domingo, março 01, 2009

PANORAMA

REVISTA VEJA

Panorama
Holofote

Felipe Patury

Guerra pelo consignado

Rodrigues Pozzebom/ABR


As diretorias do Banco do Brasil, presidido por Antônio de Lima Neto, e da Caixa Econômica Federal, comandada por Maria Fernanda Coelho, disputam os bancos especializados em crédito consignado. Já sondaram os controladores do banco BMG e do Cruzeiro do Sul sobre sua disposição de vender essas instituições. Os dois disseram ao Banco do Brasil que gostariam de ter um banco oficial apenas como sócio minoritário. Por intermédio de sua assessoria, o BMG informou que não tem interesse no negócio. No seu caso específico, há um complicador a mais: a eventual aquisição não conta com o apoio do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que teme que a operação seja relacionada de alguma forma ao envolvimento do BMG no caso do mensalão.

 

O PP no tribunal

Wilson Dias/ABR


Reeleito em dezembro para seu quarto mandato consecutivo de líder do PP na Câmara, o deputado baiano Mário Negromonte corre o risco de perder o cargo na Justiça. Gerson Peres, seu colega do Pará, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça para invalidar a recondução de Negromonte à liderança do partido. Alega que a reeleição é vedada pelo estatuto do PP. Além de levar o caso à Justiça, Peres convenceu 23 dos 39 deputados da agremiação a assinar um documento que cobra uma nova eleição para líder.

 

O PMDB quer também o pré-sal

O projeto que cria a estatal que explorará o pré-sal acabou de ser concluído pelo Ministério de Minas e Energia. A empresa ainda não tem nome nem foi aprovada pelo Planalto, mas o PMDB já está de olho na sua diretoria. Executivos de companhias do setor foram procurados por peemedebistas interessados em indicá-los para a estatal. Um deles diz ter conversado com o deputado cearense Aníbal Gomes – que nega ter interesse no pré-sal.

 

Agora é candidato

Dida Sampaio/AE


O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima,admite, pela primeira vez, que pretende concorrer ao governo da Bahia em 2010. Na política local, esse é um passo que pode significar o seu distanciamento do governador Jaques Wagner, do PT, que disputará a reeleição. Um dos principais responsáveis pela vitória do petista em 2006, Geddel está entusiasmado com o resultado de pesquisas de intenção de voto que encomendou.

 

Tem de ter audiência

Tiago Queiroz/AE


O conselho da TV Cultura, de São Paulo, tomou um tranco na semana passada. Um dos conselheiros, José Henrique Reis Lobo, enviou uma carta aos seus 46 colegas cobrando preocupação com a audiência da emissora, "próxima a zero". "Não há nada de maior nonsense do que falar para auditório vazio ou editar um jornal para um público que não existe", lembrou. Segundo Lobo, como ninguém assiste à Cultura, não se justifica que a emissora consuma anualmente 200 milhões de reais dos cofres públicos. No texto, Lobo faz ainda um apelo para a profissionalização da emissora.

 

Torto para a esquerda até no manequim

Roberto Candia/AP


A camisaria Ernesto di Tomaso, em Salvador, é uma referência no mundo político nacional há trinta anos. Em 1997, foi adotada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por recomendação dele, as camisas do tirano Hugo Chávez passaram a ser feitas lá. Ao receberem as medidas do venezuelano, as camiseiras Maria Santos e Auxiliadora Ribeiro descobriram que ele tem um braço mais comprido que o outro – o maior é o esquerdo, claro. Entre os 400 modelos de colarinho da loja, Chávez escolheu aquele especialmente criado para Lula: o "potente", que dá a impressão de alongar o pescoço de quem quase não o tem.

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