sexta-feira, março 19, 2010

ARI CUNHA

Apagão
CORREIO BRAZILIENSE - 19/03/10


Pelas consequências está grave a situação de energia elétrica. A falta de eletricidade por várias horas é prejuízo grande. A vida gira em torno da informática, por mais simples que seja o trabalho. Fácil entender o que foi para a população o apagão desta semana. Comunicações de bancos com o comércio e vice-versa, hospitais, polícia, administração, corretagem, transportes reserva de passagens. É o caos. A população para, os negócios também. Generosa, a CEB prometeu investigar. Função de governo é prover as necessidades dos habitantes. Impostos são altos, o povo merece, até pela paciência com que vê os desleixos. Governo é para satisfazer o povo, para o andamento ordenado da vida.


A frase que foi pronunciada
“Senhor é Deus, o senador Sarney e o senhor.”
Mão Santa, ao responder o senador Cristovam. Quem ouviu pensou que estivesse brincando.



Arruda

» Governador José Roberto Arruda está cassado e metido numa sinuca de 11 varas. Fez trabalho grande na cidade. Não dava para prever que tudo girava em torno de outros desejos e ambições. A Câmara Legislativa adianta o passo na substituição. Pressa não vale. A lei está acima de decisões pessoais. Caminhos legais são necessários, e isso sempre foi provado.
Candidatura

» Dilma Rousseff acompanha presidente Lula em seus passos. A lei permite. Falta à candidata comunicabilidade com eleitores. Só atende a Lula, que lhe dita decisões. Presidente tem prestígio popular, como nunca houve em final de governo. A fama é pessoal. Ademais, contando todas as famílias que recebem dinheiro “social” do governo, não chegam a 2% do eleitorado.
Futuro

» Difícil saber o que circula no pensamento de mineiro tradicional. Aécio Neves pode surgir a qualquer instante no colégio eleitoral. É conhecido pelo país, tem posição política definida, desejos ocultos e popularidade perante o povo. Representa uma família de tradição e vivência política mineira, desde o tempo do “café com leite”, agora fora do cardápio.
Insegurança

» Linha amarela a caminho do Galeão sofre percalços. Vizinhança violenta e livre fecha avenida, assalta automóveis que passam. Matam não como defesa, mas para demonstrar do que são capazes. Alguma coisa deve ser feita para que se ponha fim a tanta crueldade. Até a ministra Ellen Grace passou pela experiência.
Voleibol

» Agradecido com o incentivo dos patrocinadores e do povo, o voleibol cria lugar esportivo com destaque. E cada vez mais forte. Homens ou mulheres têm destaque, com apoio de torcida organizada e civilizada. Os técnicos são de boa origem e sabem comandar quem joga e orientar equipes. Imagem do Brasil só ganha com isso.
Nomeações

» Embora interino, o governador de Brasília, Wilson Lima, abre os cofres. Nomeia muita gente, mostra sorrisos e demonstra intenção de manter “perfil técnico da equipe”.
Sem espelho

» Presidente Lula da Silva regressa de viagem a Israel satisfeito com contatos. Depois, voa até o “outro lado”, onde ficam palestinos. Dividir coração entre povos inimigos ao longo da idade das divergências é impossível. Como Lula se julga capaz de intermediar tudo, voltou alegre por se “entender” com palestinos e judeus.
Concerto

» Neusa França e Maria Emilia Osório se apresentam na Thomas Jefferson, hoje, às 9h da noite. O repertório vai de Bach a Santoro, Villa Lobos. Além do brilhantismo dos arranjos de Neusa França e da interpretação das pianistas, a audiência vai conferir o piano xipófago. Rogério, o afinador, criou dois pianos de cauda que não se separam.
Plebiscito

» Com o novo shopping, volta a celeuma sobre o acesso ao Lago Norte. É hora de a velha guarda ceder e concordar com a construção da ponte que liga o Setor de Mansões à Península Norte e à UnB. Fica a sugestão para um plebiscito em que a comunidade inteira participe da solução.

História de Brasília

Um garoto lavador de carros, no aeroporto, é um exemplo de bom humor. Quando chega um carro sujo, ele oferece seus serviços e, se é rejeitado, quando o proprietário chega, encontra todos os vidros com uma única inscrição: “Quero água”. (Publicado em 28/2/1961)

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