domingo, maio 26, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 26/05

Anvisa permite troca em fila de registro de novos medicamentos
A fila de medicamentos à espera de registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) passará por alterações para acelerar demandas de companhias do setor.

Até a próxima semana, elas podem apontar quais produtos devem ser prioritários no processo. A regra até então era seguir a ordem cronológica.

"As empresas justificam que os produtos próximos de entrar em análise muitas vezes estão superados", diz Antônio Mallet, da Anvisa.

Só será possível fazer trocas entre produtos da mesma empresa, e não "furar" alguma das filas existentes. Não há limite para número de alterações por empresa.

A Anvisa pode recusar a mudança caso julgue que há interesse de saúde pública.

A medida passou a valer no início deste mês para medicamentos novos, similares, genéricos e específicos. A nova lista será publicada em junho.

Entidades do setor apontam a medida como positiva.

"É boa até para o consumidor, porque as empresas querem colocar rapidamente no mercado aquilo que pode aumentar a concorrência", afirma o presidente do grupo Farma Brasil, Reginaldo Arcuri.

"Ações para reduzir a burocracia são importantes, desde que adotem parâmetros transparentes e equânimes", diz Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma ( Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de SP).

Para o presidente-executivo da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), Antônio Britto, a iniciativa, mesmo válida, ainda não resolve o problema da longa espera.

"A média hoje das filas é de 608 dias", afirma, com base em cálculo da entidade.

Aeronave não tripulada tem mercado potencial em setor civil
A redução do uso dos drones (aviões não tripulados) dos Estados Unidos na "guerra ao terror", prometida pelo presidente Barack Obama, abre mercado para a utilização dessas aeronaves no salvamento em tragédias.

O uso civil dos pequenos e leves aviões pode trazer respostas rápidas na localização de sobreviventes e no levantamento de dados sobre terrenos atingidos por furacões, tornados, enchentes e terremotos, segundo especialistas.

São também mais silenciosos do que as grandes aeronaves tripuladas, cujo barulho pode encobrir gritos de socorro de sobreviventes.

A possibilidade levanta entusiasmo no setor nos Estados Unidos, mas ainda enfrenta barreiras regulatórias.

A utilização dos drones chegou a ser cogitada pela Cruz Vermelha na região americana de Oklahoma City, após o tornado que atingiu a área na semana passada.

A organização, no entanto, declinou da ideia por causa da interdição do espaço aéreo.

Enquanto no mercado americano os veículos não tripulados carregam a imagem negativa do uso militar, no Brasil o uso é mais explorado por segmentos de agricultura e monitoramento ambiental, segundo Luciano Neris, da fabricante AGX.

A empresa ofereceu a tecnologia para ajudar no trabalho de resgate nos deslizamentos do Rio de Janeiro.

De acordo com Neris, estima-se que o mercado mundial de aeronaves não tripuladas chegue a US$ 4,5 bilhões (o equivalente a R$ 9,2 bilhões) em 2014.

"Grande parte desse mercado é de aplicações militares, embora o segmento civil tenha grande potencial de crescimento."

Transporte Seguro
O setor de cloro e soda reduziu em 90% o número de acidentes no transporte de produtos nos últimos oito anos, segundo balanço de 2012 recém-concluído pela Abiclor (associação da indústria de cloro e derivados).

A entidade identificou no ano passado 0,13 acidente a cada 10 mil viagens, com base em dados registrados pelas empresas da área.

Em 2005, a frequência era de 1,45. Os números seguem em queda desde 2007.

Para a associação, a redução é explicada por ações que foram adotadas, como treinamento de motoristas, mudanças no uso de equipamentos e controle mais rigoroso por parte das empresas.

O motorista e o veículo passam agora por uma série de avaliações para comprovar se estão em condições de viajar.

Os produtos são utilizados como matéria-prima em indústrias de grande porte, como de papel e celulose, alimentos, petroquímica e têxtil.

À FRANCESA
A marca francesa Hermès pretende, sim, abrir sua segunda loja no Brasil, mas isso não deve ocorrer antes do segundo semestre de 2015, de acordo com o diretor global de estratégia da empresa, Patrick Albaladejo.

"Estamos convencidos de que precisamos ter mais uma [unidade], mas estamos estudando o momento certo."

O único ponto da companhia hoje no país é em São Paulo, mesma cidade onde deve ser instalado o segundo.

"Também estamos olhando para o Rio, mas São Paulo é mais provável. A cidade é muito grande e o trânsito, difícil. É importante ter lojas perto do cliente potencial."

Albaladejo afirma que o mercado brasileiro pode crescer muito para a empresa, mas que as taxas de importação dificultam.

"Nossos preços aqui são bem mais altos que na Europa e nos EUA. Essa situação não permite que nos desenvolvamos como queremos."

Atualmente, o Brasil não corresponde nem a 1% do faturamento da grife.

As vendas no continente americano aumentaram 10,3% no primeiro trimestre deste ano, menos que na estagnada Europa. A Argentina foi uma das responsáveis pela expansão nesse ritmo.

"Tivemos uma limitação para importar lá [devido às políticas protecionistas do país]. Não vendemos não por falta de cliente, mas por falta de oferta nossa."

EXECUTIVOS BLINDADOS
Metade dos CEOs brasileiros já possuem veículos corporativos blindados, de acordo com um levantamento de remuneração e benefícios da Page Executive.

Segundo a pesquisa da empresa, especializada em recrutamento e seleção de altos executivos, o índice é de 10% entre profissionais que ocupam cargos de diretor financeiro, marketing e RH.

O estudo foi realizado com cerca de 700 executivos de 600 companhias, entre multinacionais e nacionais.

O fornecimento de carro blindado passou a ser utilizado para atrair profissionais, segundo a Page Executive.

Brinde... O setor de cerveja representa 11% do PIB da indústria de transformação do país, conforme um novo levantamento da Ambev, que cruzou dados do IBGE e da FGV.

...industrial Os maiores índices são no Distrito Federal (55%) e no Maranhão (52%). Em São Paulo, o setor corresponde a 10% da indústria de transformação.

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