FOLHA DE SP - 29/04/12
Como eletrodoméstico, pneu terá selo de eficiência
Os pneus passarão a ser classificados pelo Inmetro conforme sua segurança e eficiência energética. Eles receberão um selo semelhante ao dos eletrodomésticos, com categorias de "A" a "G".
As etiquetas seguirão o novo modelo europeu.
Serão avaliados ruído externo, aderência ao solo molhado e resistência à rodagem (quanto maior a resistência, maior o consumo de combustível e a emissão de CO2).
"O regulamento deve entrar em vigor gradativamente a partir de 2014. A ideia é que seja compulsório", diz Alfredo Lobo, do Inmetro.
Empresas do setor, porém, dizem que estarão prontas só em 2015 e que negociam a data com o órgão. "Precisamos investir para realizar testes", diz Bruno Blanc, da Michelin.
Para atender as exigências, as empresas precisarão desenvolver tecnologias e introduzir novas matérias-primas.
A Pirelli informa que já tem uma linha que se enquadra no perfil, desenvolvida por seu centro de pesquisa global. Para adaptá-la à condição brasileira, foram gastos R$ 20 milhões, segundo o diretor da empresa Roberto Falkenstein.
As características de resistência à rolagem e aderência ao solo molhado, no entanto, são conflitantes. "Tentamos equilibrar, mas as fábricas precisarão se adaptar de acordo com a característica que vão privilegiar", diz Renato Sarzano, diretor da Continental.
Giano Agostini, da Goodyear, considera a medida positiva para o segmento, pois "serão diferenciadas as empresas que se alinharem".
A implementação das etiquetas nos mercados europeu, brasileiro e coreano fará o segmento de pneus de alto desempenho crescer mais de 75% no mundo até 2015, segundo a Lanxess, produtora de borracha sintética.
Pequeno Avanço
As recuperação das pequenas indústrias será mais lenta do que a de grandes companhias, segundo estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Entre os empresários de indústrias que empregam de dez a 29 trabalhadores, cerca de 30% reclamaram da falta de demanda.
"As menores apresentam desempenho inferior porque são pouco preparadas para dificuldades", diz Renato da Fonseca, executivo da CNI.
A maior dificuldade de acumular estoques e de acessar crédito contribuem para o pior cenário das empresas de pequeno porte.
"Mas passou a chamar a atenção o fato de que as grandes também começaram a reclamar da dificuldade de acesso a crédito. Isso era tradicional apenas entre as pequenas", afirma.
Lazer no Shopping
Tradicional centro de compras de São Paulo, o shopping Ibirapuera vai receber um investimento de aproximadamente R$ 120 milhões para ser, também, um centro de lazer.
O projeto de ampliação prevê teatro, salas de cinema e cerca de 40 lojas.
"O que falta para nós não são lojas, mas área de lazer. Temos urgência nisso", diz o presidente do shopping, Armando de Angelis.
Com o novo espaço, a expectativa é que o número de visitantes aumente entre 10% e 15%. Hoje, o local recebe 80 mil pessoas por dia.
Ainda não há previsão de quando as obras começam.
A ampliação é a segunda parte de um projeto de revitalização do shopping, que tem 35 anos.
A primeira parte começou há três meses e inclui substituição de pisos, forros, colunas, iluminação, mobiliário e sanitários.
Essa etapa demandará aporte de R$ 65 milhões e será concluída em dois anos. As obras são feitas durante a noite.
NÚMEROS
R$ 120 milhões serão investidos na ampliação
R$ 65 milhões é o aporte destinado à reforma, já iniciada
435 é o atual número de lojas
80 mil visitantes por dia
10% a 15% é o aumento esperado no número de visitantes
35 anos é a idade do shopping
Método Brasileiro
O Grupo Prepara inaugura uma rede de ensino complementar para concorrer com o Kumon.
A Ensina Mais terá reforço em língua portuguesa e matemática, com foco em alunos da rede pública.
"O sonho das classes C e D é que os filhos tenham uma boa qualificação, mas o ensino público é ruim e os reforços são caros", diz o presidente do grupo, Rogério Gabriel.
Ele diz que a ideia surgiu diante da dificuldade de alunos de cursos profissionalizantes com matérias básicas.
O grupo espera lançar 80 unidades neste ano, com mensalidades de cerca de R$ 80. O Prepara faturou R$ 178 milhões em 2011, de acordo com Gabriel.
Contra o tempo
A velocidade com que as empresas de bens de consumo não duráveis lançam produtos é uma estratégia fundamental de competitividade. É o que mostra um estudo realizado pelo The Boston Consulting Group.
As empresas líderes da categoria lançam produtos, em média, em 15 meses, sete a menos do que a média.
Entre os setores analisados, o de produtos de beleza aparece no relatório como o mais rápido.
Já as áreas com forte regulamentação, como álcool e tabaco, estão entre as mais lentas. Na comparação entre lojas, as de moda são as mais velozes. A média do setor para inovações é de dez meses.
Segundo o levantamento, empresas mais rápidas aumentam a fatia de mercado e o poder de negociação, entre outros benefícios.
Ampliação... Com investimento de R$ 10 milhões, a Cozil, empresa de equipamentos para cozinhas profissionais, amplia o parque industrial com uma nova área de 5.000 m². O parque atualmente tem 10.000 m².
...no parque A companhia vai implantar também seis showrooms no país: em São Paulo e no interior do Estado, no Norte, no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sul. A expectativa é que todos estejam prontos até o fim do ano.
Fim da guerra Com a decisão do Senado que unifica o ICMS dos Estados para importação, a movimentação no porto de Imbituba (SC) deve cair cerca de 15%. Em 2011, 2,3 milhões de toneladas passaram pelo porto.
Imposto... As entregas de declarações de IR de clientes feitas pela Ernst & Young Terco apontam elevação de 39% ante 2011 no número de expatriados estrangeiros no Brasil e de brasileiros fora. Em relação a 2010, a alta é de 71%.
...de renda O aumento foi mais forte entre as declarações de saída do Brasil (51%). "A internacionalização de empresas brasileiras eleva o fluxo de transferência de profissionais", diz Tatiana da Ponte, da Ernst & Young Terco. A empresa estimava entregar 6.200 declarações até o fim do prazo.
Óleo... A partir de julho, o óleo diesel A S500 receberá corante vermelho e será proibida a adição de corante ao óleo diesel S1800, que apresentará sua cor amarela natural, de acordo com resolução da ANP.
...diesel O objetivo da medida é evitar que o óleo diesel S500 seja desviado para venda como óleo diesel S50 ou S10, de coloração semelhante.
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