quinta-feira, outubro 22, 2009

ARI CUNHA

Ônibus melhores

CORREIO BRAZILIENSE - 22/10/09


Está entravando o progresso brasileiro a falta de ônibus novos. Temos pistas nas cidades e em alguns estados, rodagens que merecem mais atenção. Ônibus, automóveis e caminhões vencidos estão em atividade no país. O prejuízo é de bilhões de reais por ano. Refazer estradas, cuidar do acostamento, reduzir aclives é defender dinheiro público. Carros que se chocam ou se projetam nos despenhadeiros das rodovias, no mais das vezes são resultado de má conservação, desleixo das empresas ou dos proprietários. Queda de barreiras é outro imprevisto que começará a aparecer nesta temporada de águas. Dinheiro que governo aplica sem que dê projeção. É dele que o povo precisa para se mover. A esperança é contar com a as autoridades para maior conforto da família brasileira.


A frase que não foi pronunciada

“Política é uma obsessão positiva. Obsessão é uma política negativa.”

» Reguffe, deputado distrital, pensando enquanto se prepara para as próximas eleições.



Lula violento

» Presidente Lula da Silva, no alto de sua popularidade, deseja o Brasil de joelhos aos seus pés. Bem que a popularidade lhe dá vantagens, mas está querendo mais da natureza humana. Chamou a Justiça de “irresponsável”, criticou o governador de S. Paulo, José Serra, e o bispo contrário à obra de transposição do Rio São Francisco. Com uma cajadada atingiu três instituições formadas por gente de sua amizade.

Nova

» Vem novidade por aí. Brasil e Estados Unidos fazem acordo para aumentar o prazo de validade do visto. A Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados já aprovou o assunto. Depois do trâmite, o visto pode passar a valer por 10 anos.

Patinar

» Com a estratégia de apenas reagir às iniciativas do governo, a oposição mostra a falta de jogo de cintura para enfrentar as eleições. Ação na Justiça contra a viagem do presidente vai ocupar um tempo precioso que poderia ser a apresentação de propostas inovadoras na política ou diretamente à sociedade.

Festa no céu

» Depois de pregar a inclusão digital, o governo amarga a notícia de que telecentros comunitários estão fechados por absoluta desinformação dos prefeitos. Faltou orientação ao conselho gestor escolhido pelas comunidades. O passo foi mais largo que as pernas.

Carnaval

» Tende a crescer a violência nos morros cariocas. Mas o caso tem solução. É fundamental criar acessos para a passagem da polícia na área. Por enquanto quem fica na torre de comando são os traficantes, o que é insano. Resta saber se há vontade social, política e econômica para agir também contra os policiais corruptos.

Mulheres

» Passou sem muito alarde a troca do verbo reservar para preencher na reforma eleitoral. A partir das próximas eleições os partidos devem preencher um terço das vagas com mulheres candidatas.

Por cento

» No documento encaminhado aos parlamentares por Regis Arsanian, embaixador do Brasil junto ao Mercosul, há um dado curioso: 56% das emissões globais de CO² decorrem da queimada de combustíveis fósseis. O desmatamento representa 17% dessas emissões.

Planejamento

» Com o trabalho terceirizado, o Ministério do Planejamento deixou o atendimento ao público com qualidade sofrível. Funcionários destacados para informar parecem ser preparados para impor barreiras. O melhor é conversar com quem é da casa. Nos corredores e elevadores, as dicas são precisas e desburocratizadas.

Patente

» Sem substância química, um sorvete em alta temperatura pode virar pudim. A rede americana Cold Stone Cremery, que inventou a receita, deve chegar ao Brasil no próximo ano.


História de Brasília

Com o tráfego aéreo sobrecarregado, muitos foliões imprecavidos vão rufar suas cuiquinhas por aqui mesmo. (Publicado em 11/2/1961)

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