quinta-feira, abril 12, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 12/04/12

Previ tem um dos maiores retornos com 'small caps'

O investimento de R$ 300 milhões que a Previ fez em ações de pequenas e médias empresas ('small caps'), no início de fevereiro deste ano, obteve uma das maiores rentabilidades dentre as aplicações do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

No acumulado de fevereiro e março, os cinco fundos dedicados às "small caps" renderam 9,25%, segundo a Previ. Foi a primeira experiência de terceirização de fundos com aporte de recursos do fundo.

Foram criados cinco fundos exclusivos de ações com R$ 60 milhões cada um.

Os recursos foram entregues a gestores que serão avaliados quadrimestralmente.

"Ao final de dois anos, aquele que obtiver a pior performance será excluído, mesmo que tenha tido um bom desempenho, e dará lugar a um novo gestor", diz Ricardo Flores, presidente da Previ.

"Esse investimento tem um efeito econômico importante. Pequenas e médias empresas muitas vezes sofrem com a alta volatilidade decorrente do trânsito de recursos", segundo Flores.

"Como a Previ tem visão de longo prazo e não é pressionada pela necessidade de retornar rapidamente, essa injeção de recursos gera capitalização mais estável e reforma o mercado de capitais com esse horizonte longo", afirma ele.

"O tamanho dos fundos está adequado pelos próximos dois anos", diz Renê Sand, diretor de investimentos.

"À medida que a experiência confirme seu êxito depois dos dois anos, poderemos aportar mais recursos", acrescenta Flores.

"Além de o investimento em 'small caps' ser uma excelente forma de diversificar a carteira de renda variável, são R$ 300 milhões injetados na economia brasileira, em empresas cuja produção está diretamente ligada ao mercado consumidor interno"

RICARDO FLORES
presidente da Previ

foco

A Previ deve investir mais em fundos de investimentos e participações (FIPs) nos setores em que já atua.

"Vamos focar mais em FIPs nos segmentos de óleo e gás, infraestrutura e varejo", diz Ricardo Flores, presidente do fundo de pensão, sem precisar valores de futuros aportes. A Previ aplicou R$ 100 milhões no FIP de óleo e gás do BB no mês passado e já tinha investido nos FIPs Mare e Sete Sondas.

Na área de infraestrutura, o fundo participou da proposta vencedora da concessão do aeroporto de Guarulhos com o grupo Invepar.

A Previ registrou recorde de pagamento de R$ 9,04 bilhões em 2011 em benefícios aos aposentados e pensionistas do fundo de pensão.

Cerca de 54,2% dos pagamentos foram feitos com recursos provenientes de aluguéis de empreendimentos comerciais da Previ.

O Estado de São Paulo concentra 20% dos benefícios, com 17 mil dos cerca de 88 mil aposentados e pensionistas da Previ, e um total pago de R$ 1,86 bilhão ao ano.

Grupos de hotéis do PR e de AL construirão três novas unidades

A Rede de Hotéis Deville, do Paraná, vai investir R$ 91 milhões na construção de dois hotéis e na reforma de suas outras dez unidades.

Um dos novos hotéis, que receberá aporte de R$ 42 milhões, será em Campo Grande (MS). "Iremos atender os empresários da área de agronegócios", diz o presidente da rede, Jayme Canet Neto.

As obras devem começar em julho e ser concluídas em dois anos.

A outra nova unidade da companhia será em Campinas (SP) e exigirá R$ 37 milhões em investimentos.

"Esse projeto ainda está em fase de aprovação, em um ritmo lento por causa dos problemas políticos da cidade [cujo comando da prefeitura mudou quatro vezes em um ano por denúncias de corrupção]."

No Nordeste, o Grupo Salinas também prevê ampliar sua rede de resorts. Com aporte de R$ 32 milhões, instalará uma unidade com perfil econômico em Japaratinga (AL).

O grupo, que tem mais dois resorts, projeta hotéis em outras três regiões do Estado, segundo o diretor Glênio Cedrim.

CONTRAPROPOSTA

A escassez de talentos no Brasil começa a atrapalhar o mercado de recrutamento de executivos.

Na disputa por profissionais qualificados, as companhias têm optado por cobrir, com salários mais altos, propostas recebidas por seus funcionários para trabalharem em outras empresas.

Estudo realizado pela consultoria de recrutamento executivo Michael Page, de novembro de 2011 a março de 2012, aponta que houve retenção por cobertura de proposta em mais de 30% dos casos de uma amostra de cerca de 1.500 processos de colocação.

"É ruim para a empresa que retém o funcionário pois a decisão de sair já foi tomada e ele acabará indo embora em outra ocasião. Para o executivo é mau. Ele fica com salário inflacionado, que o impede de receber futuras oportunidades", diz Marcelo De Lucca, diretor da consultoria.

A retenção não planejada eleva artificialmente os salários e o tempo de colocação, segundo Lucca.

Cabo A americana General Cable Corporation, de cabos de ignição eletrônica de automóveis, comprou a Délphia Produtos Elétricos, fabricante de suplementos no Brasil. A compradora foi assessorada pelo TozziniFreire Advogados.

Energia alternativa A empresa argentina de energia eólica Impsa vai investir aproximadamente R$ 150 milhões em um novo parque no Uruguai. A companhia possui produção de aerogeradores em Pernambuco.

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