sexta-feira, junho 11, 2010

PAINEL DA FOLHA

Quero ser grande 
Renata Lo Prete 

Folha de S.Paulo - 11/06/2010

Embora Marina Silva tenha ironizado, em discurso na convenção de ontem, a abundância de recursos de seus dois principais concorrentes, dizendo que o importante é trazer "um palanque no coração", a previsão de gastos de R$ 90 milhões indica que a campanha verde nada tem de despretensiosa.

O valor quase empata com os R$ 89 milhões estipulados pelo QG de Lula no primeiro turno de 2006. Como o fundo partidário do PV é enxuto (R$ 2,4 milhões até agora neste ano, contra R$ 9,7 milhões do PT), tudo indica que o vice e empresário Guilherme Leal terá papel de destaque como financiador e arrecadador.
Shape


Do vereador Alfredo Sirkis (PV-RJ), explicando em discurso como a evangélica Marina pretende lidar com os perigosos temas comportamentais: "Vamos transformar as cascas de banana num skate para ela!".
Etiqueta


Durante a convenção, Fernando Gabeira manifestou aos mais próximos preocupação por ter de acomodar Marina ao lado de José Serra no lançamento, dia 25, de sua candidatura ao governo do Rio. PV e PSDB firmaram aliança no Estado.
Decibéis


Organizadores da convenção do PSDB, amanhã em Salvador, estão de cabelo em pé após a descoberta de que, no mesmo dia e horário, haverá a Marcha para Jesus, com concentração em frente ao local da festa tucana. Espera-se que o ato reúna um milhão de pessoas, ao som de 14 trios elétricos.
Padrinhos


A organização é dos líderes da Renascer, Sônia e Estevam Hernandes. Em 2009, quando Dilma Rousseff anunciou que estava curada do câncer, o casal "cercou" a petista e, de mãos dadas, orou pela campanha.
Números


Segundo o PSDB, a convenção custará R$ 600 mil. O partido espera 5.000 pessoas. Além da infraestrutura para abrigar os militantes, serão servidos sanduíches e suco.
Última instância


A corrente majoritária do PT endossou ontem a intervenção pró-Roseana Sarney (PMDB) no Maranhão. As demais tendências do partido divergem, mas essa posição deve prevalecer no voto hoje, no encontro do Diretório Nacional da sigla. A seção estadual queria apoiar Flávio Dino (PC do B) ou, no máximo, manter-se "neutra" na disputa.
Sacou?


Dino foi reclamar do destino com um expoente da bancada petista e ouviu: "Meu,o Lula mandou!".
Oportunidade


A oposição maranhense avalia que, pela primeira vez em 20 anos, elegerá um senador. Concorrem o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), o ex-ministro do STJ Edison Vidigal (PSDB) e Roberto Rocha, presidente tucano local. O clã Sarney lançará Edison Lobão (PMDB).
Peixe vivo


Fechado o acordo em torno da candidatura de Hélio Costa (PMDB) em Minas, Lula, que não pisava no Estado desde fevereiro, desembarcará ali na segunda para giro por Uberaba, Uberlândia e Queluzito.
Vai entender 1


Costa, aliás, votou contra o governo na madrugada de ontem, ao endossar a emenda que muda as regras sobre a divisão dos royalties do pré-sal.
Vai entender 2


A oposição, que rejeitara em bloco o projeto da partilha, não repetiu o comportamento no texto da capitalização da Petrobras, objeto de pesado lobby dos bancos. Tasso Jereissati (PSDB-CE), José Agripino (DEM-RN), Heráclito Fortes (DEM-PI), Cícero Lucena (PSDB-PB) e Kátia Abreu (DEM-TO) se abstiveram.
Tiroteio


Com a escolha de Hélio Costa, não será apenas o PSB que optará pelo voto "Dilmasia". Assim como acredito que será forte o movimento "Pimentécio".
Contraponto


Feelings


Em discurso na abertura do Encontro Nacional da Indústria da Construção, anteontem à noite em Maceió, Lula lamentou o fato de ser aquele o último evento do setor do qual participaria como presidente.

Aproveitou para disparar as indiretas de praxe contra seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, dizendo que achou "gostoso" ocupar o Palácio do Planalto. Com uma única ressalva:

-É uma pena que o mandato seja curto. O mandato só é longo para a oposição, que fica esperando...

MERVAL PEREIRA

Golpe de madrugada 
Merval Pereira 
O Globo - 11/06/2010

O relato da sessão do Senado que, na calada da madrugada, aprovou a mudança na distribuição dos royalties do petróleo, prejudicando especialmente os estados do Rio e Espírito Santo, mostra bem como se portaram suas excelências no trato da coisa pública.

