quinta-feira, outubro 22, 2009

TODA MÍDIA

"Good choice"

NELSON DE SÁ

FOLHA DE SÃO PAULO - 22/10/09


Em editorial, o "Financial Times" faz longa defesa da taxação em 2% da entrada de capital no Brasil. Começa dizendo que, "diferentemente da garota de Ipanema, o rebolado do real tem sido tudo menos gentil", resultado de uma "paixão cega dos investidores estrangeiros -até que o governo disse basta".
"Apesar dos investidores ofendidos", escreve o "FT", "foi uma boa escolha".

Afirma que ela se justifica, não para conter a valorização do real, e sim diante da "causa profunda" que é a entrada de capital em crescente intensidade. Falando em "atração fatal", diz que "este amor pelo samba pode ser coisa boa demais: tem os ingredientes de uma bolha emergente clássica".
Avalia que "o governo é sábio em se preocupar antes que seja tarde". Que "implantou sua política com sensibilidade, a taxa é modesta e trata os investidores com honestidade, cobrando na entrada e não quando eles quiserem o dinheiro de volta".

Em suma, "o Brasil bem-sucedido terá de viver com um real forte", o que a taxação não muda, "mas ajuda a manter a tarefa administrável".

JUROS ALTOS ATRAEM
No Brasil Econômico, 18h40, "Copom mantém juros inalterados em 8,75%". Pouco antes, na Bloomberg, "Real sobe com aposta de que juros altos vão atrair investidores", apesar da taxação de 2%.
Na TV Bloomberg original, "os investidores olham a alta taxa de juros e você realmente pode ver a diferença, 8,75%, Europa 1%, EUA 0%. É outra razão por que os investidores são atraídos ao real".

FRUSTRANTE, MAS
A CNBC debateu a taxação e se "outros países vão seguir o Brasil". De Tim Seymour, da Seygem Asset Management: "Para "hedge funds" como o nosso, foi frustrante". Mas com Jogos, Copa "e sobretudo sua economia" o país é "fantástico". Sugeriu comprar, "mas não pule na Petrobras amanhã", espere "alguns dias".

A BOLHA
O "Wall Street Journal" destacou as "palavras de medo de uma nova bolha" ouvidas num evento do Fed de San Francisco, sobre os emergentes. "Graças aos baixos juros nas economias desenvolvidas", basta "emprestar dólares, usá-los para comprar, digamos, no Brasil, e você faz dinheiro (bem, você podia, até o Brasil pôr controles limitando a entrada de capitais)".
Em outro texto, noticiou a "reação global ao declínio do dólar", com o alerta de que "o Brasil não está sozinho". Canadá e França ameaçam intervenção.

JARDIM PAULISTA
No "WSJ", "o Citigroup cancelou reforma em sua sede brasileira que incluía um terraço chamado pelos funcionários de jardim suspenso", ressaltando "sua situação delicada desde que obteve US$ 45 bi do governo americano"

RIO LÁ E CÁ
E o "JN", de novo, destacou que o "NYT" noticiou que a violência no Rio "agita o Brasil".
Já o tabloide inglês "Daily Mirror" deu longa coluna de Oliver Holt, que veio ao Brasil, com o título "A violência que eu vi não mudou minha visão de que os Jogos no Rio são uma das maiores ideias do COI".

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