TERÇA NOS JORNAIS
- JB: Procurador denuncia Palocci
- FOLHA: Contas com exterior têm maior déficit em dez anos
- ESTADÃO: Polícia inicia maior ação contra desmatamento
- GLOBO: Lupi dá verba pública a ONG de aliado antes de funcionar
- GAZETA MERCANTIL: Fronteira poderá ser menor em 4 Estados
terça-feira, fevereiro 26, 2008
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
PALOCCI É DENUNCIADO AO STF
25/02/2008 - 20h40
Procuradoria denuncia Palocci ao STF por quebra de sigilo funcional
GABRIELA GUERREIROda Folha Online, em Brasília
A PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou o deputado Antonio Palocci (PT-SP) ao STF (Supremo Tribunal Federal) por quebra de sigilo funcional no episódio envolvendo o caseiro Francenildo Costa --ocorrido em 2006. A denúncia, que será relatada pelo ministro Gilmar Mendes, chegou ao Supremo na última sexta-feira. Palocci passará a responder em ação penal no STF se a denúncia for acatada pela Corte.
O ex-ministro da Fazenda é acusado de ordenar diretamente ao então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, para que violasse o sigilo bancário do caseiro --depois que Francenildo revelou publicamente ter presenciado visitas de Palocci em uma casa alugada em Brasília, onde seus assessores Rogério Buratti e Vladimir Poleto eram acusados de fazer negociações com lobistas.
No extrato do caseiro, foram encontrados depósitos na conta de Francenildo. O assessor de imprensa de Palocci, Marcelo Netto, se apressou, na época, em divulgar os extratos para tentar comprovar que o caseiro teria recebido dinheiro em troca de revelar as denúncias contra Palocci.
Francenildo, porém, comprovou que os recursos foram depositados de forma legal em sua conta. O episódio resultou no afastamento de Palocci do Ministério da Fazenda, quando foi substituído no cargo pelo atual ministro Guido Mantega.
Apesar de não confirmar oficialmente, a expectativa é que Mattoso e Neto também tenham sido denunciados pela PGR ao STF.
O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, não foi localizado para comentar a decisão da Procuradoria.
25/02/2008 - 20h40
Procuradoria denuncia Palocci ao STF por quebra de sigilo funcional
GABRIELA GUERREIROda Folha Online, em Brasília
A PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou o deputado Antonio Palocci (PT-SP) ao STF (Supremo Tribunal Federal) por quebra de sigilo funcional no episódio envolvendo o caseiro Francenildo Costa --ocorrido em 2006. A denúncia, que será relatada pelo ministro Gilmar Mendes, chegou ao Supremo na última sexta-feira. Palocci passará a responder em ação penal no STF se a denúncia for acatada pela Corte.
O ex-ministro da Fazenda é acusado de ordenar diretamente ao então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, para que violasse o sigilo bancário do caseiro --depois que Francenildo revelou publicamente ter presenciado visitas de Palocci em uma casa alugada em Brasília, onde seus assessores Rogério Buratti e Vladimir Poleto eram acusados de fazer negociações com lobistas.
No extrato do caseiro, foram encontrados depósitos na conta de Francenildo. O assessor de imprensa de Palocci, Marcelo Netto, se apressou, na época, em divulgar os extratos para tentar comprovar que o caseiro teria recebido dinheiro em troca de revelar as denúncias contra Palocci.
Francenildo, porém, comprovou que os recursos foram depositados de forma legal em sua conta. O episódio resultou no afastamento de Palocci do Ministério da Fazenda, quando foi substituído no cargo pelo atual ministro Guido Mantega.
Apesar de não confirmar oficialmente, a expectativa é que Mattoso e Neto também tenham sido denunciados pela PGR ao STF.
O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, não foi localizado para comentar a decisão da Procuradoria.
FALTA DE ASSUNTO
"Devo tanto que, se eu chamar alguém de meu bem...o Banco toma!"
"Pra que levarmos a vida a sério, se nascemos de uma gozada."
"Pelo menos os sem teto nunca levam desaforo pra casa.
"Nada é tão ruim que não possa piorar
"A ordem dos tratores não altera o viaduto"
Sempre que possivel, converse com um saco de cimento. “É melhor acreditar naquilo que um dia pode ser concreto”
"Devo tanto que, se eu chamar alguém de meu bem...o Banco toma!"
"Pra que levarmos a vida a sério, se nascemos de uma gozada."
"Pelo menos os sem teto nunca levam desaforo pra casa.
"Nada é tão ruim que não possa piorar
"A ordem dos tratores não altera o viaduto"
Sempre que possivel, converse com um saco de cimento. “É melhor acreditar naquilo que um dia pode ser concreto”
RONALDO
"O que eu fiz para merecer isso!!!??"
