quinta-feira, março 11, 2010

SONIA RACY - DIRETO DA FONTE

Regras para os atrasos


O ESTADO DE SÃO PAULO - 11/03/10
As regras para assistência aos passageiros em caso de atraso nos voos estão definidas e saem, no máximo, em dez dias. Solange Vieira, da Anac, dará prazo de 90 dias para as empresas se adaptarem.

A agencia informa que a tolerância da espera cai de quatro horas para uma. A partir desse limite, a aérea terá que disponibilizar telefone ao passageiro. Mesmo que ele esteja dentro da aeronave. Depois de duas horas, passa a ser obrigada a dar alimentação. E, de três horas em diante... hotel. Fica a pergunta: e se o atraso se der por causa dos aeroportos?

Os de lá, como cá

Detalhe relevante: as regras valerão também para as companhias estrangeiras.

Para se ter uma ideia do tratamento dado ao usuário lá fora, passageira recente da United Airlines, ao ver cancelado seu voo partindo de Nova York, recebeu, como consolação, reserva para quatro dias depois. Sem direito a hotel ou lanche. Alternativa? Seu dinheiro de volta.

Terra à mesa

Carlos Minc tem jantar especial hoje, em Paris, com Nicolas Sarkozy.

Ele e ministros "verdes" de vários outros países discutem o futuro da cúpula de Copenhague.

Dissidente

Enquanto Lula criticava, anteontem, dissidentes cubanos que fazem greve de fome, o advogado Idibal Piveta era escolhido, na OAB paulista, para o prêmio de Direitos Humanos da Ordem.

Piveta estava em um tribunal militar, no início dos anos 80, defendendo o então torneiro mecânico - que havia comandado greves contra a ditadura.

Clube do Bolinha

Na cruzada contra a Aids, Januário Montone fechou parceria com a PM. Vai mandar voluntários da Saúde instruirem policiais contra a doença. Mas só instrutores... Heterossexuais.

Meu bolso

Isabel Allende, que mora na Califórnia, não esqueceu as suas raízes.

Anunciou uma doação de U$ 500 mil para as vítimas do terremoto no Chile.

Inverno quente

O Festival de Campos de Jordão deste ano vem em tamanho família.

Além de programação muito maior, já fechou com duas atrações de peso: o violinista Gilles Apap, vencedor do Concurso Menuhin, e a premiadíssima Akademie Fur Alte Musik, de Berlim.

Que vão descer a serra e tocar também em São Paulo.

Nunca antes...

Ponto para Laís Bodanzky. Pela primeira vez um filme brasileiro conseguiu autorização para usar uma canção dos Beatles.

Something estará na trilha de As Melhores Coisas do Mundo, longa que a cineasta lança em abril.

Destino incerto

Patrus Ananias, mineiríssimo, durante reunião do Conselho de Segurança Alimentar, na semana passada: "Esta pode ser a última reunião da qual eu participo. Ou não..."

Traduzindo: o ministro trava dura disputa com Hélio Costa e Fernando Pimentel pela candidatura ao governo de Minas. Se perder a parada, fica em Brasília até o fim do governo Lula.

Oscar na veia

Depois das seis estatuetas de Guerra ao Terror, a Imagem Filmes, distribuidora, tenta consertar o estrago do fraco lançamento do filme no Brasil, que saiu em DVD antes do cinema.

O longa entra amanhã em mais seis salas paulistanas.

Na Frente

O relógio do Conjunto Nacional também entra na dança. Será desligado por uma hora no dia 27, durante a Hora do Planeta. Contra o aquecimento global.

Valéria Monteiro volta à carreira de atriz. Estreia Sonho de uma Noite de Verão, de Shakespeare, no 3º Festival Ibero-Americano de Teatro. Sexta, no Memorial da América Latina.

O chef Alain Ducasse promove feira de produtos franceses. Será no pátio do hotel Plaza Athénée Paris, dia 13 de abril.

Será aberta hoje a coletiva Do Pensamento à Representação. Na Marilia Razuk.

Pérola de Geisy Arruda na Record, onde foi buscar um namorado no programa de Rodrigo Faro: "Não estou aqui para aparecer. Estou me expondo dessa forma para que você, em casa, possa me conhecer melhor". Ah tá.

POR TRÁS DE MADONNA


Há pouco menos de dois anos no Brasil, o Instituto Success For Kids do Brasil, está nos holofotes. Afinal, recebeu, no embalo do apoio de Madonna, promessa de recursos de dar inveja a muitas ONGs. Estela de Wulf, advogada que entrou como voluntária e dirige o projeto brasileiro, é avessa a entrevistas mas resolveu esclarecer: "Os apoios que tivemos até agora são 100% de brasileiros. E todo o dinheiro será investido em crianças daqui." Em conversa com a coluna anteontem, no seu escritório em São Paulo, adiantou: "A ideia é que a ONG leve nossa metodologia às escolas públicas." A SFK surgiu em 2001, em Los Angeles, e atua em oito países.

A Madonna é dona da ONG? Ela é uma forte apoiadora desde o começo. Além de doadora - no caso brasileiro, repassando recursos recebidos aqui em nosso País -, ajudou o desenvolvimento da entidade no mundo inteiro. Ela lidera a inspiração na busca de apoio a uma causa em que acredita.

Como tem funcionado a SFK brasileira? Estes primeiros anos foram um período piloto de avaliação, para adequar a metodologia para a cultura brasileira. Iniciamos as primeiras parcerias com outras ONGs. E, a exemplo do que aconteceu em outros países, começamos algumas experiências com escolas públicas. Foi em parceira com a Crescer Sempre, ONG mantida pela seguradora Porto Seguro. Eles nos remuneram por esse serviço. E agora vamos trabalhar com a Parceiros da Educação, da Ana Maria Diniz. A intenção é atuar em 3 escolas, atendendo a mil alunos.

A metodologia tem alguma ligação com a Cabala? Não, nem com ela nem outra instituição de natureza religiosa. Nossa metodologia é baseada em um processo sócio-emocional. Essa distorção surgiu porque Karen Berg, fundadora da SFK, é uma das dirigentes do Cabala Center nos EUA.

Como foi a conversa de Madonna com Serra? Ela falou sobre levar o programa às escolas estaduais. Parte de seu objetivo, de ajudar a SFK brasileira.
E deu certo? Depois disso, levamos o programa à Secretaria de Educação, que viu a parceria com bons olhos.

O dinheiro arrecadado com a visita de Madonna terá um destino diferenciado? O modo de receber esses recursos está ainda sendo formalizado. Mas é certo que as doações vão diretamente para a SFK Brasil.

Quais os planos no longo prazo? Pretendemos, nos próximos três anos, já ter montado uma boa equipe, preparada e testado os resultados. Aí poderemos treinar professores da rede pública para serem multiplicadores do projeto.

ONGs parceiras reclamam da falta de recursos. Os parceiros recebem o nosso curso. E não os recursos. Levamos a metodologia, e não o dinheiro da SFK. MARILÍA NEUSTEIN

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