segunda-feira, abril 09, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 09/04/12



Inadimplência em faculdades tem nova queda
Depois de quatro anos, a inadimplência no ensino superior no Estado de São Paulo ficou abaixo de 9% em 2011, segundo dados preliminares do Semesp (sindicato de mantenedoras de estabelecimentos do setor de SP).

O principal motivo para a queda é o desenvolvimento do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), que, em menos de quatro meses deste ano, terá mais contratos fechados do que em 2011.

"O índice já havia caído nos últimos dois anos, mas agora a retração é mais acentuada", afirma o diretor-executivo da entidade, Rodrigo Capelato.

A última vez em que o índice esteve nesse patamar foi em 2007, com 8,69%.

"Além da crise econômica, a inadimplência também subiu nos anos seguintes devido ao ingresso das classes mais baixas, que ainda não sabiam como se organizar e não tinham muito acesso a financiamentos", diz.

No país todo, o percentual de devedores também terá queda e ficará em torno de 9%, segundo o Semesp, que passou a calcular o índice nacional em 2009.

O último indicador, de 2010, ficou em 9,58%. Outra consequência da expansão do programa do governo federal é o maior número de inscritos nos vestibulares do país. "Informações preliminares indicam alta de 10%." O Semesp divulgará todos os dados no final deste mês.

DIVERSIFICAÇÃO DO AÇO
A distribuidora Aços F. Sacchelli investirá R$ 46 milhões até o fim deste ano para aumentar sua participação no mercado de aços acabados e no setor de energia.

Até junho, os principais focos da companhia serão a melhoria das operações logísticas em Guarulhos e o aumento da área construída em Jacareí, de 8.000 para 16 mil metros quadrados.

Os investimentos no período serão de R$ 20 milhões.

"Precisamos de mais espaço para estocagem e também faremos mudanças no transporte devido às restrições aos caminhões em São Paulo", diz o presidente da empresa, Wagner Sacchelli.

A nova área na unidade de Jacareí armazenará aço acabado, segmento no qual a companhia investiu outros R$ 15 milhões para atender a demanda das montadoras e do setor de autopeças.

"São peças com maior valor agregado e em expansão no Brasil, apesar de estar bem atrás dos aços laminados." No segundo semestre, a companhia terá um novo braço, voltado para o setor de energia, principalmente petróleo e gás. Até agosto, a distribuidora também espera anunciar a aquisição de três empresas, na Argentina, no Chile e na Venezuela, para iniciar seu processo de internacionalização.

R$ 60 milhões é o valor que a companhia investirá em aquisições no exterior

13 é o número de unidades que a distribuidora tem no país

R$ 20 milhões serão investidos para melhorar as operações logísticas e na ampliação da unidade de Jacareí

16 mil m2 será a área construída para estocagem em Jacareí

Reorganização Os professores de economia Stephen S.Cohen e J. Bradford DeLong, da Universidade da Califórnia (Estados Unidos), analisam, no livro "O Fim da Influência", a perda de poder político e cultural dos EUA sobre outros países após a crise econômica. A obra acaba de chegar às livrarias do país.

Casa de aço A Usiminas vai fornecer pela primeira vez estruturas metálicas para a faixa de zero a três salários mínimos do Minha Casa, Minha Vida. A montagem para 496 apartamentos começa neste mês, em Cachoeiro de Itapemirim (ES). O contrato de R$ 6 milhões foi feito com Premax Engenharia.

ÁSIA COMPETITIVA
A Teikon, empresa brasileira de manufatura de componentes eletrônicos que tem escritório em Shenzhen, na China continental, avalia a possibilidade de abrir outro em Hong Kong, segundo José Ruy Alvarez, presidente da companhia.

"Estamos buscando novos nichos, com a elevação dos salários na China", diz.

O executivo, que esteve recentemente no Vietnã, afirma que novos polos de fornecimento ao setor devem despontar com foco em Indonésia e Camboja. "O chinês é mais robótico e esse mercado é muito volátil."

Há cerca de dois anos, a empresa iniciou um processo de reestruturação, que está agora em fase final. Foram fechadas duas fábricas e uma nova foi inaugurada.

O cenário é de acirrada competição com gigantes como a Foxconn. "Nosso custo do dinheiro é mais alto."

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