O Senado transformouse em um verdadeiro “mercado de ilusões ” . À s 2h25m da madrugada de quarta para quinta-feira, o senador Pedro Simon, do alto da tribuna, recitava quanto cada estado brasileiro recebe de recursos derivados da exploração do petróleo e quanto receberá, com a emenda Ibsen/ Simon. Com base nos cálculos da Associação Nacional dos Municípios: “Acre, de 6,8 milhões para 586 milhões; Alagoas vai passar de 80 milhões para 1,3 bilhões...”. O senador Heráclito Fortes atalhou: “E o Piauí, senador?”. “De 18 milhões para mais de 1 bilhão!”, respondeu Simon.

Essas contas foram feitas de maneira improvisada, como se o petróleo já estivesse sendo explorado, esquecendo que o présal é de difícil acesso e de exploração caríssima.

Com a visão desse novo ‘Eldorado’, a conclusão do senador piauiense foi a de 41 outros seus colegas: “Não podemos abrir mão dessa oportunidade, não tem como ficar contra!”.

A nova redistribuição passa a vigorar tão logo a lei passe pela Câmara (que só pode aprovar ou rejeitar e, com essa pressão dos municípios , o provável é que os deputados aprovem) e seja sancionada pelo presidente da República.

O compromisso da base governista, incluídos PT, PCdoB e PMDB do governador Sérgio Cabral, de analisar com mais critério essa proposta e, ao menos, deixar a matéria para depois das eleições para evitar pressões eleitoreiras, foi superado pelos currais de votos que já estão sendo montados.

O deputado Chico Alencar, do PSOL do Rio, não tem ilusões de que na Câmara a situação seja revertida, mas espera, “sem muita confiança”, pelo veto do presidente Lula.

E garante que o PSOL vai ao Supremo arguir a constitucionalidade da lei. “O desastre do Golfo do México aumenta a irresponsabilidade senatorial”, diz Alencar, para quem a lei aprovada “afunda o princípio da compensação”.

Ele se refere ao espírito da lei que determinou os royalties para compensar os custos que os estados produtores de petróleo têm com a exploração, não apenas materiais, mas também ambientais.

Ao mesmo tempo, os royalties procuram também compensar o pagamento do ICMS no consumo e não na origem, o que prejudicou os estados produtores nas negociações da Constituinte.

O atual ministro da Defesa, Nelson Jobim, quando ministro do Supremo, deu um voto relembrando essa intenção dos constituintes em relação aos royalties.

Para o senador Francisco Dornelles, o governo acreditou muito na sua força, tanto que o líder Romero Jucá garantia que a questão dos royalties não seria votada, e os senadores do PT todos votaram com o Rio.

Mas ninguém previu o problema regional.

Houve também u m a questão de estratégia do PSDB e do DEM, que queriam derrubar a partilha, para que o sistema de concessão em vigor desde o governo Fernando Henrique permanecesse, e também como pressuposto de não votar os royalties, porque não tinham condições políticas de derrubar a distribuição tão generosa dos royalties.

Com a permanência do sistema de concessão, essa discussão morreria.

Mas a partilha passou por apenas sete votos.

Pela proposta do senador Pedro Simon, a União ressarcirá, com “os royalties e as participações especiais”, os estados e municípios que perderem arrecadação.

É tão mal feita que esquece um detalhe : a s participações especiais acabaram com o sistema de partilha aprovado pelo governo.

Além disso, essa verba teria que ser incluída no Orçamento da União, para ser discutida no Congresso, o que torna sua execução no mínimo duvidosa.

O fim das participações especiais, aliás, é outro golpe na arrecadação dos estados produtores. Estima-se que o estado do Rio deixará de arrecadar R$ 25 bilhões que seriam devidos por participações especiais no modelo de concessão atualmente vigente.

O projeto de lei aprovado fala apenas de “royalties”, que são limitados a 10% do valor da produção.

Já as “participações especiais” têm alíquotas crescentes, de até 40% da receita líquida sobre a produção dos grandes campos brasileiros.

Ao não cobrar as PEs, o Estado brasileiro está abrindo mão de dezenas de bilhões de reais em tributos previstos no modelo de concessão, favorecendo a Petrobras.

Com a aprovação extemporânea e sem um debate aprofundado da mudança do sistema de concessão para o de partilha — com a consequência da mudança da divisão dos royalties, que a partir da nova lei serão distribuídos a todos os estados e municípios por meio do Fundo de Participação —, os estados produtores estão tendo que limitar sua luta à recuperação do que perderam, os royalties sobre o pós-sal e dos campos do pré-sal já licitados.

Esse seria um direito adquirido que estaria sendo ferido pela nova lei.

Os governadores do Rio e do Espírito Santo aguardam uma definição da Advocacia Geral da União sobre a inconstitucionalidade da medida.

Se o presidente da República tiver em mãos um parecer apontando a inconstitucionalidade da nova lei, poderá vetá-la sem correr o risco de se indispor com os estados e municípios.

