segunda-feira, maio 25, 2009

CLÁUDIO HUMBERTO

"Eu não sei o que vai acontecer em 2010, como pensarei em 2014?" 

Presidente Lula, ao ser perguntado se buscará a eleição após deixar o mandato em 2010


Ministros candidatos podem sair em outubro

O presidente Lula segredou a um ministro, na viagem ao exterior, que pensa em antecipar para outubro a data de saída dos ocupantes de cargos de primeiro e segundo escalões que serão candidatos em 2010. A ideia é recompor o ministério, no último ano, em comum acordo com a ministra-candidata Dilma Rousseff, a fim de que ela assuma ainda mais atribuições na gestão, engajando toda equipe na campanha presidencial.

Serra no muro
Intriga o silêncio do governador paulista José Serra sobre a CPI da Petrobras. Não é a favor, nem contra, muito antes pelo contrário.

De véspera, feito peru
O governo celebra o êxito da "operação" de constranger o PSDB por criar a CPI da Petrobras, com a lorota da intenção de "vender" a estatal.

Reação nervosa
Por trás da reação à CPI da Petrobras está o medo de escarafunchar as suspeitas de superfaturamento e o financiamento de projetos eleitorais.

Favoritismo
Até os governistas já dão como certa a indicação do senador ACM Jr. (DEM-BA) para a presidência da CPI da Petrobras.

Vale no topo dos investimentos privados
A Vale reajustou seu plano de investimentos de US$ 14,2 bi para US$ 9 bilhões. Mesmo em meio à crise econômica mundial, é o maior investimento privado do Brasil. Todo esse caminhão de dinheiro, de quase R$ 20 bilhões, garante cerca de 45 mil empregos no País. Será investimento maior, por exemplo, que o total prometido pelo Governo Federal para 2010 no programa de construção de 1 milhão de casas.

Preso em casa
Como o ex-juiz Lalau, a defesa do empresário Nenê Constantino deve alegar a idade avançada, 78 anos, para requerer prisão domiciliar.

Tudo como antes
Ao trocar a verba indenizatória pelo cotão de R$ 34 mil, o mensalão de nova geração, a Câmara trocou seis por meia dúzia.

Dossiê PO
Em Brasília, a oposição documenta, para denunciá-las, obras públicas que beneficiam empreendimentos do vice-governador Paulo Octávio.

Gazeta
ACM Neto (DEM-BA), que não deu as caras no conselho de ética para ouvir o deputado do castelo, mal apareceu na Câmara, esta semana. Na quinta, cedo, pegou um avião para o fim de semana em Buenos Aires.

Jogo bruto no Ceará
Das oito tevês cearenses, só a do coronel e senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) foi avisada do mandado de busca e apreensão, no PMDB, de suposto material de propaganda do deputado Eunicio Oliveira. Para o PMDB, foi uma jogada para desgastar o adversário de Tasso ao Senado.

Distância do Brasil
Refugiados palestinos se manifestaram ontem, em Brasília, confirmando o que esta coluna já havia antecipado: eles não querem ficar no Brasil. Querem dinheiro e passagens para a Europa. Por nossa conta, é claro.

Hélio na frente
O ministro Hélio Costa (Comunicações) tem 40% das intenções de voto para governador de Minas, segundo pesquisa Vox Populi. Em segundo, longe, vem o ex-prefeito de BH Fernando Pimentel, e na rabeira, com 4%, Antônio Anastasia, candidato do governador Aécio Neves.

Sem consenso
A base governista se reúne terça-feira para afinar o discurso na reforma política. PT, PMDB e PCdoB são a favor do financiamento público de campanha e da lista fechada. PP, PR, PTB, PDT e PSB são contra.

Marcado para perder
O PT-DF escolhe no dia 4 seu candidato ao governo do DF. O ex-ministro Agnelo Queiroz é o favorito entre petistas para enfrentar o atual governador José Roberto Arruda (DEM) e o ex Joaquim Roriz (PMDB).

Pé na estrada
Para protestar contra um projeto do governador José Serra (PSDB), de construir um presídio 
na cidade, o prefeito de Porto Feliz (SP), Claudio Maffei (PT), inicia amanhã viagem a pé até o Palácio dos Bandeirantes, levando um abaixo-assinado com 15 mil nomes, contra o presídio.

Zona de perigo
O dólar abaixo dosR$ 2 é o pavor dos exportadores e do agronegócio: quando os preços começam a melhorar lá fora, a desvalorização cambial ameaça os ganhos. Mas insumos, como fertilizantes, ficam mais caros.

Ambições
O presidente da Petrobras ainda pode ser candidato ao governo da Bahia. Plataforma é o que não lhe falta. Nem grana distribuída na Bahia.