Essa indagação do Ronaldo pode ser respondida, apenas voce vendo o seu fisíco atual. Procure comparar as fotos de Ronaldo a dez anos atrás com às de hoje. Vejam a massa muscular como aumentou, aí o joelho não aguentou. Como foi que ele consegui? Segundo Bernardino Santi, médico da seleção brasileira, Ronaldo tomava anabolizantes para "pegar" massa muscular no período que jogava no AJAX da holanda. Depois dessa declaração Bernardino foi demitido da CBF. Sobre parar de jogar, Ronaldo já parou e não sabe, desde de 1984 Ronaldo não joga uma sequência de seis jogos seguidos.
O Flamengo livrou-se de uma roubada. Vai pro Vasco Ronaldo.
"O que eu fiz para merecer isso!!!??"
Essa indagação do Ronaldo pode ser respondida, apenas voce vendo o seu fisíco atual. Procure comparar as fotos de Ronaldo a dez anos atrás com às de hoje. Vejam a massa muscular como aumentou, aí o joelho não aguentou. Como foi que ele consegui? Segundo Bernardino Santi, médico da seleção brasileira, Ronaldo tomava anabolizantes para "pegar" massa muscular no período que jogava no AJAX da holanda. Depois dessa declaração Bernardino foi demitido da CBF. Sobre parar de jogar, Ronaldo já parou e não sabe, desde de 1984 Ronaldo não joga uma sequência de seis jogos seguidos.
O Flamengo livrou-se de uma roubada. Vai pro Vasco Ronaldo.
domingo, fevereiro 24, 2008
JOÃO UBALDO RIBEIRO
O QUE FIZ NAS FÉRIAS
ponto de vista
hoje no ESTADÃO
Regresso da minha movimentada estada anual em Itaparica com o ânimo elevado, não só pelo que lá vi como pelo que vejo cá. O que vi lá procurarei relatar adiante, mas o que tenho visto cá é quase plácida pasmaceira. Tem esse negócio aí de cartão corporativo, ou que outros nomes cabalísticos lhe dêem, mas sabemos por experiência que é tudo brincadeirinha, como sempre, e já estão combinando o resultados das investigações, o governo felicíssimo e todo mundo mais também felicíssimo, até porque talvez certas molezas sejam retiradas (e transferidas para outras práticas, nunca extintas), mas o cartão permanecerá, sob os mais fartos elogios, não só do presidente como de sua leal oposição. O desfecho é invariavelmente um sábio ''''não muda nada aí'''', até porque o povo não liga e é chegado a um cabresto curto desde as origens. Mudar isso seria um grande abalo em nossa busca de uma identidade nacional.
E o clima que tenho percebido, não posso negar, é de geral contentamento e felicidade. Desfiam-se números róseos para a economia, com aumento de empregos formalizados, consumo acelerado, inflação sob controle e apenas um problemazinho lá e cá, para dar graça. Todo mundo tem problema e o governo não é exceção. O que interessa é que o País se transformará num gigantesco canteiro de obras, a coisa está boa por tudo quanto é canto - a começar pelas culminâncias da popularidade do presidente - e falastrões maledicentes e agoureiros, do meu tipo, devem agora pelo menos ter a decência de reconhecer que erraram em tudo.
Faço isso com prazer, adoro ser politicamente correto. Ao que parece, errei em tudo e este ano será para todos um rosário de triunfos. Claro, não retiro nada do que escrevi. Uma coisa é reconhecer que se errou, outra coisa é desdizer-se. Talvez sejam manias d''''artista, maluquices de escritor, má vontade ou o que for lá, mas continuo, digamos, pensando errado. Até torço, pois, afinal, se trata de meu país e de meus compatriotas, para continuar errado ou mesmo erradíssimo e, vindo a deflagrar-se a revolução cultural já por muitos ansiada, envergarei com o garbo possível as orelhas de burro que me destinarem e darei o melhor de mim no desempenho das tarefas de limpador de estábulos da fazenda onde me submeterão a indispensável processo reeducativo.
Quanto à ilha, continua em posição de vanguarda no pensamento político e filosófico, que condiz perfeitamente com o clima ora vigente no País. Já não contamos com a Escola Filosófica do Sorriso de Desdém, aqui amiúde mencionada e jamais esquecida, nem temos mais um filósofo do porte do finado Luiz Cuiúba, mas, por exemplo, está em pleno funcionamento, sob a liderança de um peixeiro amigo meu que sempre roubou no peso (um para comprar, outro para vender; aquele mais leve, este mais pesado) e que por enquanto prefere manter seu nome em segredo, o Círculo de Estudos Santa Luzia. Designação duplamente adequada, pois o Mercado Municipal tem o nome dessa santa e ela é a padroeira dos que padecem da visão. Na opinião majoritária dos membros do grupo, o mal do Brasil é justamente não vermos o óbvio.
O agitador Zeca Harfush, conhecido na ilha como Zecamunista, devido a seu passado bolchevique, o mais respeitado quadro intelectual do Grupo, me concedeu uma breve entrevista, na qual, entre cusparadas de fumo de rolo mascado e breves surtos de exacerbação, me explicou sua posição, que, esperam ele e seus companheiros de pensamento e ação, virá a ser em breve a postura assumida de todos os brasileiros.
