domingo, dezembro 01, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 01/12

Grupo instalará três novos hospitais no Espírito Santo

Com R$ 250 milhões, o Grupo Meridional de Saúde, que tem quatro hospitais em operação no Espírito Santo, desenvolve um projeto de expansão que inclui três novos empreendimentos e a reforma de uma unidade.

Um dos hospitais planejados deverá ter um atendimentos voltado apenas para a classe A.

"A pesquisa de viabilidade está sendo feita por uma empresa de São Paulo. O resultado será entregue em janeiro", diz Antônio Alves Benjamim Neto, diretor-geral do grupo.

"Depois disso, vamos definir o padrão do hospital, mas a intenção é que seja de luxo", acrescenta. O terreno onde a obra será erguida, em Vitória, já foi comprado.

Em Guarapari (a cerca de 55 km da capital), um outro empreendimento será instalado. Com tamanho semelhante ao de Vitória, mas mais simples, de acordo com Benjamim Neto.

Ainda não há previsão para o início das obras. "Aguardamos o momento certo, que será quando os projetos da Petrobras e da Vale na região começarem a deslanchar", afirma o médico.

A terceira nova unidade será em São Mateus (215 km ao norte de Vitória) e terá 110 leitos. Já existe um projeto para duplicar esse número.

Apesar das ampliações, o grupo também sofre com o preço da mão de obra do setor. Os planos para construir um quarto novo hospital foram adiados.

"Devemos retomá-lo. Acreditamos que o problema de custos seja conjuntural. No longo prazo, não deve haver tanta dificuldade. Os planos de saúde crescem com as classes C e D."

O QUE EU ESTOU LENDO

Marcelo Carvalho, economista-chefe do BNP Paribas

Na cabeceira do responsável pelas análises econômicas do BNP Paribas no Brasil, Marcelo Carvalho, está um livro sobre o acaso.

"Estou lendo O Andar do Bêbado', de Leonard Mlodinow [em inglês: The Drunkard's Walk: How Randomness Rules Our Lives' (Random House)]", diz.

O autor cita casos do mercado financeiro a Hollywood da casualidade nas escolhas e aborda o que pode ser feito em relação ao imponderável.

"É bem interessante. Mostra em linguagem acessível e com exemplos claros como o aleatório afeta a vida das pessoas --muitas vezes sem que percebam."

CASA ARRUMADA

A rede de materiais de construção Leroy Merlin pretende unificar seu sistema de informações em todas as unidades do Brasil até 2017.

O país será o único, dos 27 onde o grupo está presente, a ter um ERP (sistema integrado de gestão empresarial, na sigla em inglês).

O software contemplará todos os módulos da empresa, como operação, abastecimento, contabilidade e folha de pagamentos.

"Teremos ganhos em produtividade e uma agilidade tributária que vai nos permitir melhor adaptação às frequentes mudanças de lei que ocorrem no Brasil", afirma Alain Ryckeboer, diretor-geral da Leroy Merlin Brasil.

A tecnologia demandará um aporte de R$ 120 milhões.

Hoje, a operação brasileira trabalha com dois sistemas, um local e um francês, o que torna o processamento de dados mais demorado, segundo Ryckeboer.

"Os impostos brasileiros são muito inconsistentes, mudam toda hora, Estado por Estado. Não tem um ano que não passamos por uma grande mudança tributária."

Apesar das dificuldades em se investir no país --"a lista é grande", segundo o executivo--, a rede mantém seu ritmo de expansão.

"Todas as capitais estão nos planos do grupo."

Em 2014, serão aportados R$ 300 milhões em lojas em São José (SC), Campo Grande (MS) e São Bernardo do Campo (SP), além da remodelação da primeira unidade aberta no Brasil, em Interlagos, em uma "loja conceito".

PROBIÓTICO SUECO

O laboratório Aché assinou um acordo exclusivo com a empresa BioGaia AB para comercializar no Brasil probióticos desenvolvidos e produzidos pela companhia sueca.

O grupo estrangeiro detém cerca de 200 patentes no mundo relacionadas aos produtos, de acordo com a farmacêutica brasileira.

Os probióticos são utilizados para ampliar o equilíbrio da flora intestinal.

MUDANÇA RÁPIDA

As empresas brasileiras precisam, antes de tudo, de flexibilidade, segundo o CEO mundial da Porsche Consulting, Eberhard Weiblen.

"As companhias devem responder de forma rápida às mudanças. Necessitam estar preparadas para aumentar ou reduzir suas capacidades, principalmente em economias como a brasileira, com altos e baixos."

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