Poder sem pudor
Falatório não é dinheiro

Secretário de Planejamento de Pernambuco nos anos 70, Everardo Maciel promoveu um seminário sobre projetos para a região metropolitana do Recife, na prefeitura da capital. Os temas eram excessivamente técnicos, enfadonhos. O então prefeito, Augusto Lucena, interrompeu Maciel:
– Secretário, vou sair e dar uns telefonemas...
Ante a expressão de espanto de Maciel, ele completou:
– ...quando chegar na parte "dinheiro para a cidade", propriamente dita, pode mandar me chamar.
E foi embora.

APENAS ILUSÃO


EDITORIAL

O Globo - 25/05/2009
 

O planejamento centralizado terminou no lixo da História, mas o ideário do "Estado forte", capaz de induzir o desenvolvimento e muito mais, sobreviveu como uma bactéria resistente. É certo que há funções-chave para o Estado numa sociedade moderna. Inclusive, por óbvio, na economia, haja vista o papel imprescindível dos bancos centrais - a ação deles na atual crise é uma prova. 

Mas, na vulgata que restou deste pensamento, clássico da esquerda, deu-se uma confusão entre os adjetivos "forte", "eficiente" e "inchado". Nem todo Estado forte é eficiente, assim como Estado inchado de servidores não necessariamente é forte, muito menos eficiente. 

O governo Lula se perdeu nessa confusão -, que não é semântica. Contratou até agora cerca de 200 mil funcionários públicos, inflando em mais de 20% o contingente de servidores, na ideia de que assim estaria constituindo um Estado forte e eficiente. Tudo uma custosa ilusão. Basta apurar se houve alguma melhoria notável, proporcional ao inchaço da máquina burocrática, no atendimento à população. A resposta é "nenhuma". Ou se este Estado "forte" consegue conter o desmatamento na Amazônia, despoluir rios, dar segurança ao cidadão. A resposta é "não" -, pois o modelo seguido pelo governo foi o do Estado inchado, ineficiente. 

Subjacente à questão há o problema do custo total desse funcionalismo para a sociedade - e não apenas em salário, mas aposentadorias e custeio em geral. Tinta, horas de trabalho têm sido gastas em Brasília para provar com números supostamente irrefutáveis que, ao contrário do que se possa pensar, o contingente de servidores é até pequeno, como demonstram comparações com países desenvolvidos. 

Ora, comparam-se realidades diversas, o que tira o sentido da própria avaliação. Não se pode considerar percentuais frios de participação de servidores nos diversos mercados de trabalho sem se levar em conta o nível de renda de cada país, respectivas cargas tributárias e a abrangência de atuação de cada burocracia. 

Por esta ótica, a correta, um país com uma carga de impostos como a do Brasil e uma folha de servidores que é um dos principais itens das despesas públicas - e em ascensão constante - tem um Estado inchado, cujo custo se tornou insuportável para a sociedade. Reformar este gigantesco organismo disforme, corporativista, ineficiente, terá de ser, mais cedo ou tarde, uma das prioridades nacionais.

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INFORME JB

Anastasia e Costa, os mineirinhos

Leandro Mazzini

JORNAL DO BRASIL - 25/05/09

O velho ditado que enobrece a peculiaridade de negociação dos mineiros não sucumbiu diante das variadas maneiras de se fazer política hoje. Aos fatos: a sucessão do governador Aécio Neves corre solta. Pelo PT, Fernando Pimentel e Patrus Ananias se articulam em várias regiões, cada um por si, já revelou o Informe. Quem sai da sombra do poder e ganha notoriedade, aos poucos, é o vice-governador Antonio Anastasia, o preferido de Aécio. Ele tem visitado dezenas de cidades por mês, com o respaldo do chefe – e de nada menos que 16 partidos da coalizão. O ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), também trabalha quieto. Tenta convencer o presidente Lula a neutralizar os dois petistas, compor a chapa PMDB-PT, com o mote de que é o melhor para combater o candidato tucano.

Requião x povo Pergunta de...

Depois de comprar briga com toda a imprensa do Paraná, o governador Roberto Requião (PMDB), que decidiu se aproximar da sociedade pelos próprios meios, agora desconta a ira no povo.

Requião criou o Fale com o governador, no qual responde perguntas pela internet. Mas tem dado respostas deselegantes. Provocado dia desses sobre promessa de reajuste de servidores, mandou esta: "Que pergunta mais imbecil!".

O iluminado

O governador mineiro e presidenciável Aécio Neves (PSDB) fez ao colega José Roberto Arruda, do Distrito Federal, a oferta de compra de parte da Companhia Energética de Brasília. A Cemig, do governo mineiro, quer injetar mais de bilhão ali.

Curto-cicuito

Mas, para abrir o capital da CEB para a sociedade, Arruda terá de convencer mais da metade da Câmara Distrital, onde ele tem muitas resistências ainda de aliados do ex-governador Joaquim Roriz.

Luz do Rio

A Cemig já tem participação, e grande, na Light do Rio.

Lula contra o Mau...

Os craques Lula Vieira, o famoso publicitário, e o conceituado jornalista Maurício Menezes vão se unir para o show Lula enfrenta o Mau (de Maurício).

...no palco

Em breve, o espetáculo vai a cartaz no Teatro Oi Casa Grande. Será sarcasmo puro num passeio entre os erros e curiosidades do jornalismo e da publicidade.

Canto de Ataulfo

Se vivo fosse, o cantor e compositor Ataulfo Alves completaria 100 anos no início de maio. Merecidamente, o intérprete de Amélia, entre outras, ganhou neste fim de semana um canto só seu. Uma estátua (foto) na pequena Miraí (MG), sua terra natal.

Teje preso

A juíza Ana Latorre, da 6ª Vara Federal de Porto Alegre, entrou na lista negra da AGU. Ela expediu mandado de prisão para o chefe da Procuradoria Regional da União na capital, Luis Antônio Alcoba, detido pela PF dia 7.

Teje solto

Alcoba foi preso por descumprimento de ordem judicial referente a fornecimento de remédios. Para a AGU, ele não tem poder para implementar medidas desse tipo. Alcoba já foi solto.

Pais do PAC

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles – o dono do cofre nacional – e o vice-governador do Rio, Luiz Pezão – o Pai do PAC – serão homenageados hoje na Firjan.

OAB ferve

Wadih Damous prepara-se para campanha nacional ou reeleição na OAB-Rio. E esquenta a briga. O vice disputa a vaga. E agora o advogado Luciano Viveiros foi apresentado como terceira via para a presidência da Ordem. Promete modernizar a seccional.

Feirão da saúde

Os reflexos da crise na gestão de saúde serão o tema tratado pelo presidente da Confederação Nacional de Saúde, José Carlos Abrahão, na Hospitalar 2009, feira internacional do setor – de 2 a 5 de junho, em São Paulo.

COISAS DA POLÍTICA


Dilma e os mitos em torno da eleição

Tales Faria

JORNAL DO BRASIL - 25/05/09

Esta coluna publicou entrevistas com Marcos Coimbra, presidente do instituto de pesquisas Vox Populi, e Carlos Augusto Montenegro, do Ibope, no dia 28 de abril. Em linhas gerais, eles diziam que o câncer da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não influenciaria o eleitor na sua escolha para presidente da República em 2010. Coimbra ia além, argumentando que quem tentasse utilizar isto na campanha – tanto a ministra como seus adversários – poderia, este sim, sair prejudicado.

Lamento informar, mas acho que Coimbra e Montenegro erraram, apesar de serem dois dos melhores analistas de opinião pública que há por aí. A julgar pela pesquisa divulgada pelo PT na sexta-feira – de autoria do próprio Vox Populi – Dilma está se beneficiando da doença, sim. Nos cinco cenários pesquisados pelo instituto, a ministra ficou entre 19% e 25% das intenções de voto. Nunca antes ela havia alcançado nada assim. E a sondagem foi feita entre os dias 2 e 7 de maio, portanto depois do anúncio de que precisou retirar um tumor maligno do organismo.

Tenho a impressão de que, se o câncer da ministra mostrar-se curado, o medo de que a doença atrapalhe sua atuação administrativa será muito menor do que o sentimento de solidariedade do eleitor. E ela poderá se beneficiar disso na campanha, se não cometer exageros. Lembro quando Ciro Gomes era candidato em 2002 e se descobriu que sua mulher, a atriz Patrícia Pillar, tinha câncer. A moça até raspou a cabeça. Ficou linda, fez anúncios na TV. O grau de simpatia pelo marido cresceu absurdamente. Ciro acabou naufragando porque teve sua imagem desconstruída pela equipe de José Serra. E o próprio candidato se entregou aos seus costumeiros destemperos verbais. Mas que havia se beneficiado do tema, isso é inegável.

Ainda a propósito das entrevistas publicadas naquela coluna do dia 28, vale destacar outro detalhe: Montenegro parece ser quem errou mais. Nosso amigo disse que Dilma dificilmente passaria dos 15% a 17%, e que tudo indicava que o tucano José Serra venceria as eleições para presidente ainda no primeiro turno. Pois a tal pesquisa mostra que Dilma já praticamente assegurou a realização de um segundo turno.