GOSTOSA

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Itaipu irá desenvolver bateria para carro elétrico 
Maria Cristina Frias 

Folha de S.Paulo - 11/06/2010

A Itaipu Binacional, estatal que opera a Usina Hidrelétrica de Itaipu, obteve recursos da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) para desenvolver baterias para o carro elétrico brasileiro.
A entidade financiadora aprovou a concessão de R$ 30 milhões que serão usados no desenvolvimento e na nacionalização de componentes de uma bateria criada pela empresa suíça Mes-Dea.

Essa bateria tem entre os componentes sódio, níquel e cádmio. Itaipu terá dois anos para concluir o projeto.

A bateria representa um dos maiores custos do veículo elétrico. A que será nacionalizada é a mesma do Palio Weekend Elétrico, projeto de parceria entre a Itaipu, a Fiat e a hidrelétrica suíça KWO.

Por enquanto, o Palio montado em Itaipu tem custo proibitivo. Segundo a Fiat, cada unidade custa R$ 210 mil sem subsídio. A questão tributária e o custo das baterias (superior a R$ 70 mil) tornam o modelo inviável comercialmente.

A Itaipu também articula com a WEG, maior produtora de motores elétricos no Brasil, o desenvolvimento de propulsores elétricos para veículos de passeio.

A WEB estima que terá um motor elétrico e os sistemas eletrônicos de controle para veículos em até dois anos, segundo Umberto Gobbato, diretor-superintendente da WEG Automação.
A companhia já possui versões de motores elétricos de grande porte, para ônibus, trólebus e navios.

"Estamos em qualquer fórum de discussão desse assunto. Quando o carro elétrico chegar, teremos um pacote pronto para fornecer a esse mercado", diz Gobbato.

Ele não revela, porém, o tamanho do investimento por detrás desse plano.
No Banho Com Armani
A Armani agora também chega aos banheiros. A divisão Armani/Casa fez uma parceria com o grupo espanhol Roca para produzir de louças sanitárias e metais a móveis, iluminação e revestimentos de parede e piso.

O lançamento está marcado para janeiro de 2011 em 15 países. O Brasil será o único na América Latina que terá os produtos. São Paulo terá a primeira loja.

"As expectativas são muito boas, sobretudo com a Copa do Mundo e a Olimpíada", afirma Joan Jordá, presidente da Roca Brasil. "Até lá, estimamos crescimento entre 5% e 7% no país", diz ele, que atende 40% do mercado doméstico de louças sanitárias.
Novo endereço
A Demac (Delegacia dos Maiores Contribuintes), recém-criada pela Receita Federal, começa a operar em 90 dias, em Higienópolis (SP). O órgão substitui a Delegacia de Assuntos Internacionais. A Demac investigará cem empresas suspeitas de planejamento tributário ilícito.
Guido Mantega antecipa volta a pedido de Lula 
De volta das viagens à China e à Coreia, Guido Mantega, da Fazenda, imaginava ficar em SP até segunda-feira. Mas foi chamado pelo presidente Lula para participar hoje de reunião em Brasília. O ministro é contra o reajuste de 7,72% para aposentados que passou no Congresso e segue para sanção presidencial. A chance é maior que Lula derrube a emenda do fator previdenciário.
Coutinho volta pessimista da reunião do IIF 
Luciano Coutinho, presidente do BNDES, embarcou ontem em Viena (Áustria) para o Brasil, depois da reunião do IIF (Instituto Internacional de Finanças). Estava ainda sob o impacto das más notícias na Europa. "Há risco de contaminação para outros lugares. O curioso é que países que queriam ingressar na União Europeia estão hoje bem melhores do que se tivessem entrado", disse Coutinho.
Auxílio a fornecedores traz economia para empresas 
Empresas brasileiras reduziram custos ao ajudar fornecedores a resolver problemas internos. Dentre as medidas adotadas estão concessão de crédito para compra de insumos, reorganização logística e orientação para aprimoramento de produtos.

Grande parte das companhias (82%) que adotaram a estratégia teve custo reduzido. Além disso, 92% delas diminuíram o risco de desabastecimento e aumentaram as vendas em quase 70%.

"As empresas precisam desenvolver fornecedores porque têm custo alto ao trocá-los", afirma o pesquisador Ataíde Braga, do Ilos, instituto criado por professores da UFRJ, que elaborou a pesquisa. O levantamento foi realizado com mil empresas.

O objetivo da estratégia adotada pelas empresas é manter constante o fluxo da produção, segundo Braga.

O segmento automotivo é o que mais fornece apoio a fornecedores e o setor do agronegócio é o que menos adota essas práticas.

A pesquisa será apresentada no 2º Fórum Internacional de Compras e Suprimentos, em São Paulo, neste mês.
Álcool Volta a Cair Na Bomba
O preço do álcool voltou a cair em maio no país e atingiu a menor cotação em sete meses. O litro foi comercializado, em média, a R$ 1,91, com queda de 3% sobre abril, segundo pesquisa da Ticket Car. É a menor cotação desde outubro de 2009, quando o álcool era vendido a R$ 1,84.

