sexta-feira, junho 12, 2009

ARI CUNHA

Política move interesses


Correio Braziliense - 12/06/2009


Está havendo certo compadrismo na política internacional da América do Sul. Em conversa reservada com o presidente Lula da Silva, Hugo Chávez, presidente da Venezuela, cochichara ao ouvido do brasileiro e prometeu que não estava inclinado a expropriar empresas brasileiras. A notícia se espalhou. Foi quando o presidente Lula da Silva explicou que foi uma brincadeira. Não guarda como ninguém as amizades internacionais. Se o PT fosse uníssono, viveria melhor no Brasil. O bolivariano Evo Morales acendeu a luz amarela. Ficou calado e na espreita. Da conversa resultou desconfiança entre os presidentes da América do Sul. Passionais, só aceitam que as coisas sejam resolvidas a seu favor. Mesmo não havendo reciprocidade de parte deles. Lula tem experiência e convive com todos sem formar inimizades. Mas o outro lado sabe que o presidente brasileiro é ladino e pensa nos interesses do Brasil. No caso do terceiro mandato, Lula ri dentro de si sobre os desejos açambarcadores dos que querem lugar ao sol. É o baixo clero que cresceu um dia e marcou sua presença. Foi surpresa ao eleger presidente da Câmara o deputado pernambucano Severino Cavalcanti, que nunca mais deixou o poder. Hoje é prefeito do município de João Alfredo, Pernambuco..


A frase que não foi pronunciada

“Quanto mais ando, mais longe fica o que quero.”
Sindicatos e organizações ligadas ao governo, pensando nas greves.


Produção
Para o governo, a indústria do aço brasileiro produz menos, mas tem tido boa utilização. A linha branca, a montagem de automóveis, a taxa de 12% na tarifa de importação têm mantido pequena a produção, mas pelo menos não está nos planos do Brasil a paralisação, por enquanto.

Poupança
O Brasil ainda não determinou a cobrança de taxas sobre contas da poupança popular. Está em compasso de espera. É provável que nem seja necessária a aplicação. Ministérios ligados à parte econômica recomendaram maior cuidado, já que esse tipo de poupança é a guarda de dinheiro do povo. Se aparecer taxação, não será interpretada como defesa, mas perseguição aos pequenos poupadores.

Parada gay
Informações dão conta de que a última parada gay de São Paulo cresceu 47% com a presença de 3,5 milhões de adeptos. A palavra estimula a presença. Difícil para os adeptos é usarem os termos brasileiros. Seria muito ruim uma pessoa do Maranhão dizer-se “qualira”, ou do Ceará se taxar de “baitola”. Mesmo assim, há muita gente que gosta do mesmo sexo.

Explicação
O ministro Guido Mantega, da Fazenda, perde cabelos e gagueja ao explicar a economia na visão otimista. Difícil não possuir porta-voz para distribuir nota assinada. Ao baixar a receita, o governo que reduza a despesa. Dessa forma, a tristeza de quem sofre dói no bolso do cidadão que paga impostos.

PIB
O Produto Interno Bruto do Brasil no primeiro trimestre foi da ordem de R$ 634 bilhões. A última avaliação estava na ordem de R$ 90 bilhões. As reservas do país têm meio de superar dificuldades. O fato, entretanto, é visto como preocupante. O governo pensava em crescer 2%. Se ficar em zero ainda será aceitável.

Copa do Mundo
Cabe ao Ceará possuir a maior equipe de humoristas. No caso do futebol, ninguém é cearense. Todos são convocados no “exterior”. A camisa do Ferrim, do Fortaleza ou do Ceará é vestida com desdém. Depende do dinheiro e “bicho” recebidos depois de partidas realizadas. Wilson Ibiapina denuncia o que ocorre no futebol cearense.

Mudança
Épocas recentes eram marcadas pela aprovação de alunos da rede do ensino em Brasília. Surge o Sistema de Avaliação de Desempenho das Instituições Educacionais do DF. A sigla é longa, mas se abrevia como Siadi. Todos os alunos devem ser avaliados. É que alguns, sem nada saberem, recebiam diploma. A coisa muda. Há que estudar para aprovação. O professor é que será punido se houver reprovação acima da média.

História de Brasília

Com a aparente desistência do sr. Virgílio Távora ao cargo de presidente da Novacap, comenta-se a nomeação do sr. Vasco Viana de Andrade, atual engenheiro chefe do DVO. Suas credenciais são das melhores, por ser apolítico, engenheiro pioneiro e o que possui maior volume de trabalho de pavimentação e terraplanagem do país. Ninguém pode negar seu valor pessoal, e a maneira como tem orientado seu Departamento, um dos mais importantes da Novacap. (Publicado em 2/2/1961)

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