O curioso da história é que na semana passada, poucos dias antes da divulgação da tal pesquisa, voltou a circular a conversa de terceiro mandato para Lula. O desconhecido deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) ganhou manchetes dizendo que apresentará projeto de plebiscito para que se autorize a re-reeleição do presidente. Essa é uma conversa que todo mundo que está próximo de fato de Lula sabe que não conta com o seu apoio. Jackson Barreto obteve seus 15 minutos de fama. Mas esse papo só serve mesmo para dar a entender que a candidatura de Dilma Rousseff não é para valer. Falar em terceiro mandato de Lula é o mesmo que dizer que Dilma não tem chances de vencer. Então é uma prosa que interessa mais aos adversários de Dilma do que aos aliados de Lula. Daí porque a oposição sempre bate o bumbo quando se fala em terceiro mandato.

E já que estamos brincando de derrubar mitos, que tal falarmos dessa história de que o PMDB está preocupado com a doença de Dilma? Caro leitor, pense bem: se um candidato fica doente, quem é o primeiro beneficiado? O vice, é claro. Quem deveria ter preocupação era o PT, não o PMDB. Os peemedebistas estão doidos para fechar acordo com Dilma em 2010. Tudo que o presidente do partido, Michel Temer, o ministro da Integração, Geddel Vieira Lima, e o governador do Rio, Sérgio Cabral, mais querem é essa vaga de vice. Muito embora jurem o contrário. E, no PT, as figuras hegemônicas do partido – leia-se José Dirceu, Aloizio Mercadante e Marta Suplicy – já foram convencidos pelo presidente Lula a encampar a candidatura Dilma. Estão nisso até a alma.

Garotinho

O ex-governador do Rio Anthony Garotinho enviará no dia 1° de junho ao presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer, uma carta na qual comunica seu desligamento do partido. Garotinho argumenta que quer se candidatar a governador, mas que sabe do interesse do PMDB em apoiar a reeleição de Sérgio Cabral. Portanto, não lhe restava outra opção que não a de procurar outro partido. No caso, a legenda escolhida (e já acertada) é o PR. O ex-governador está em campanha frenética pelo interior do Estado.

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PAINEL

Ampla, geral e irrestrita

RENATA LO PRETE

FOLHA DE SÃO PAULO 25/05/09

Prima da especulação em torno do terceiro mandato presidencial, a conversa sobre a possibilidade de prorrogar todos os mandatos por dois anos é hoje mais ouvida no Congresso do que sua parente. Seus defensores, dos mais diferentes partidos e nem de longe restritos ao baixo clero, têm repetido um número mágico, calculado ninguém sabe como: fazer coincidir todas as eleições em 2012 levaria o país a "economizar R$ 10 bilhões". Não é ideia fácil de concretizar, mas, diferentemente do terceiro mandato, que resolveria apenas a vida de Lula, a prorrogação viria a calhar para muita gente, no governo e na oposição, que teme encarar as urnas no ano que vem.

Francamente. Mensagem do ministro Paulo Bernardo (Planejamento), que também aderiu à onda do Twitter: "Esse alarido sobre o terceiro mandato tenta jogar nas costas do presidente Lula o desejo de muitos de prorrogar por dois anos todos os mandatos. Não dá, né?" 

Alto lá. Do ministro baiano Geddel Vieira Lima (PMDB) sobre entrevista em que o correligionário Orestes Quércia sugere que o ministro da Integração Nacional estará com o tucano José Serra (SP) em 2010: "Entendo a posição do Quércia, mas ele não pode confundir o desejo dele com as ações dos outros. Em momento nenhum sinalizei nada nesse sentido. Meu caminho natural é apoiar o candidato do presidente Lula". 

Arrimo. Yeda Crusius (PSDB) pode ter caído do palanque, mas, no que depender do PT, a governadora continuará sangrando, porém de pé, até a eleição. Pré-candidato à sucessão gaúcha, o ministro Tarso Genro quer adiar ao máximo a adesão dos tucanos a José Fogaça (PMDB). 

Tampão. Para os petistas de São Paulo, está claro por que Luiz Marinho é o maior propagador da ideia de apoiar um candidato de outro partido ao governo estadual. Como o prefeito de São Bernardo do Campo quer a vaga, mas não tem condições de disputá-la em 2010, gostaria que nenhum correligionário lhe fizesse sombra em 2014.

Aquém. A arrecadação do IPI sobre cigarros cresceu apenas 9,6% em abril contra o mês anterior (de R$ 252 milhões para R$ 276 milhões). Em março, ao anunciar a redução do imposto para uma série de produtos, o ministro Guido Mantega havia dito que a perda seria compensada por "um ajuste linear de 23,5% das alíquotas sobre cigarros". 

Para todos. Técnicos do Senado já debruçados sobre os contratos da Petrobras avaliam que, ao jogar luz no universo de ONGs e entidades que receberam verba, a CPI esbarrará em uma incômoda lista de associações de magistrados e até em congressos do Ministério Público financiados com dinheiro da estatal. Nos últimos quatro anos, foi gasto R$ 1,2 milhão com eventos desse tipo. 