No mês passado, subiu de sete para nove o número de Estados em que o etanol é mais vantajoso para abastecer o carro flex. O Estado de São Paulo lidera a lista na vantagem: a diferença sobre a gasolina é de 57%, seguido por Goiás e Paraná, com 58% e 61%, respectivamente.
De olho na obra
A ALL abriu mais 100 km de infraestrutura no traçado ferroviário entre Alto Araguaia e Rondonópolis (MT). Ainda neste mês, terá início a etapa de instalação de trilhos e dormentes. Só neste ano, a empresa investe R$ 300 milhões na obra.

Em dia Começa amanhã a série de 670 plantões de atendimento a mutuários inadimplentes e irregulares da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), estimados em 120 mil. A ação durará seis meses e deve arrecadar R$ 6 milhões, por mês, após os acordos.
Criançada
A PBKIDS Brinquedos investe R$ 1,7 milhão na expansão de sua rede por meio de franquias. Até o final deste ano, serão cinco novas unidades. A previsão da companhia é dobrar a quantidade de pontos de venda em cinco anos. Hoje, possui 51 lojas, sendo 11 franquias. A estratégia é ampliar a ação no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

CELSO MING

Agora vai 
Celso Ming
 O Estado de S.Paulo - 11/06/2010

Ficaram para trás algumas incertezas. Afinal, a votação do Senado abriu o caminho para que a megacapitalização da Petrobrás saia até o final de julho. Mas as incertezas remanescentes são enormes.

Começa agora a maratona do diretor financeiro, Almir Barbassa, e de toda a diretoria da empresa, de convencer os investidores a não perderem a oportunidade de ganhar com o pré-sal.

Esta se destina a ser uma das maiores operações de capitalização da história. Se tudo der certo, deverá ser de alguma coisa em torno dos US$ 60 bilhões (cerca de R$ 110 bilhões), convocada num momento que está longe do ideal do mercado financeiro. Sem forte participação do investidor internacional, a operação não terá sucesso, e esse investidor está com a cabeça contaminada pela crise que o vai empurrando para a defesa de patrimônio e não para posições de risco. Esse será o primeiro problema que a diretoria da Petrobrás terá de enfrentar. O segundo é a má vontade com aplicações em empresas de petróleo que se seguiu ao desastre do Golfo do México. Os acionistas da British Petroleum, a detentora do poço que vazou, serão castigados com perdas colossais e o investidor vai se perguntar se a Petrobrás não está também sujeita a catástrofes assim.

E há um terceiro problema. Este provavelmente será um aumento de capital da ordem de 30% a 40% sobre o atual destinado a dar cobertura a investimentos, cujo prazo de maturação se estenderá por entre três e sete anos. Por alguns anos, a Petrobrás não terá condições de apresentar resultados para remunerar o capital novo nas proporções com que remunera hoje.

Em todo o caso, algumas das circunstâncias em que está sendo feita essa subscrição são especialmente promissoras do ponto de vista do acionista. Começa pela cessão onerosa de 5 bilhões de barris de petróleo por meio da qual o Tesouro fará a subscrição de sua participação no novo capital. Não é qualquer empresa de petróleo que recebe de mão beijada nada menos que 5 bilhões de barris (35% das atuais reservas da Petrobrás) sem risco de reservatório. Isso significa que, se a jazida alocada à empresa se esgotar antes de completados os 5 bilhões, outros suprimentos serão providenciados. Afora isso, a economia brasileira passa por excelente momento. Nenhum grande investidor quer ficar de fora dessa oportunidade.

A maior incógnita é o valor pelo qual vai ser passado o barril para a Petrobrás. E é esse valor que vai definir o poder de fogo do Tesouro, não só para subscrição de sua parte no capital atual, mas também para a subscrição das sobras. A US$ 5 por barril, o cacife do Tesouro seria de US$ 25 bilhões; a US$ 8, de US$ 40 bilhões.

Como a parte da União virá em espécie e não em dinheiro vivo (e a Petrobrás precisa de muitos recursos), quanto mais baixo o valor do barril, maior será a participação dos demais acionistas, que subscreverão em dinheiro.

Essa operação terá dois impactos sobre o mercado financeiro. Para subscrever a sua parte, os investidores terão de se desfazer de posições em títulos, em caderneta de poupança ou em ações. Isso obrigará os administradores de fundos e de carteiras a desovar ativos. É uma grande operação de venda cujo impacto é difícil medir.

