sexta-feira, fevereiro 13, 2009

BRASÍLIA - DF

Novo orçamento

Denise Rothenburg
Correio Braziliense - 13/02/2009
 


É bom os congressistas se prepararem para um período de vacas magras em termos de emendas aprovadas no Orçamentode 2009 e que possam pulverizar a utilização de recursos. Em março, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, pretende rever os valores de despesas correntes e receitas orçamentárias à luz das medidas de desoneração fiscal e pacotes de investimentos, como o PAC da Habitação que o governo lançará em breve. Já tem gente dizendo que os deputados vão “sambar” mesmo é depois do carnaval.


Ciro e Serra

O bloquinho PSB—PCdoB—PMN está meio cabreiro com a proposta de reforma política que pretende colocar novamente em votação a cláusula de barreira, a lista fechada e o fim das coligações proporcionais. Acha que é mais um artifício entre PT e PMDB para reduzir o número de partidos e colocar o bloco de Ciro Gomes (PSB-CE) para escanteio em 2010. A coisa está tão séria que Ciro já cogita até mesmo uma reaproximação com José Serra, com quem brigou feio no governo de Fernando Henrique Cardoso. 

O teste de fidelidade

A turma de Ciro e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pretende monitorar com uma lupa o comportamento do PT no que se refere à reforma política para ver se ainda há espaço para eles no bloco PT-PMDB. “O PT sempre recusou as medidas que beneficiavam só os grandes partidos em função de seus antigos aliados preferenciais. Vamos ver como se comporta agora”, diz o líder do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF). 

Foco & festa

Sacramentada a desfiliação do enrolado Edmar Moreira (MG), a Executiva Nacional do Democratas centrou o debate de ontem nos recentes rachas no aliado PSDB. Presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ) se disse preocupado com a divisão entre os tucanos que querem José Serra candidato à Presidência da República e aqueles que preferem o governador de Minas, Aécio Neves. Maia teme que a disputa termine por prejudicar a candidatura que sair vitoriosa. O assunto estará nas rodas da festa que o DEM faz hoje para comemorar os 59 anos do vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio. 

Caixa à míngua

A Agência Espacial Brasileira (AEB) calcula perder cerca de R$ 400 milhões por conta da disputa pelas terras declaradas quilombolas em torno do Centro de Lançamento de Alcântara (MA). O valor se refere às receitas com o uso da plataforma por oito foguetes, em parceira com a Ucrânia, que deixarão de ser lançados. 

Vem por aí

Depois de um aperitivo num restaurante de Brasília, um grupo de empresários simpático à candidatura de José Serra bolou uma frase alusiva à plástica da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para colocar junto com uma foto do governador paulista e distribuir na forma de adesivos: “Esse não precisa mudar de cara para governar o Brasil”. 

No cafezinho
 
 
 

O partidão não morreu/ Presente à posse de Alírio Neto como secretário de Justiça e Cidadania do Distrito Federal, o presidente do PPS, Roberto Freire (foto), saiu com uma nostalgia dos tempos de PCB. É que, no meio da solenidade, o secretário Marcelo Aguiar, hoje do PDT, enviou um bilhetinho: “Roberto, o partidão tem três militantes no governo Arruda: Alírio, Augusto Carvalho e eu!”. Ao que o governador Arruda completou: “E você, Roberto, não precisa ir para são Paulo para sair candidato. Fique por aqui”, convidou. 

Disneylula/ Alguns deputados não resistiram à comparação: o estande em que os prefeitos podiam tirar uma foto e pedir uma montagem ao lado do presidente Lula e da ministra Dilma Rousseff lembrou a muitos a montagem feita nos parques da Disney, onde a criança posa para um retrato com a mãozinha em concha e, se quiser, pode comprar a foto como se estivesse segurando a fada Sininho. 

Meu cantinho/ Supersticioso, o senador José Sarney (PMDB-AP) mandou reorganizar a disposição da Presidência do Senado. A primeira mudança foi transferir a sala privativa do presidente. Sarney substituiu o amplo salão usado pelo seu antecessor Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) por uma bem menor, que ele usou em seu último mandato no comando da Casa. 

Síndrome de Garfield/ Marca da gestão Arlindo Chinaglia (PT-SP) e pouco popular entre os deputados, as votações às segundas-feiras estão de volta. O presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP) convocou os parlamentares para limpar a pauta antes do carnaval. Tudo combinado com os líderes. Os congressistas, assim como o gato dos quadrinhos, detestam começar a semana de trabalho em Brasília no primeiro dia útil da semana.

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