Opep. A bancada do PSB do Senado vive uma disputa tão discreta quanto acirrada por uma vaga na CPI da Petrobras. Renato Casagrande é capixaba, e Antonio Carlos Valadares, sergipano. Os dois Estados concentram investimentos e royalties da estatal. 

Repaginado. O site "Xô CPMF", que o DEM criou na época da vitoriosa campanha para derrubar a contribuição, foi reativado com o nome de "Xô imposto". O alvo agora é a tributação da poupança. 

Notáveis. O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), sugeriu ao presidente da Câmara a criação de um Conselho da Cidadania, na tentativa de reaproximar a Casa da sociedade após meses de noticiário negativo. Seria formado por personalidades de diversas áreas e se reuniria uma vez por mês.

Tiroteio

"O PSDB virou uma oposição kamikase, que desistiu completamente de propor alternativa para o país e aposta no agravamento da crise." 


Do governador de Sergipe, MARCELO DÉDA (PT), criticando o empenho do principal partido de oposição pela abertura da CPI da Petrobras.

Contraponto

Para ontem No livro "Diálogos com o Poder", o consultor político Ney Figueiredo conta que em 1959, quando trabalhava com o presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli, compareceu ao velório de Bernardo Sayão, um dos pioneiros da construção de Brasília. Na cerimônia, Figueiredo viu o presidente da República, Juscelino Kubitschek, reclamar da demora na realização do enterro.
-É que ainda não tem cemitério oficial na cidade, presidente...- explicou um assessor.
JK sacou uma caneta e assinou ali mesmo o decreto que criou o primeiro cemitério de Brasília.

DENIS LERRER ROSENFIELD

Nação Guarani


O Estado de S. Paulo - 25/05/2009
 
A demarcação da Raposa-Serra do Sol já aparecia como o prelúdio do que estava por vir. Apesar das ressalvas aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal, que tornaram menos aleatórias e arbitrárias as demarcações e homologações de terras indígenas, o processo de relativização da propriedade privada e da soberania nacional segue agora o seu curso. Imediatamente após a decisão do Supremo, as agremiações ditas movimentos sociais, como o MST e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ala esquerdizante da Igreja Católica, deflagraram um processo de fragilização dessas ressalvas, procurando, nos fatos, mostrar que a lei a eles não se aplica. Tornaram ainda mais explícitas suas posições contra a economia de mercado, a propriedade privada, o agronegócio e o Estado de Direito. Vejamos.

O Cimi e os ditos movimentos sociais estão entrando numa nova etapa de formação da opinião pública nacional e internacional, propugnando pela formação de uma nação guarani. As publicações Porantim (Cimi) e Sem Terra (MST) já trazem matéria a esse respeito, pois essas organizações têm plena consciência de que sem o apoio da opinião pública nenhuma transformação política pode ter lugar. As mentes precisam ser conquistadas para que haja um espaço de abertura para mudanças. Eles estão cientes de que a política moderna, a das democracias representativas, está alicerçada na opinião pública. Utilizam-se, nesse sentido, da democracia para subvertê-la, arruinando as suas instituições.

Para que se tenha ideia da enormidade que está sendo tramada, a dita nação guarani abarcaria partes dos seguintes Estados brasileiros: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O foco é o Estado de Mato Grosso do Sul num primeiro momento e, logo após, Santa Catarina e Espírito Santo.

Cabe ressaltar que é em Mato Grosso do Sul que essa luta se vai travar prioritariamente. Eles reconhecem que perderam nesse Estado a primeira batalha política junto à opinião pública pela disputa desses territórios indígenas. Houve forte reação de proprietários rurais, parlamentares e do próprio governador, impedindo uma primeira tentativa de amputação de cerca de um terço de seu território. Naquele então, o discurso apresentado era de que se tratava apenas de uma nova demarcação, que corrigiria uma "injustiça" histórica. Em suma, afetaria apenas alguns proprietários. Ora, já naquela ocasião o que estava em pauta era a formação de uma nação guarani, projeto que ainda não dizia explicitamente o seu nome. Agora estão preparando a segunda batalha, com a bandeira guarani orientando os seus movimentos. Novas portarias da Funai se inscrevem nesse processo em curso.

A nação guarani não está, porém, restrita a esses Estados brasileiros, mas se estende a outros países: Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Segundo eles, a Bolívia já trilha esse caminho político, necessitando apenas ser apoiada no que vem fazendo, destruindo, na verdade, as frágeis instituições daquele país. O foco, aqui, seria o Paraguai, onde o processo se inicia com um presidente simpatizante da "causa" e que, via Teologia da Libertação, compartilha os mesmos pressupostos teóricos do Cimi, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do MST. Entendem-se, portanto, melhor a sustentação dessas agremiações políticas ao presidente Lugo e a política adotada de apoio às invasões das terras dos brasiguaios. A identidade brasileira não lhes interessa.