O outro será no câmbio. Muito provavelmente, num intervalo de semanas, virá do exterior cerca de US$ 20 bilhões. O Banco Central terá de preparar uma operação de compra desses dólares para evitar uma drástica valorização do real.
Confira
Justificativa 
Depois de ter decidido manter os juros básicos em 1% ao ano, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, reconheceu em Frankfurt que o mercado monetário na área do euro não está funcionando como deveria. Por isso, o BCE está disposto, disse Trichet, a continuar comprando títulos de países do bloco.
Lava e enxuga 
Muito criticada, a decisão de adquirir esses títulos foi anunciada em maio. Em três semanas, o BCE recomprou cerca de ? 40 bilhões em títulos que vinham sendo rejeitados no mercado. Presume-se que tenham sido dívidas da Grécia, de Portugal e da Espanha. Para evitar que essa injeção de dinheiro produzisse inflação, o BCE retirou volume equivalente de recursos por meio de recebimento de depósitos por sete dias.
E fica assim 
Não há indicação de quando o BCE vai começar a puxar novamente pelos juros. A política monetária na área do euro vai continuar frouxa.

COPA

SONIA RACY - DIRETO DA FONTE

Way out? 
Sonia Racy 

O Estado de S.Paulo - 11/06/20100

O governo Lula estuda outra maneira -que não a da concessão pública- para acelerar o processo de ampliação da oferta de aeroportos no Brasil. Qual? Por meio de autorização direta. O que exigiria uma Medida Provisória.

O alto escalão do governo se conscientizou de que, se depender da Infraero, as concessões privadas estaduais, como antecipou o Estado ontem, enfrentarão fila: só terão vez depois de concretizadas as que estão em curso no âmbito federal.

Way in?

Onde seria esse novo aeroporto em Sampa? Ano passado, a coluna registrou projeto elaborado a quatro mãos pela Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa. Incluindo terreno próximo de São Paulo, em distância não muito maior do centro na comparação com o aeroporto de Guarulhos.

À beira do caos

Depois de ter retardado a decolagem por 30 minutos anteontem, o piloto do voo G3 1334, São Paulo-Brasília, informou: "Pedimos desculpas pelo atraso, mas não havia ninguém do pessoal da Infraero para retirar o finger..."

Selo final

Último ato de Alexandre de Moraes, que deixa a Secretaria dos Transportes hoje: foi a confirmação da multa de
R$ 13 milhões dada às empresas de lixo. Não cabe mais recurso administrativo e os valores serão descontados nas próximas faturas.

Toma lá

Há pelo menos uma razão forte para o PC do B ficar calmo hoje no Maranhão. O PT estuda retirar apoio a candidatura de Marilene Corrêa ao Senado pelo Amazonas, em favor da comunista Vanessa Grazziotin.

Posso ajudar?

Quem circular hoje pela Renner do Center Norte pode estranhar a pouca desenvoltura de um dos balconista. José Galló, presidente da empresa, está trocando um dia de sua rotina na sede, em Porto Alegre, pela experiência entre clientes da loja.

Ideiafix

É imenso, o amor de Andrea Matarazzo pela cidade de SP. Tanto assim, que o secretário confundiu anteontem, no concerto da nova orquestra do Theatro São Pedro, nomes de santos. Chamou São Pedro de... São Paulo.


Novo 007?

Roberto Carlos volta às telas em filme de ação. O roteiro, de Monique Gardenberg, se passa dentro de um navio. Direção? Monique vai dividi-la com Márcia Faria, cujo pai, também Roberto, dirigiu os longas do Rei há quase 40 anos.


Globetrotter

Dilma terá que se desdobrar este fim de semana. Chega a SP sábado de manhã para a convenção do PDT. Depois, voa de volta a Brasília para a do PMDB. Domingo acontece a do PT.

Lula estará em todas.


Menores de fora

A boate Pachá cancelou a matinê do Dia dos Namorados. A boate está proibida pela Justiça de fazer qualquer festa para adolescentes entre 12 e 17 anos, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. A denúncia da Promotoria da Infância aponta falta alvará.


Mata a mata

Acaba de empacar o projeto de lei estadual para vender área de quase 500 mil m². Na Estrada Velha São Paulo-Campinas, as terras do Estado têm córrego, cachoeira e áreas de proteção ambiental.

O local terá que passar antes por análise das secretarias do Meio Ambiente e da Agricultura, segundo exigiram o Ministério Público e alguns deputados.


Será que será

Nelson Alvarenga, da InBrands, até se esforçou, mas não conseguiu responder se tem interesse em agregar a Reserva ao conglomerado de moda. Não disse sim, nem não, muito pelo contrário...



Direto da SPFW

A mais alta voltagem do primeiro dia de SPFW foi no desfile da Cia. Marítima. Enquanto uns mendigavam por ingresso, Luciano Szafir balançava seu par: "Alguém quer comprar?".

Frase contundente de Aron Rosset, da Cia. Marítima, antes do desfile. "A China só não nos incomoda em um setor: o da moda praia."

Enquanto duas editoras de moda se descabelavam para sentar na fila A, Dimitri Mussard, herdeiro da Hermès, fez diferente. Discretamente, acomodou-se atrás.

O aviso escrito era claro: para andar na roda gigante, no meio da SPFW, a altura mínima exigida era de 1m30. Tinha criança com menos.

