Panela de pressão
Luiz Carlos Azedo Com Guilherme Queiroz | ||||
Correio Braziliense - 28/07/2009 | ||||
A bancada de senadores do PT virou uma panela de pressão, ainda mais depois do puxão de orelhas público do ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro (PTB), no líder da bancada, senador Aloizio Mercadante (SP), ontem. O petista divulgou nota para reiterar a posição da bancada a favor do afastamento temporário do presidente do Senado, José Sarney (PMDB), enquanto as denúncias contra o político maranhense forem examinadas pelo Conselho de Ética. Segundo Múcio, a nota não refletiria a posição da bancada, apenas a opinião de dois ou três senadores. » » »
Ao contrário da versão palaciana, o afastamento de Sarney não levaria o tucano Marconi Perilo (GO) à Presidência do Senado até o final de 2010, pois nova eleição seria convocada. Caberia ao PMDB indicar o substituto por ter a maior bancada. Essa troca de comando do Senado poderia ser uma operação casada, mediante acordo entre a base e a oposição. O líder da legenda, senador Renan Calheiros (foto), porém, não quer nem ouvir falar desse assunto. Avalia que o apoio do presidente Lula é suficiente para garantir o cacique maranhense no cargo. Colateral A crise ética do Senado começa a respingar na governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), que assumiu o cargo após a cassação de Jackson Lago (PDT). No Supremo Tribunal Federal (STF), o desconforto com a situação é muito grande. Prospera o entendimento de que a jurisprudência, nesses casos, deveria assegurar a convocação de novas eleições e não a posse pura e simples do segundo colocado. Em tempo: Roseana também enfrenta um pedido de cassação na Justiça Eleitoral. Katiucha Uma comitiva do Exército está na Rússia negociando acertos finais da compra de 12 helicópteros de ataque, modelo Mi-35 Hind, considerado uma espécie de fortaleza voadora. Os militares tentam acertar os detalhes do pacote de armas, com interesse principalmente por mísseis antiaéreos de última geração, de fabricação russa ou chinesa. O investimento estimado é de US$ 300 milhões. Vetada As Confederações da Agricultura (CNA), da Indústria (CNI), do Comércio (CNC) e do Sistema Financeiro (Consif) ameaçam deixar o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), não aceita que a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (foto), do DEM, assuma o comando do conselho (integrado por representantes de trabalhadores, empregadores e governo). O ministro quer ungir o presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nesse, criada por ele no ano passado. A eleição será hoje. Fundo O Codefat administra o patrimônio do Fundo de Amparo ao Trabalhador: R$ 158 bilhões |
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