Para granjear a simpatia da opinião pública internacional criaram um site global, hospedado nos EUA, assumido por uma ONG holandesa e alimentado pela regional do Cimi de Mato Grosso do Sul. Observe-se que é o próprio Cimi que elabora o conteúdo de um site internacional (www.guarani-campaign.eu), visando a interferir, dessa maneira, nos assuntos brasileiros, escolhendo como alvo o Estado de Mato Grosso do Sul. Aliás, o site é muito bem feito, começando por uma apresentação gráfica da América Latina sem fronteiras, sob o nome de Ameríndia. A verdadeira América Latina seria a pré-colombiana. Provavelmente pensam, no futuro, em expulsar todos os brancos e negros, europeus, africanos e asiáticos, que deram, pela miscigenação, a face deste nosso Brasil!

Como não poderia deixar de ser, o site comporta várias versões: em português, inglês e holandês, estando prevista a sua ampliação para o alemão. Para quem se preocupa com a opinião pública internacional, busca apoio político e financiamento na Europa e nos EUA, uma ferramenta desse tipo é vital. É ela que terminará alimentando as pressões exercidas sobre o Brasil e subsidiará, também, os formadores de opinião nacionais e internacionais.

Consoante com esse trabalho, foi elaborando um mapa da nação guarani, denominado Guarani Retã, que englobaria os Estados brasileiros acima listados e os países latino-americanos vizinhos. Chama a atenção o fato de a América Latina ser apresentada como um território verde, sem fronteiras nacionais, com o lema "terra sem males". Procedimento semelhante foi adotado com o mapa quilombola, elaborado pela Universidade de Brasília, que orienta hoje as ações da Fundação Palmares, do Incra e dos ditos movimentos sociais. A estratégia política é a mesma.

O Cimi, em suas publicações, reconhece ainda a aliança estratégica com o MST, que lhe ofereceu apoio logístico e organizacional em invasões e outras manifestações, como campanhas de abaixo-assinados. Exemplo recente seria Roraima, com "assessores" emessetistas "ajudando" os indígenas em plantações de arroz. Esses "brancos", aliás, podem lá entrar! Reconhecem, inclusive, que tal aliança foi operacional no Espírito Santo, na luta contra a Aracruz, pois, como se sabe, as plantações de eucaliptos e a indústria de papel e celulose são símbolos, a serem destruídos, do agronegócio.

PETROLAMA

Tiago Recchia

RUY CASTRO

Brincando de Facebook

FOLHA DE SÃO PAULO - 25/05/09

RIO DE JANEIRO - Há dias venho recebendo mensagens de pessoas convidando a que me registre em algo chamado Facebook para "me tornar amigo" delas. A maioria é de gente que não conheço, nem identifiquei pelo retratinho 3 x 4 que acompanha a mensagem. Como vivo desconfiado quanto às novidades da internet, temo que seja mais uma pegadinha para me plantar um vírus e arruinar o meu, com todo respeito, disco rígido.
Mas outras mensagens vêm de amigos próximos e ocasionais, antigos colegas de faculdade ou de jornal e até uma ex-namorada. Como não sabia que estava rompido com algum deles, não entendo por que, de repente, essa ânsia a que eu "me torne amigo" deles. E, no caso, para que me registrar no Facebook? Não basta pegar o telefone ou mandar um convencional e-mail reafirmando a amizade?
Não. Estudando melhor a proposta, descubro que, registrando-me no Facebook, posso "manter contato com amigos, partilhar fotos ou criar meu próprio perfil". Eba! Como pude viver até hoje sem essas facilidades? Até então, para "manter contato com amigos", eu tinha de descer do prédio, atravessar a rua e encontrar os ditos amigos na praia ou no botequim. O Facebook me livrará dessas práticas toscas.
Em outro parágrafo, o Facebook me convida a "criar uma conta pessoal". Mas adverte que, se eu "estiver aqui para representar uma banda, negócios ou produtos", devo primeiro "criar uma página do Facebook". Aí já não gostei. Não "estou aqui" para representar uma banda, seja o que isso signifique, e evito fazer negócios com amigos que acabei de adquirir no Facebook, mesmo que já sejam íntimos e de outros Carnavais.
Se entrar para o Facebook, prometo não representar bandas, nem fazer negócios ou oferecer produtos, e brincar todos os dias de partilhar fotos com meus amiguinhos.