Depois reclamam de Geyse Arruda... O vestido de Geanine Marques, integrante da banda Stop Play Moon, na SPFW, era ainda menor que o da loira da Uniban.

E ainda no desfile da ex-grife de Amir Slama. A Rosa Chá mostrou ali clara equação: magreza + 1,80m + salto 15cm - experiência/pouca idade = andar desengonçado.

Ignácio Loyola Brandão empresta suas palavras literárias para texto de apresentação do desfile de Adriana Degreas. Amanhã.

Já a Maria Bonita, que desfila hoje, revela a musa inspiradora: Anna Mariani, fotógrafa brasileira de 74 anos.

ANCELMO GÓIS

Pode acreditar
ANCELMO GÓIS
O GLOBO - 11/06/10


A última versão do projeto do Morumbi, orçado em R$ 630 milhões, foi integralmente aprovada pela Fifa, inclusive para uma eventual abertura da Copa de 14.
O problema, como foi dito aqui, é de engenharia financeira. O estádio é privado e, para fechar a conta, o governo teria que desembolsar uns R$ 200 milhões.

LÁ E CÁ
O povo pobre do conjunto habitacional Winnie Mandela, na comunidade de Tembisa, em Johannesburgo, não pôde ver ontem pela TV a festa de abertura da Copa, no Orlando Stadium, e periga não assistir hoje à África do Sul x México.
É que gatunos furtaram a fiação subterrânea da rede elétrica. Deve ser terrível... Você sabe.

RELAXA, PROFESSOR! 
Até a Fifa, que assumiu o compromisso de produzir conteúdo das 32 seleções e distribuir aos detentores de direitos, está tendo dificuldade para trabalhar com o time de Dunga.

NA MARCA DO PÊNALTI 
A negociação da TIM com a Flamengo avançou.
A empresa de celular também deve estampar sua marca no Palmeiras.

FORÇA, CAPITA! 
Carlos Alberto Torres, capitão da seleção do tri, embarcou anteontem num voo da SAA para Johannesburgo de cadeira de rodas, para acompanhar a Copa do Mundo.
Está com problema no nervo ciático. Dói à beça.

NO CÉU COM TRAVOLTA
John Travolta, 56 anos, chega ao Rio terça agora pilotando seu próprio Boeing 707. O ator vem para evento da Breitling, a marca de relógios de bacanas.
De família italiana, Travolta foi dançarino na Broadway, mas fez fama como Tony Manero em Os embalos de sábado à noite. 

BOLA DA FORTUNA
Deu na The Economist. Cerca de três quartos dos jogadores de futebol que estão na Copa da África do Sul pertencem aos clubes europeus. A temporada 2008/2009 teria movimentado US$ 18,9 bi na Europa. Os números são da Deloitte.

SALVE, XANGAI 
O filme Salve Geral – o dia em que São Paulo parou, de Sérgio Rezende, será o representante brasileiro no Festival Internacional de Cinema de Xangai, o maior da Ásia.
Começa amanhã.

FIOS E CABOS 
A coreana LS Cable anuncia hoje a construção de uma fábrica de fios e cabos em Resende. 
É negócio de uns US$ 250 milhões.

