mercado.
"É preciso encontrar outros caminhos para estimular as empresas nacionais a se tornarem competitivas ante a concorrência das multinacionais", diz. "É um problema que incomoda a indústria brasileira como um todo."

Corretoras se preparam para aumento da demanda

Corretoras de valores investem em tecnologia, pessoal e educação financeira de olho na demanda que deve crescer com a campanha, estrelada por Pelé, que a BM&FBovespa lançará para chegar a 5 milhões de pessoas físicas.
A Planner investe neste ano cerca de R$ 3,5 milhões na infraestrutura da corretora. "Reforçamos o departamento comercial, investimos em novos softwares e contratamos diretores e gerentes", diz o diretor Marcus De Rosa.
A Votorantim Corretora também afirma ter feito "investimentos maciços em tecnologia e pessoal", segundo o diretor-geral Abraham Weintraub. Para ele, a chave do sucesso na retenção de clientes está no atendimento. "Corretora se parece mais com restaurante do que com banco", diz. "Sem serviço bom, ele não volta."
A Spinelli lançou uma ferramenta quase sem termos em inglês. "A campanha atrairá quem não conhece o idioma", diz Rodrigo Puga.
A Coinvalores lançará sistema simplificado e com acesso personalizado a analistas, enquanto a Socopa planeja um pacote de serviços para "evitar que iniciantes percam interesse", diz Fabrício Tota.
Já a Link Trade ampliou cursos e palestras. "Uma coisa é gerar demanda, outra, é ensinar a investir", diz a diretora Mônica Saccarelli.

Banco do Brasil lança fundo com Votorantim para a alta renda

A BB DTVM, subsidiária do Banco do Brasil responsável pela gestão de recursos, expande o seu portfólio no segmento de alta renda.
A gestora irá lançar nos próximos meses fundos com expectativa de captação de R$ 500 milhões, no mínimo, de acordo com projeção de Carlos Massaru Takahashi, presidente da BB DTVM.
Em parceria com o Banco Votorantim, a administradora de recursos irá lançar em setembro um fundo imobiliário, voltado para empreendimentos com alto valor, de construtoras conhecidas no mercado, além de outros dois Fidcs (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) vinculados a recebíveis de varejo, segundo Takahashi.
"Estamos ampliando e diversificando o nosso portfólio para os clientes de alta renda. A expectativa é positiva para esse segmento que tem demandado produtos de maior valor agregado", diz.
Com lançamento previsto para outubro, a BB DTVM prepara mais dois fundos na categoria capital protegido, um de ações ligado ao Ibovespa e outro multimercado ligado ao câmbio.
A BB DTVM é líder do mercado de gestão de recursos e fechou o primeiro semestre deste ano com patrimônio de R$ 345 bilhões.

APÊ PARA A 3ª IDADE

A Tecnisa inicia neste mês a comercialização de seu primeiro empreendimento com "consciência gerontológica". O projeto oferece facilidades para clientes da terceira idade, como portas mais largas, pisos antiderrapantes, rampas e detalhes para ajudar o acesso de idosos, como fechadura especial, características que podem ser emprestadas a outros empreendimentos da empresa no futuro.
Após esse primeiro empreendimento, em Santos (SP), com 200 unidades e VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 119 milhões, a empresa já tem em aprovação outros dois, que juntos ultrapassam mil apartamentos. Um projeto para Barueri (SP) tem 911 unidades. Outro, na zona leste de São Paulo, 112.

No ar A Indústria Fox inaugura em setembro, em Cabreúva (SP), com investimento de R$ 20 milhões, uma fábrica de reciclagem de geladeira, freezer e ar condicionado. A unidade poderá reciclar 420 mil aparelhos por ano.

Cidade... No último final de semana, cerca de cem pontos de iluminação pública no Viaduto do Chá e na Praça Ramos, em São Paulo, receberam lâmpadas de vapor metálico em substituição às de vapor de sódio. A troca faz parte de um projeto piloto da Liteman, que espera fornecer a tecnologia para a prefeitura. O contrato é estimado em R$ 11 milhões.

...luz Lâmpadas de vapor metálico, segundo a empresa, não demandam a troca de reatores dos postes, o que reduz o custo da renovação, e têm o mesmo consumo de outras.

Segurança... A AlertBoot, companhia norte-americana de soluções de criptografia, abre nesta semana uma subsidiária no Brasil.

...de dados... O foco será oferecer a ferramenta a bancos, seguradoras, operadoras de planos de saúde, escritórios de advocacia e companhias de capital aberto ou que planejam ir à Bolsa.

...e risco Para a abertura da subsidiária, a companhia recrutou como diretor no país Rodrigo Moura Fernandes, ex-diretor de gestão de risco do Banco Opportunity.

Pé na estrada A butique de inovação Mandalah, fundada em 2006, inaugurou operações em Nova York e Tóquio. Com sede em São Paulo, a empresa já tem escritório na Cidade do México.

AUMENTO DO ALUGUEL

Os valores cobrados nos contratos de aluguéis residenciais em São Paulo estão em alta.
Em julho, a categoria registrou aumento de 0,8% ante os valores praticados em junho, segundo levantamento do Secovi-SP.
Nos últimos 12 meses, o aumento médio acumulado foi de 10,9%. O valor supera os indicadores de inflação, como o IPCA, que alcançou 4,6% em igual período.
Os maiores acréscimos estão em casas e apartamentos de um dormitório, com alta de 1,2%.
A elevação é atribuída ao retorno escolar. "Esse aumento tem influência da demanda de estudantes por imóveis perto das universidades", afirma Francisco Crestana, do Secovi-SP.
O aluguel das residências de dois quartos teve desempenho semelhante ao valor médio da pesquisa. Nos imóveis de três quartos, o preço ficou estável.
As casas e os sobrados tiveram maior velocidade para serem alugados. Os apartamentos demoraram mais.

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