FERNANDO DE BARROS E SILVA

A Petrobras é nossa

FOLHA DE SÃO PAULO - 25/05/09

SÃO PAULO - Não se deve esperar muito da CPI da Petrobras. Isso só não vale para a turma do PMDB, que já vislumbrou nela mais uma oportunidade de furar o fundo do poço da moralidade.
A investigação pouco promete, mas não por falta de assunto. O noticiário exibe uma profusão de coisas obscuras, ou claras demais, à espera de análise séria. Mas seriedade é o que falta hoje ao Congresso.
Não é só o ambiente rebaixado da Casa que contamina e desmoraliza a CPI antes mesmo de seu início. Nos últimos dez dias, desde que o Senado aprovou o requerimento, houve uma inversão de papéis: a oposição foi acuada e age como se estivesse intimidada diante do governo. Só está faltando vir a público se desculpar pelos transtornos causados a Lula e ao PT.
A pusilanimidade da tucanada deixou o Planalto à vontade para montar uma operação de guerra a fim de blindar a galinha dos ovos de ouro. Ministros se juntaram em coro ao próprio Lula para dizer que a CPI é um crime de lesa-pátria. Sindicalistas, petistas e barnabés abraçaram o prédio da empresa no Rio, gritando palavras de ordem contra sua privatização -algo que não está absolutamente em jogo.
O terrorismo retórico orquestrado pelo Planalto tem duas faces: de um lado, recorre ao jargão empresarial para sugerir que os negócios da Petrobras serão afetados; de outro, apela ao sentimento nacionalista, numa espécie de evocação do fantasma de Getúlio Vargas.
Eis, nessa mistura de rendição às razões do mercado com arremedo de getulismo, uma imagem sintética e fiel do governo Lula.
Mas o varguismo mimetizado pelo PT não se limita à reciclagem do bordão "o petróleo é nosso". Não é só uma questão de imaginário, mas também de método. A verdadeira inspiração getulista do segundo mandato está materializada na máquina de propaganda oficial, sob os cuidados de Franklin Martins. A reação à CPI é só um aviso do que ela é capaz contra os que se atrevem a atazanar a vida do comissariado.

GOSTOSAS


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GEORGE VIDOR

Contrarreforma

O GLOBO - 25/05/09

O Brasil nem mesmo encontrou solução capaz de assegurar o equilíbrio da previdência social e já se arquitetou no Congresso uma espécie de contrarreforma que porá a perder os avanços modestos, alcançados a duras penas e com considerável desgaste político dos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula. A contra-reforma passou pelo Senado e está tramitando na Câmara.

O Senado aprovou por acordo de lideranças os projetos que acabam com o fator previdenciário, recalculam as aposentadorias de acordo com 36 últimas contribuições e vinculam os benefícios, retroativamente, ao salário mínimo. Teriam sido necessárias apenas doze assinaturas para que esses projetos fossem submetidos à votação em plenário, mas apenas três senadores, de um total de 81, se dispuseram a aderir ao requerimento.

Se no Senado, do qual sempre se espera mais reflexão e aprofundamento na discussão de questões sérias, a contra-reforma foi aprovada desse jeito, na Câmara os apelos demagógicos em período pré-eleitoral costumam encontrar ainda mais terreno fértil. Para evitar o gol contra, o governo precisará se esforçar para postergar essa votação. Depois da disputa nas urnas em 2010, os governantes eleitos terão cacife político suficiente para convencer os parlamentares a não montar uma nova bomba-relógio.

O fator previdenciário não resolveu, mas atenuou o problema das aposentadorias precoces no regime geral de previdência social. O mecanismo favorece aqueles que contribuem por mais tempo e se aposentam a partir dos 60 anos (a fórmula permite até que o benefício supere o último salário do trabalhador na ativa, se o segurado antes da aposentadoria estiver ganhando menos que o teto pago pelo INSS). Já no caso dos que têm tempo de contribuição suficiente para se aposentar — 35 anos para homens e 30 anos para mulheres — mas não chegaram aos 60 de idade, o fator reduz o valor da aposentadoria, o que é justo, pois a filosofia do sistema é o da solidariedade: os que têm capacidade para trabalhar auxiliam os que não podem mais, por motivo de saúde ou envelhecimento.

Os gastos da previdência no Brasil, somando-se INSS e os sistemas específicos para servidores públicos, equivalem a pouco menos de 11% do Produto Interno Bruto (PIB). É uma proporção que só alguns países ricos atingiram. China e Índia gastam menos de 2% do PIB; o Japão, 6%. Esses 11% representam quase um terço do total de impostos arrecadados hoje no país.

Pelas projeções do Ipea, o Brasil terá 55 milhões de idosos em 2040, cerca de 27% da população. Mas hoje o número de brasileiros com mais de 60 anos é de aproximadamente 20 milhões (9,5% da população). Mesmo assim, a previdência paga um total de 26 milhões de benefícios por mês.

A contrarreforma vai literalmente na contramão do que o bom senso recomenda para se garantir um equilíbrio de longo prazo na previdência. Mantidas as regras atuais, só os benefícios do INSS saltarão do equivalente a 6,8% para 11,2% do PIB em 2050. Com as mudanças, essa percentagem chegaria a 16% do PIB.