GOSTOSA

WASHINGTON NOVAES


Nas novas tecnologias, desafios ao petróleo


WASHINGTON NOVAES
O ESTADO DE SÃO PAULO - 11/06/10
O desastre com a plataforma de petróleo no Golfo do México põe em relevo duas questões que precisam ser respondidas com urgência: 1) Que limites devem ser respeitados no desenvolvimento vertiginoso de tecnologias nessa e em outras áreas e que implicam riscos muito graves? 2) Tendo em vista a possibilidade de desastres como o do Golfo do México e considerando ainda a necessidade urgente de reduzir as emissões de gases decorrentes da queima de combustíveis fósseis, por onde será conduzida em todo o mundo - e no Brasil - a política do petróleo?
Nos últimos tempos, muitos cientistas têm alertado sobre a necessidade de estabelecer limites para tecnologias, seja a partir de riscos das nanotecnologias para a saúde humana, seja com a descoberta de técnicas até para criação de "vida artificial", que poderiam gerar consequências inimagináveis. Nas últimas semanas, várias vozes se fizeram ouvir chamando a atenção também para riscos ainda sem possibilidade de controle - mas com gravíssimos efeitos - em áreas como a da exploração do petróleo, principalmente em águas profundas. E a tudo isso se somam os conhecidos alertas da ciência quanto aos desastrosos efeitos já visíveis de mudanças climáticas acentuadas pela concentração de gases poluentes na atmosfera. Segundo a Agência Internacional de Energia, o consumo de energias no mundo, se não houver acordo para redução dos gases, aumentará 43% até 2035, incluído o petróleo, e as emissões decorrentes da queima de carvão (o formato mais poluente entre os combustíveis fósseis) aumentarão 56%. Mas ainda não há acordo à vista para a redução, como têm mostrado as negociações na Convenção do Clima, que tiveram nestas duas últimas semanas, em Bonn, mais uma discussão preparatória da reunião da convenção programada para novembro em Cancún.
Nos Estados Unidos, o desastre do Golfo do México introduziu um enorme complicador na rota política do presidente Barack Obama, que, na esperança de atenuar resistências à sua proposta de política energética e redução de emissões, se havia disposto até a intensificar a exploração de petróleo em áreas oceânicas. Que fará agora, quando se aproxima no Congresso a hora de votar sua proposta de reduzir as emissões norte-americanas em 17% (calculadas sobre as de 2005) até 2020 e em 83% até 2050?
A Europa ainda acha pouco, porque já se dispôs a reduzir as suas em 20% até 2020 (mas quer chegar a 30% - e para tanto precisaria investir mais 30 bilhões, além dos 48 bilhões a que já se comprometeu; só que a crise financeira está no meio do caminho).
Nesse quadro, cabe perguntar o que fará o Brasil na sua política geral em relação ao petróleo (na qual o governo federal pretende aplicar R$ 675 bilhões até 2019) e, mais especificamente, com os projetos de exploração das jazidas do pré-sal. São duas as questões nesta última área: 1) Que se fará diante do risco de acidentes demonstrado no Golfo do México? 2) Que se pretende fazer em relação a um tipo de petróleo apontado como quatro vezes mais poluente que o de áreas terrestres ou marítimas mais próximas do litoral? Em relação à primeira, anunciou o governo federal que promoverá uma discussão sobre as tecnologias e outras salvaguardas possíveis. Resta aguardar as conclusões - que serão preocupantes se se atentar para o que está evidenciado em todas as partes do mundo.
Em relação ao uso do petróleo em geral, a esperança parece repousar nas tecnologias de sepultamento do carbono no fundo da terra ou do mar. Como já foi comentado neste espaço, em relação a essa tecnologia - que sequestra em dutos o carbono no local das emissões e o conduz para as profundezas -, houve um estudo preliminar do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, o órgão científico da Convenção do Clima. Concluiu ele que a tecnologia é viável. Mas exige ainda muitas respostas. No fundo da terra, sobre o que poderá acontecer em termos geológicos, sismológicos, de comprometimento de recursos hídricos. No fundo do mar, porque, segundo especialistas em biodiversidade marinha, os efeitos seriam desastrosos, já que não haveria como conter em espaços determinados o carbono e as águas oceânicas sofreriam os efeitos da carbonização (em termos de temperatura e qualidade da água).
É um dos alertas já colocados. Mais recentemente, a revista Nature lembrou que já foi registrado um aquecimento de 0,16 grau médio na temperatura das águas oceânicas. E a Agência Americana para Oceanos e Atmosfera (Noaa) advertiu que o abril de 2010 foi o mais quente no mundo desde que se registram temperaturas (1880). Quase ao mesmo tempo, 255 cientistas da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos escreveram na revista Science haver "provas consistentes de que as atividades humanas estão mudando o clima de forma que ameaça nossas sociedades". Na opinião desses cientistas, muitos ataques a conclusões como esta se devem a "interesses específicos ou dogmas, e não a um esforço honesto de oferecer uma teoria alternativa".
Apesar de todo esse contexto, o próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, já adiantou que não espera a homologação em Cancún, em novembro, de um acordo global para reduzir as emissões; na melhor hipótese, apenas um roteiro para que os países caminhem para o acordo em 2011. É essa também a visão de Yvo de Boer, que em julho deixa a secretaria-geral da convenção, substituído pela costa-riquenha Christiana Figueres.
Bem faz a prefeitura de Belo Horizonte, que, em seguida a mais dois ciclones extratropicais em Santa Catarina - com consequências desastrosas -, anunciou a criação de um sistema de radar meteorológico e pluviômetro, capaz de prevenir a tempo da aproximação de "eventos extremos". Todas as cidades deveriam pensar nisso.

CLÁUDIO HUMBERTO

“Agora a imprensa está falando tão bem que eu não leio”
PRESIDENTE LULA, QUE DIZ NÃO LER JORNAIS PORQUE A IMPRENSA “EXAGERA” NOS ELOGIOS A ELE

PRESIDENTE DOS CORREIOS TENTA SALVAR O PESCOÇO 
O presidente dos Correios, Carlos Henrique Custodio, vai ouvir poucas e boas do presidente Lula, nesta sexta-feira, em audiência para a qual foi convocado. Lula quer explicações sobre a deterioração na qualidade dos serviços da estatal, que já foi referência de excelência e hoje anda uma porcaria. Custódio tenta negociar sua permanência e a demissão de três diretores “de fora”, que não integram as carreiras da ECT.

NEM AÍ 
Terça, diretores da ECT, inclusive regionais, foram a São Paulo discutir um plano de salvação da estatal. O presidente Custódio não apareceu.

