segunda-feira, maio 04, 2009

ANCELMO GÓIS

Convite recusado


O Globo - 04/05/2009
 

O Itamaraty, por causa das manifestações racistas de Mahmoud Ahmadinejad, tenta dar à visita do presidente iraniano, quarta, dia 6, um caráter estritamente econômico. Mas ainda assim não é fácil. 

Segue... 

Pelo menos uma das maiores empresas brasileiras, mesmo com grandes negócios no mundo árabe, se recusou a participar de um encontro de empresários com Ahmadinejad. 

Teme melindrar os EUA, onde também tem negócios, e a comunidade judaica brasileira. 

Deu na concorrência 

Até o "Chicago Tribune", jornalão da cidade americana que disputa com o Rio a vaga de cidade-sede das Olimpíadas de 2016, registrou a boa impressão causada pela cidade aos integrantes do comitê de avaliação do COI, que passaram por aqui na semana passada.

E o delegado vai? 

O PSOL organiza um ato contra o ministro Gilmar Mendes e pela ética na Justiça, em frente ao STF, quarta, dia 6. 

Resta saber se o delegado Protógenes Queiroz, xodó do partido, vai. Ele prendeu Daniel Dantas e Gilmar soltou.

De Mr. Link a Tupi 

Lula foi buscar no fundo do baú, sexta, na festa que marcou o início da exploração do supercampo de Tupi, a "Marcha da Petrobras", de Luiz Gonzaga, Nelson Barbalho e Joaquim Augusto, gravada em 1959. 

A música exalta as descobertas de óleo em Candeias, Maceió e Nova Olinda. 

Só que... 

No caso de Nova Olinda, no Amazonas, ocorreu uma grande frustração. Em 1955, se dizia que lá havia mais petróleo do que na Venezuela. Os presidentes Café Filho e JK foram à cidade bater bumbo. 

Mas, depois de perfurar seis poços, o geólogo americano Walter Link, diretor de exploração da Petrobras, concluiu que Nova Olinda não tinha óleo em quantidade comercial. 

No mais 

Veja um trecho da música de Gonzagão: "Brasil, meu Brasil/Tu vais prosperar, tu vais/Vais crescer inda mais/Com a Petrobras".

Ponto Final

Lula : " Não acho crime deputado dar passagem"

O imenso prestígio de Lula reflete, naturalmente, as suas qualidades. Ele é o cara. Mas volta e meia o presidente usa sua popularidade para defender a velha política. Foi assim quando saiu em defesa de Renan Calheiros, Jader Barbalho, Severino Cavalcanti, etc. É pena.

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