Pedi a Octaciano Nogueira, estudioso da vida política e administrativa do Brasil, informações sobre a história da imprensa e da política. A explicação do historiador: Justiniano José da Rocha, que para o Barão do Rio Branco foi “o primeiro dos jornalistas de seu tempo”, escreveu em seu mais conhecido texto que, “na eterna luta da autoridade com a liberdade há períodos de ação, períodos de reação, por fim períodos de transação em que se realiza o progresso do espírito humano e se firma a conquista da civilização”. Assim foi ao longo de nossa historia. À escravidão sucedeu a abolição. Às ditaduras seguiram-se sempre as aberturas. Assim são as crises, tempestades da história, depois das quais vem sempre a bonança. O que vale para as instituições, porém, não vale para os homens. Elas não afetam o destino e o caráter dos que as integram. Mas defeitos e virtudes dos seus responsáveis podem decidir sua boa ou má sina. Podem, inclusive, selar seu destino. Os parlamentares não estão isentos desse fato. Quaisquer que sejam seus defeitos, eles sempre sobreviverão às vicissitudes que podem levá-los do domínio da aristocracia, à servidão da burocracia.
A frase que não foi pronunciada “O beijo da morte, o canto da sereia, o ovo da serpente.” Professor Cassiano Nunes, de onde estiver, analisando as notícias do mês.
Sobre revolta médica Leia no blog do Ari Cunha mais informações sobre a irregularidade das entidades médicas propondo cobrança de atendimento diretamente do doente.
Rolando Se depender do ministro Orlando Silva, do Esporte, Brasília não terá metrô de superfície. Ele deu a entender que o GDF está se aproveitando da Copa para financiar projetos muito caros. Se o ministério não vai desembolsar um tostão para o projeto, o governador Arruda buscará apoio no exterior. Mesmo que depois a glória fique com o governo federal.
Lero Por falar nisso, há uma proposta do senador Expedito Junior que determina, além de outras iniciativas, medidas de compensação para a emissão de gás carbônico durante a Copa de 2014.
Olhos abertos Enquanto as bolsas asiáticas fechavam em baixa, a de Hong Kong não abriu. A estratégia começa a chamar a atenção do mercado.
Olho grande Em São Paulo já é fato. Hospitais particulares vão atender pacientes com a gripe suína. Em Brasília, a voracidade na hora de faturar é tanta que não vale a pena o governo se arriscar a dividir responsabilidade.
Absurdo Continua a liberdade sem freios na cobrança de taxas em estacionamentos. Não faz sentido hospitais e escolas cobrarem dos carros que utilizam os estabelecimentos. É o dinheiro mais fácil que existe. Sem contar áreas públicas invadidas que, cercadas, se valem da falta de regras.
Novidade Ministro Haddad, da Educação, anuncia novidades no ensino médio. O Conselho Nacional de Educação aprovou a proposta do MEC de reformulação da grade curricular. Além de aumentar o número de horas de aula por ano, os jovens vão poder escolher 20% das disciplinas em que quiserem se aprofundar.
2010 Em 4 de julho de 1994 o dólar custava R$ 0,94. Ainda assim, há muito que comemorar nesses 15 anos de Plano Real. Mesmo que a colheita seja feita por quem não plantou. Permanece a atenção no ajuste fiscal. Não há garantia de que o Estado gastará menos do que arrecada.
Estranhos Manuel Zelaya escapou ileso de dois incidentes. Um quando estava dentro do carro saindo da base da Força Aérea hondurenha. Seu veículo foi atingido por objetos estranhos. Venceu também o incidente confuso ao desobedecer a Suprema Corte, demitindo o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Romeo Vasque. Deposto por um golpe, tem a ONU, a OEA, os EUA e o resto do mundo a seu favor.
História de Brasília A posse mais original de ministro que houve até agora foi a do sr. João Agripino no Ministério de Minas e Energia. Ele não tem gabinete, não tem funcionários, não tem móveis, não tem nada, enfim. Foi uma posse simbólica. (Publicado em 3/2/1961)
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário