quarta-feira, maio 09, 2012

CLAUDIO HUMBERTO

“Mensalão continua no STF”
Ministro Joaquim Barbosa, ao negar pedido para desmembrar processo do mensalão

ES: PF GRAVOU NEGOCIATA DE PREFEITO E CONSELHEIRO

A Operação Lee Oswald, da Polícia Federal, fisgou outro peixe graúdo, José Antônio de Almeida Pimentel, conselheiro do Tribunal de Contas do Espírito Santo, em suposto esquema de corrupção no município de Presidente Kennedy. Segundo a PF, gravações telefônicas mostram o conselheiro negociando com o prefeito Reginaldo Quinta (que está preso) a reabertura de três licitações suspensas pelo próprio tribunal.

MUITO DINHEIRO

As três licitações objeto da negociação entre o conselho e o prefeito ultrapassaria R$ 107 milhões.

SUSPEITAS

Uma licitação, reaberta em 10 de abril, é de um trecho do contorno rodoviário e outras duas de pavimentação em Presidente Kennedy. 

O MEDIADOR

Conforme relatório da PF, toda a negociação foi intermediada pelo procurador-geral de Presidente Kennedy, Constâncio Borges Brandão. 

CONTRAPONTO

O conselheiro José Pimentel nega ter autorizado a republicação dos editais viciados e qualquer envolvimento em irregularidades. 

FUNCIONÁRIO FANTASMA SAI CARO PARA EX-DEPUTADO

O Ministério Público Federal negou recurso e denunciou o ex-deputado Robério Araújo (PP-RR) por desvio de dinheiro público. Ele é acusado de contratar um “fantasma” em seu gabinete, em fevereiro de 1998: o “assessor parlamentar” Edivan Barbosa de Oliveira era na verdade mecânico de sua oficina, segundo o MPF. O ex-deputado perderá os direitos políticos por oito anos e ainda terá de devolver R$ 60 mil.

O OUTRO LADO

O ex-deputado Robério Araújo, que é medico, diz que jamais teve oficina e que o “assessor” era seu motorista. Garante que vai recorrer.

BATENDO ASAS

A empresa aérea Flex, oficialmente falida, se vira com cursos de piloto, simuladores de voo e cursos de atendimento de check-in. 

RAMIFICAÇÕES

Parlamentares acham que a CPI mista do Cachoeira vai desaguar em outras operações da PF: Satiagraha, Chacal, Pedra Bonita. 

TORNEIRA

Em meio à descontração na CPMI do Cachoeira, que decidiu segredo no depoimento de delegados e procuradores, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) foi sincero: “Tudo que aqui for falado vai vazar”.

DELTA DO SENADO

A empresa Delta Engenharia é contratada pelo Senado para fazer a manutenção da “sala do pânico”, onde a CPI mista do Cachoeira guarda documentos. Nada a ver com a enrolada Delta Construções.

A FRAUDE COMPENSA

Numa palestra há dias em Brasília, o juiz federal Odilon de Oliveira, célebre pela condenação a traficantes internacionais, lembrou que fraudar licitação dá no máximo quatro anos de cadeia. O ladrão furtivo, que não tira dinheiro da Saúde, por exemplo, pega até 8 anos. 

ENTRE GRADES

Líder do PSDB, o senador Alvaro Dias (PR) reclama das medidas restritivas para ter acesso aos inquéritos da CPI mista de Cachoeira: “Parece que estamos indo visitar Cachoeira na cadeia”, compara.

CORRENDO POR FORA

Professor há 30 anos da Faculdade de Direito de São Bernardo (SP), José Benedito de Godoi tenta a vaga do ministro César Peluzo, que sai do Supremo em novembro. Tem forte apoio das lideranças petistas do ABC, mas oposição do advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula. 

PERFIL FAKE

O ministro Celso Amorim (Defesa) diz não possuir página pessoal nas redes sociais. As maledicências e boatos, até contra ministros do STF, atribuídos a ele, seriam de “perfil fake” (falso) na internet. Anrã.

LOGO ALI

Os bispos da Bolívia abriram guerra contra o cultivo de folha de coca numa área de reserva ambiental em Santa Cruz de La Sierra, fronteira com o Brasil, incentivado pelo presidente maluquete Evo Morales

PATRULHA PARAGUAIA

O Núcleo Cultural Guaraní Paraguai Teeté, de São Paulo, tirou do YouTube a música sertaneja “Amor Paraguaio” e ameaça músicas

“preconceituosas contra o povo do Paraguai”, associando-os a “falsos”. 

PENSANDO BEM...

...Enquanto o povão faz as contas da poupança, perde as contas dos escândalos do Cachoeira. 

PODER SEM PUDOR

ACORDO SALVADOR

O vereador Totó Bezerra, de Teresina (PI), fotógrafo, certa vez recebeu em sua loja – vizinha a um banco – a visita do deputado João Clímaco. De repente chegou um eleitor e pediu dinheiro emprestado ao vereador. Clímaco meteu o bedelho para livrar o amigo do constrangimento:

– Você está vendo o banco aqui do lado? – perguntou ao eleitor – Pois o Totó não pode emprestar dinheiro a você porque tem um acordo com o banco. Nem ele empresta dinheiro, nem o banco tira retrato.

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