domingo, abril 25, 2010

ANCELMO GÓIS

Ilustre desconhecida 
ANCELMO GÓIS
O GLOBO - 25/04/10


O historiador Marco Antonio Villa lembrou estes dias em seu blog que nas duas edições do “Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro”, da FGV, “fonte indispensável para o pesquisador de política brasileira pós-1930”, não consta Dilma Rousseff.

Villa usa este dado para concluir que Dilma era “absolutamente inexpressiva” no panorama nacional antes de ser escolhida por Lula como candidata à sua sucessão pelo PT.

Na verdade...

Dilma ganhou mês passado um verbete escrito pelo cientista político Darlan Montenegro na edição eletrônica do dicionário do CPDOC, que reúne 7.553 personalidades biografadas.

Só que...

A demora para Dilma ganhar um verbete próprio se deveu, segundo a cientista política Christiane Jalles de Paula, coordenadora do dicionário, ao critério adotado para inclusão de novas personalidades: — Ela se enquadrou neste critério em 2003, quando assumiu a pasta das Minas e Energia.

Economia bombando Pelo menos um dirigente de uma grande rede de varejo aposta num crescimento de uns 20% nas vendas para o Dia das Mães em relação ao ano passado.

Tropa de elite A partir de amanhã, em Taubaté, SP, cerca de 200 auditores fiscais da Receita Federal mergulharão num curso intensivo.

Esta tropa de elite vai focar em 10 mil empresas que concentram 75% da arrecadação de tributos e contribuições federais.

Dezoito anos depois Veja como a Justiça é lenta por estas bandas. Semana que vem, o Tribunal Regional Federal da 1aRegião julga ação popular que se arrasta desde 1992 contra a privatização da Acesita.

Na época, a usina mineira, que pertencia ao Banco do Brasil, dava um prejuízo de uns US$ 100 milhões.

Segue...

São réus Collor, que era presidente da República, Lafaiete Coutinho Torres, então presidente do BB, e Eduardo Modiano, que presidia o BNDES.

Idade da pedra Quem reparou foi um coleguinha aqui do jornal que viajou semana passada à Colômbia. Trocar dólares por pesos nas casas de câmbio do aeroporto de Bogotá obriga a sujar o polegar.

Além de assinar um papel, o viajante, meu Deus, tem de pôr a impressão digital na folha para confirmar a operação.

Bye, bye, Rio Causou certo mal estar em gente empenhada na preservação do patrimônio cultural carioca a ida para Brasília de móveis antigos que estavam no Centro Cultural da Justiça Federal e pertenciam à antiga sede do STF, na época em que o Rio era capital da República.

São cadeiras, mesas, estátuas e espelhos dos séculos XVIII e XIX.

Segue...

Em Brasília, este mobiliário vai compor alguns espaços nobres do Supremo.

Mas o ministro Cezar Peluso, que tomou posse sexta na presidência do STF, diz que estes móveis estavam guardados, e não em exposição, no Rio.

Cupim estudioso A Escola Municipal Senador Corrêa, que ocupa um imponente casarão de 1883 na Praça São Salvador, em Laranjeiras, no Rio, está tomada por cupins.

Boa parte do prédio histórico já está até interditada. O telhado de cômodos da frente ameaça cair. Alô, Eduardo Paes!

Choque de ordem Ao estacionar, quinta à noite, perto do restaurante Siri, na Av. Professor Manuel de Abreu, em Vila Isabel, um leitor foi abordado por um flanelinha de colete e crachá da prefeitura do Rio que lhe cobrou R$ 2.

Ao exigir o talão, ouviu: — Não tenho talão.

Segue...

Questionado, o malandro respondeu: — Eu não trabalho para a prefeitura. Eu trabalho para o miliciano, dono desta rua.

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