DEUS HOLOFOTE 
O presidente dos Correios preferiu participar de um programa de TV (Aprendiz, da Record) a discutir o futuro da empresa com os diretores. 

VIDA DURA 
O ministro Carlos Lupi (Trabalho) verá a Copa pela TV: foi à Suíça para a Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra, até o dia 20. 

TUCANO PETISTA
Na visita presidencial a Maceió, uma claque gritou “Lula e Téo”, em referência ao governador tucano de Alagoas, Teotonio Vilela.

INSULTOS PODEM UNIR O CONGRESSO CONTRA O RIO
Repercutiram mal, no Congresso e até entre os aliados do Rio de Janeiro no governo federal, os insultos do governador Sergio Cabral à decisão do Senado sobre a divisão equânime dos royalties de petróleo, que ele classificou de “covardia, achaque, roubo” etc. “Desse jeito” – teme um vice-líder petista – “o governador ainda conseguirá que o veto do presidente Lula seja derrubado por esmagadora maioria”.

NOSSAS ASAS 
O Itamaraty se embananou na logística: vão nas asas da FAB dezenas de empresários que acompanharão Lula em cinco países da África. 

O CRIME RECUA
Apesar do tsunami institucional no DF, a criminalidade caiu quase 7% em 2010, comemora o secretário de Segurança João Monteiro Neto.

SUPERNANNY
Após classificar de “birra” a decisão da ONU de punir o Irã, Lula já pode sonhar com a presidência da Organização das Babás Unidas – Obabau.

CONTA OUTRA
Dispensa qualquer análise profunda a conclusão de que, com ou sem sanções, o Irã continuaria fazendo a bomba. Perdeu na ONU apenas o beneplácito de Brasil e Turquia – que caíram no conto do Ahmadinejad. 

A VISITADORA 
A Cedae, do Rio, nega que Jorgina de Freitas trabalhe na assessoria da presidência da estatal, cumprindo regime semiaberto. Servidores e um ex-diretor viram a megafraudadora do INSS, terça (8). Depois, sumiu. 

CACHIMBO DA PAZ
O candidato do PT ao governo do DF, Agnelo Queiroz, e seu vice, Tadeu Filippelli (PMDB), visitarão neste fim de semana o governador Rogério Rosso, que esteve cotado para ser o candidato peemedebista.

TUCANOS COM RORIZ 
A candidatura da ex-deputada Maria de Lourdes Abadia ao Senado mostra que o PSDB vai apoiar Joaquim Roriz para o governo do DF. Roriz ontem recebeu o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra.

NÃO É DIREITO
A Faculdade de Direito da USP provocou grande mal-estar recusando-se a retribuir as doações milionárias do escritório de advocacia Pinheiro Neto, um dos principais do País, e do banco BCN, de Pedro Conde, como é praxe, homenageando seus respectivos patronos.

TRADIÇÃO FAMILIAR
A médica Mariane Pinotti, filha do falecido deputado federal e ex-secretário de Saúde José Aristodemo Pinotti, poderá ser a vice do empresário Paulo Skaff, pré-candidato do PSB ao governo paulista. 

MADE IN CHINA
Os chineses querem vender ônibus para a Prefeitura de Manaus. A Yutong, que fabrica 140 unidades por dia, apresentou proposta ao prefeito Amazonino Mendes. Seria a primeira cidade com frota chinesa.

BRASILEIROS, GO HOME
Dezenas de entidades protestaram diante da embaixada do Brasil no Haiti, pedindo a saída de Missão da ONU (Minustah) contra os presidentes Lula e René Préval, na terça (8), exigindo “técnicos e não blindados” e criticando um “plano neoliberal” contra os haitianos. 

PENSANDO BEM...
... “Nunca antes” um presidente levou cinco multas eleitorais e passa-se apenas por “reincidente”. 

PODER SEM PUDOR
ÁGAPE PARA JK
Num banquete em homenagem ao presidente Juscelino Kubitscheck, em Teresina, o governador Chagas Rodrigues falou ao seu ouvido:
– Agora vai saudá-lo o segundo maior orador do Piauí...
– Quem é o primeiro?
– Eu... – sorriu o governador, sem modéstia.
O homem atacou o vernáculo: “Neste agápe...” (queria dizer ágape, claro). JK pegou no braço do governador e cochichou, bem-humorado:
– Seu Chagas, entre você e ele deve ter outros, não é?

MIGALHAS

SEXTA NOS JORNAIS

Globo: Ficha Limpa já vale para eleição deste ano, diz TSE

Folha: Senado tira receita do petróleo do Rio e cria problema para Lula

Estadão: Fatia estatal na Petrobrás crescerá com capitalização

JB: União pelo Rio: O Rio reage

Correio: Greves deixam Brasília no caos

Valor: Cade julgará monopólio do BB no crédito consignado

Jornal do Commercio: É hora do show!