domingo, agosto 28, 2011

CLÁUDIO HUMBERTO

“Eu tive, na verdade, um desarranjo intestinal”
EX-MINISTRO DA DEFESA NELSON JOBIM EXPLICANDO SUA AUSÊNCIA NA POSSE DO SUBSTITUTO

PROJETO DE DILMA PRETENDE ‘FLEXIBILIZAR’ EMENDA 29 
A presidente Dilma agravou o “clima de beligerância” com o Congresso, ao vazar, por seus líderes, a ideia de propor um projeto flexibilizando a rigidez da Emenda 29, que obriga a União, Estados e municípios a destinarem, em seus orçamentos, percentuais mínimos de gastos com saúde pública. A ideia gerou a rebelião de parte dos deputados do PT, PMDB e PCdoB, que ameaçam votar a regulamentação da Emenda 29.

CONTA SOLTA 
Aprovada em 2000, a Emenda 29 obriga o governo federal a investir em Saúde 10% do Orçamento, Estados (12%) e municípios (15%).

DIAS CONTADOs 
O novo projeto promete inibir a maquiagem de Estados e municípios que põem na rubrica de saúde gatos com a previdência dos servidores.

TURMA DO CONTRA 
FHC, Lula e Dilma não regulamentaram a Emenda 29 “pela pressão dos governadores”, diz Humberto Costa (PT-PE), ex-ministro da Saúde. 

APOIO DISCRETO 
Como agora sabe onde aperta o calo, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) apoia discretamente a regulamentação da Emenda 29.

PROJETO DE INICIATIVA POPULAR PROPÕE REFORMA 
Diante da omissão do Congresso Nacional e do próprio governo, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral prepara um novo projeto de lei de iniciativa popular, a exemplo do Ficha Limpa, do qual foi um dos idealizadores. Trata-se de um projeto de reforma política, com prioridade para financiamento público de campanha e lista mista de candidatos. Como no Ficha Limpa, terá apoio da OAB, ONGs e Igreja. 

BLÁ, BLÁ, BLÁ 
Expoentes da sociedade que lutaram pelo Ficha Limpa perceberam que há muito debate e pouca vontade nas comissões do 
Congresso.

CAUSA PRÓPRIA 
Parlamentares criam dificuldades para a reforma política porque não pretendem alterar regras das quais se beneficiam, a cada eleição.

É A CRISE... 
A crise na base governista foi o principal argumento do PMDB de Minas Gerais para romper com o PT local. A aliança nunca foi boa mesmo.

GIGANTE ENTALADO 
O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim foi vítima da própria promessa não cumprida de exigir mais espaço entre as poltronas: no voo da TAM Brasília-SP, às 9h35 de sexta (26), ele mal se mexeu no assento 11.

DESAFIO NO XADREZ 
O governador do DF, Agnelo Queiroz, e o ministro Fernando Haddad (Educação) toparam encarar um mico: estarão entre os adversários simultâneos do campeão de xadrez Garry Kasparov, nesta segunda, na sede do Sebrae, em Brasília. Prometem resistir alguns lances. Alguns.

BUMBUM DE FORA 
O embaixador da Líbia em Brasília, Salem Zubeidi, fez o que o Ministério das Relações Exteriores não teve coragem: reconheceu o novo governo que derrubou Muammar Gaddafi, o tirano que o nomeou.

CIÚMES DE CANDIDATO 
No aniversário da advogada Guiomar Mendes, sra. Gilmar Mendes, o ministro Luís Adams (AGU), típico gaúcho, reagiu com brevíssimo “oi” ao cumprimento da mineira ministra Maria Elizabeth Rocha (STM). Ou seja, ele ainda sonha 
com a vaga no STF para a qual ela é cotada.

COM NOSSO BONÉ 
O MST pediu sexta-feira ao ministro Paulo Bernardo (Comunicações), expansão da banda larga, 500 lan houses e rádios comunitárias nos assentamentos. Jatinho, por enquanto, os malucos ainda não pediram.

PURA DEMAGOGIA 
A presidenta Dilma achou de “mau gosto” o projeto da deputada Erika Kokay (PT-DF) que amplia a licença paternidade de cinco para trinta dias. O País já não tolera projetos demagógicos desse tipo.

MENSALÃO AFRICANO 
A Justiça da Costa do Marfim expediu mandados de prisão ao Brasil, EUA, Angola e África do Sul contra sete ex-ministros de Laurent Gbagbo, diz site local. Com o ex-presidente, pilharam os cofres. 

FÉ NA PRANCHETA 
A Igreja Católica fixou a meta para seus arcebispos, preocupada com a perda de fiéis: erguer o maior número possível de igrejas nos estados. O de Brasília, d. Sérgio da Rocha, já mapeia áreas no entorno do DF. 

PERGUNTA TURÍSTICA 
Pedro, afinal Vais ou no Vais? 

PODER SEM PUDOR
MORANDO NA FILOSOFIA 
Reza o folclore que ao assumir o poder, em 1964, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco encomendou ao romancista baiano Adonias Filho “uma filosofia para a revolução” de março de 1964, porque, para ele, “não há revolução sem filosofia”. O escritor encerrou a conversa com uma lição:
– O senhor está enganado. A revolução já tem filosofia há mais de dois mil anos. Ela se chama democracia.

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