sábado, julho 18, 2009

PANORAMA

REVISTA VEJA

Panorama

Holofote


Felipe Patury

Os paulistas querem Serra no Planalto

Pedro Silveira/Folha Imagem


O presidente Lula divulga que o governador paulista José Serra prefere concorrer à reeleição certa a disputar o Palácio do Planalto, em 2010. Há quinze dias, disse isso ao governador do Paraná, Roberto Requião, para evitar que ele passasse a apoiar Serra. Trata-se apenas de uma estratégia de Lula para esvaziar o palanque do tucano e forçá-lo a antecipar o lançamento de sua candidatura. A seus ministros, o presidente conta outra história. Relatou-lhes um encontro no qual Serra lhe disse que só decidirá sua candidatura no próximo ano – mantra que o governador repete a quem quiser ouvir. Aos mais próximos, Serra mostra uma pesquisa feita há poucos dias: 65% dos paulistas querem que ele dispute a Presidência e 70% preferem que adie esse anúncio para 2010.

Pegou mal para Lula

Dida Sampaio/AE


Não caiu bem no eleitorado o apoio dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do Senado, José Sarney, acusado de comandar uma central secreta de nepotismo e favorecimento a apadrinhados. Um indicador do desgaste de Lula é uma pesquisa telefônica feita em São Paulo pelo Ipespe. O levantamento revela que 82% dos entrevistados conhecem as denúncias que pesam sobre Sarney, 79% acreditam que ele deveria deixar o cargo enquanto os fatos são apurados e 71% dizem que Lula errou ao defender o presidente do Senado.

Mais pimenta na Bahia

Otavio Cabral/ Correio da Bahia


Numa briga interminável, os herdeiros de Antonio Carlos Magalhães agora disputam o comando da TV Bahia, afiliada da Rede Globo. O senador ACM Júnior e o empresário Luís Eduardo Magalhães Filho, o Duquinho, juntaram-se para comprar a parte do terceiro herdeiro, César Mata Pires, dono da construtora OAS. O empreiteiro topou, mas não muito: cobra 200 milhões de reais por suas ações, um terço do total. ACM Júnior e Duquinho acham caro e dizem que, por esse valor, venderiam suas partes a Mata Pires. Ele não quer.

Nome de vivo, não

Divulgação


O Ministério Público Federal deu um prazo de sessenta dias para que o governador do Acre, Binho Marques, mude os nomes da Biblioteca Marina Silva e da Usina de Artes João Donato. Os prédios, os mais vistosos de Rio Branco, foram batizados pelo ex-governador Jorge Viana, que descumpriu a lei que proíbe que obras públicas levem o nome de pessoas vivas. Os procuradores processarão Marques por improbidade administrativa se ele não cumprir a orientação no prazo.

Como seduzir o eleitor

Divulgação


O marketing político deu fama e fortuna ao sociólogo Antônio Lavareda, mas nenhum de seus cinco primeiros livros trata do assunto. Em novembro, ele aproveitará o aniversário de vinte anos da primeira eleição presidencial da redemocratização para lançar um sexto livro, A Sedução do Eleitor, bem colado à sua experiência profissional. No texto, que não terá cunho acadêmico nem rememorará suas campanhas passadas, Lavareda tentará mostrar que as pesquisas ajudam a vencer nas urnas e como se escolhe a mensagem certa para cada candidato.

Odebrecht pode comprar parte da Brenco

Llia Lubambo


O presidente da Brenco, Henri Philippe Reichstul, busca formas de capitalizar a empresa, que atua no mercado de álcool. Ele contratou um banco para procurar novos sócios. Cinco petroleiras e empresas chinesas já foram contatadas. A negociação está mais avançada com a ETH, subsidiária da Odebrecht, que analisa se injetará ou não 250 milhões de reais no negócio até setembro. A Brenco foi surpreendida pela eclosão da crise global. Seus custos aumentaram e a companhia, que precisaria de 300 milhões de reais para começar a produzir, já consumiu 400 milhões de reais e ainda não entrou em operação. Os atuais sócios, entre os quais o BNDES, querem diminuir as despesas administrativas. Para atendê-los, Reichstul reduziu a diretoria à metade. Também concordou com os pedidos para que as operações sejam acompanhadas por duas empresas de consultoria: a americana Accenture e a brasileira Angra Partners.

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