Também a vinculação dos benefícios a um número de salários mínimos é economicamente indesejável, pois tal mudança inibirá qualquer política de valorização do mínimo. Alega-se que os aposentados estão sendo prejudicados, o que é discutível, pois, como os benefícios são corrigidos pelo INPC ano a ano, a atualização em média vem superando a correção salarial dos trabalhadores com carteira assinada desde que a primeira reforma entrou em vigor. Só como exemplo, a correção de benefícios pelo INPC de 2003 a 2006 foi de 39,75%, enquanto a média dos trabalhadores com carteira assinada obteve no período um reajuste de 36,8%. Os funcionários públicos estatutários tiveram aumento médio de 48,71%.

As pessoas podem ter como opção de vida se aposentar precocemente. Mas para isso precisam poupar para si próprios. Na previdência social, ninguém poupa para si mesmo: as contribuições dos que estão na ativa custeiam os que já estão aposentados e assim por diante. Se o sistema oficial estimula a aposentadoria precoce, sobrecarrega quem continua na ativa ou inviabiliza financeiramente a previdência a médio prazo.

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A Prefeitura de Angra dos Reis deve expedir ainda este mês a licença para a Eletronuclear usar o solo onde será instalada a terceira usina termonuclear brasileira. Essa licença é a última que falta para a obra continuar (as duas outras já foram expedidas pelo Ibama e pela Comissão Nacional de Energia Nuclear). Agora em junho, haverá a audiência pública, como determina a lei 8.666, que precede o lançamento do edital de contratação da montagem eletromecânica da usina, que ocorrerá paralelamente às obras civis (no caso de Angra 2, a montagem foi feita depois). O contrato das obras civis, com a construtora Andrade Gutierrez, já foi renegociado, e está pendente apenas de uma avaliação do Tribunal de Contas da União.

Enquanto isso, a Eletronuclear, está renegociando os demais contratos e preparando as licitações complementares. Por enquanto, o cronograma de retomadas das obras de Angra 3 não sofreu alterações. Nesse ritmo, a usina ficará pronta em dezembro de 2014, pouco tempo após as grandes hidrelétricas do Rio Madeira estarem operando a plena capacidade.

FERNANDO RODRIGUES

O escândalo vai passando

FOLHA DE SÃO PAULO - 25/05/09

BRASÍLIA - A fila andou. Deputados e senadores foram encontrando novos assuntos. CPI da Petrobras, reforma política e outros. O caso do desvio de verbas indenizatórias vai ficando no oblívio. Ninguém foi punido. Regras foram alteradas de maneira epidérmica.
São mais de 50 casos de comportamento impróprio de deputados e de senadores de fevereiro para cá. Teve de tudo, desde o deputado do castelo até os jatinhos alugados, farra com bilhetes aéreos, empregadas domésticas pagas como assessoras parlamentares e funcionários fantasmas aos montes.
No Senado, a reação foi típica da inação: contratou-se uma consultoria. Na Câmara, anunciaram um corte de despesas inexistentes, mas mantiveram intactos os benefícios dos deputados -inclusive as viagens internacionais.
Aberrações como o auxílio-moradia ficaram intocadas. Deputados e senadores embolsam o privilégio não importando se vivem em imóveis próprios em Brasília.
Também não há notícia de divulgação das notas fiscais das verbas indenizatórias de 2001 até o início deste ano. Foi tudo enterrado. Quem cometeu algum crime já está anistiado -como será também perdoado o deputado do castelo.
A comparação com a crise no Parlamento britânico é inevitável. Os escândalos são semelhantes, mas há duas diferenças fundamentais. Primeiro, o presidente da Câmara dos Comuns perdeu a cadeira. Segundo, a população reagiu de maneira vigorosa, expressando seu descontentamento.
No Brasil, a reação dos eleitores se limita a e-mails vitriólicos ou resmungos acabrunhados. Não é à toa que nada acontece. Deputados e senadores olham para cima, assobiam, e a crise passa. Logo, alguns estarão passeando em Paris e Nova York. No fundo, como dizem os políticos, o Poder Legislativo é a mais completa e acabada tradução do país. É a cara do Brasil.

QUERO BENS


SEGUNDA NOS JORNAIS

Globo: Guarda vai autuar pequenos crimes no Rio

 

Folha: Indústria já prevê queda recorde nas exportações

 

Estadão: Queda de juros tira até R$ 50 bi de investidores

 

JB: Mais segurança faz do Leme bairro modelo

Correio: Vítimas de criminosos ao volante

 

Valor: Garantias criam impasse em financiamentos do PAC

 

Gazeta Mercantil: Exportação de celulose cresce 139% em abril

 

Estado de Minas: Minas na rota do trem do Pacífico

 

Jornal do Commercio: Que virada, Tuimbu!