CORREIO BRAZILIENSE - 27/02/10
O novo governador de Brasília, Wilson Lima, está em apuros. Determinou que todos os contratos de empresas que estejam sendo investigadas por suposta elevação ilegal de preços terão pagamentos suspensos. Entre os empresários do DF, a decisão despertou certa revolta. E os construtores de Brasília dizem às claras que não há empresa que não tenha colaborado na tramoia de aumentar os preços e as medições. Disso não há recibos. Se não dessem participação financeira ao governo do Distrito Federal as obras não estariam em andamento. Tudo já foi investigado. A solução deverá ser encontrada pela Justiça, a quem cabe punir ou prender os que se oponham ao cumprimento da ordem legal. E quanto à intervenção, chega de tanto abuso.
A frase que não foi pronunciada
“Se só sobrar o mal, experimente o que nunca tiver provado.”
» Maquiavel, pensando como é difícil perdoar a mentira mais de uma vez
Cultura
» Uma verba será destinada para facilitar o acesso da população ao teatro, cinema, leitura, museus, circo e artes plásticas. O deputado Mauricio Rands tenta votação em plenário da PEC dobre o Sistema Nacional de Cultura. A ideia se estende ao controle do repasse financeiro e estímulo de políticas públicas para o setor. Quem tiver interesse no assunto deve ficar atento às audiências públicas em março, na Câmara dos Deputados.
Futebol
» Torcida organizada é o mal que o esporte possui. Nos estádios, principalmente, do Rio e São Paulo, as torcidas têm lugar reservado. Quando se encontram, morte na certa. Com a aproximação da Copa do Mundo, o Brasil passa a representar essa tragédia. Mesmo fora do jogo, quando dois ônibus de torcidas inimigas se encontram, há brigas e morte.
Trânsito
» São Paulo, maior capital do Brasil, vive o caos. Não há infraestrutura nas áreas habitadas ou invadidas. O governo perde o controle. Barreiras despencam sobre residências, asfalto de estrada é danificado. São enormes os prejuízos. E quem paga é a mesma população que não aprende a descartar o lixo no lugar certo.
Juízes
» Todo homem que apita jogos é sujeito a ouvir desaforos, impropérios. A exceção fica por conta dos representantes da Fifa. Advertem. Quando ouvem respostas ou indagações estranhas, apresentam cartão amarelo. Em persistindo, o vermelho expulsa de campo.
Dinheiro e sofrimento
» Não para o movimento financeiro do erário. Cada governo indica novos candidatos. Recebem o dinheiro do valor de seus patriotismos. Esta é a vez do ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente. Requereu indenização sobre o tempo em que esteve fora do Brasil. Alega perseguição. Pior é que há centenas de milhares de cidadãos que se entristecem ao ver autoridades furando fila.
Vivencial
» O começo do lado par da Península Norte está tomado pelo que se chama de Parque Vivencial. Consta como sociedade sem fim lucrativos e teve o privilégio de ocupar área pública e construir vivendas de luxo. Entrou na mata não se sabe com autorização de quem. Fechou a passagem para moradores. Falta conhecer detalhes do assunto.
Malvinas
» Volta a discussão entre Grã-Bretanha e Argentina. O assunto são as ilhas Malvinas, que, na verdade, são inglesas. E se chamam Falklands. Já houve guerra no local, com prisões e mortes. Generais sentiram prejuízos enormes. Alguns foram presos. A intenção inglesa é fazer prospecção de petróleo nas ilhas. Novas disputas a 10 mil quilômetros de distância.
Galo de Barcelos
» Pelo menos duas centenas de religiosos do Mosteiro de Barcelos, em Portugal, guardam o segredo da fórmula criada por monges. Quando um desaparece, entra substituto que conhece a química da tinta. Até hoje ninguém conseguiu a fórmula que projeta o mosteiro no mundo como segredo indecifrável.
TV
» Vale o registro pela disputa de audiência nas televisões brasileiras. Record muda a programação e apresenta seriados bíblicos. SBT agradece a audiência. Jogos de inverno nunca foram acompanhados com tanto entusiasmo. A audiência começa a sentir mudanças na qualidade da programação.
História de Brasília
Hoje é sábado, dia de o presidente receber ministro, conforme sua promessa antes da posse. (Publicado em 25/2/1961)
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