- Nós somos realistas - explicou-me o lendário subversivo. - E chegamos a nossas conclusões através de métodos rigorosamente lógicos e científicos. Partimos de um axioma básico que, certamente por motivos voluntaristas, moralistas, hipócritas, reacionários e colonizados, todos destituídos de qualquer fundamento na realidade, persistimos em negar, quando sua aceitação plena é a base para nossa afirmação como grande potência.
- Interessante, muito interessante. Que axioma é esse?
- Somos todos ladrões! - exaltou-se ele repentinamente. - Ladrões e trambiqueiros! Quando finalmente aceitaremos essa verdade cristalina, para assumir nosso papel de destaque no concerto das nações? É da nossa natureza meter a mão em qualquer grana que esteja dando sopa e procurar imediatamente se fazer, assim que chega a um cargo público. Qualquer um de nós é assim! O erro é, em vez de canalizar isso para nosso próprio benefício, querer combatê-lo, à custa de tanta mentira e sofrimento inúteis. O Grupo de Estudos Abra o Olho, que é o nome popular oficial de nosso movimento, tem como proposta básica a aceitação integral de nossa condição de povo de ladrões. Violentar a nossa natureza é que nos faz um mal terrível.
- Compreendo. É curioso que já ouvi essa opinião em outros lugares. Isso se aplica a esse problema dos cartões, não?
- É óbvio! Quanto tempo está sendo perdido com essa conversa mole dos cartões? Você sabe o que mais chateia o brasileiro nessa história? É que não deram um cartão a ele! Se tivessem dado, ele era todo a favor, a realidade é essa! Nosso lema é em latim, para impressionar o povão: ''''Hodie mihi, cras tibi'''', primeiro o meu! Que graça tem o sujeito se sacrificar para chegar ao poder e não se fazer? É para isso que o Estado existe, vamos deixar de ser burros! Colonizados! Moralistas de merda! Chega de querer prender ladrão, o certo é prender otário! Ladrões do Brasil, desuni-vos, a não ser para formação de quadrilhas! Nós somos bons mesmo é de maracutaia!
- E vocês pretendem levar esses ideais adiante, nas próximas eleições?
- Com certeza. A depender de quem compre os nossos votos, é claro.
O QUE FIZ NAS FÉRIAS
ponto de vista
hoje no ESTADÃO
Regresso da minha movimentada estada anual em Itaparica com o ânimo elevado, não só pelo que lá vi como pelo que vejo cá. O que vi lá procurarei relatar adiante, mas o que tenho visto cá é quase plácida pasmaceira. Tem esse negócio aí de cartão corporativo, ou que outros nomes cabalísticos lhe dêem, mas sabemos por experiência que é tudo brincadeirinha, como sempre, e já estão combinando o resultados das investigações, o governo felicíssimo e todo mundo mais também felicíssimo, até porque talvez certas molezas sejam retiradas (e transferidas para outras práticas, nunca extintas), mas o cartão permanecerá, sob os mais fartos elogios, não só do presidente como de sua leal oposição. O desfecho é invariavelmente um sábio ''''não muda nada aí'''', até porque o povo não liga e é chegado a um cabresto curto desde as origens. Mudar isso seria um grande abalo em nossa busca de uma identidade nacional.
E o clima que tenho percebido, não posso negar, é de geral contentamento e felicidade. Desfiam-se números róseos para a economia, com aumento de empregos formalizados, consumo acelerado, inflação sob controle e apenas um problemazinho lá e cá, para dar graça. Todo mundo tem problema e o governo não é exceção. O que interessa é que o País se transformará num gigantesco canteiro de obras, a coisa está boa por tudo quanto é canto - a começar pelas culminâncias da popularidade do presidente - e falastrões maledicentes e agoureiros, do meu tipo, devem agora pelo menos ter a decência de reconhecer que erraram em tudo.
Faço isso com prazer, adoro ser politicamente correto. Ao que parece, errei em tudo e este ano será para todos um rosário de triunfos. Claro, não retiro nada do que escrevi. Uma coisa é reconhecer que se errou, outra coisa é desdizer-se. Talvez sejam manias d''''artista, maluquices de escritor, má vontade ou o que for lá, mas continuo, digamos, pensando errado. Até torço, pois, afinal, se trata de meu país e de meus compatriotas, para continuar errado ou mesmo erradíssimo e, vindo a deflagrar-se a revolução cultural já por muitos ansiada, envergarei com o garbo possível as orelhas de burro que me destinarem e darei o melhor de mim no desempenho das tarefas de limpador de estábulos da fazenda onde me submeterão a indispensável processo reeducativo.
Quanto à ilha, continua em posição de vanguarda no pensamento político e filosófico, que condiz perfeitamente com o clima ora vigente no País. Já não contamos com a Escola Filosófica do Sorriso de Desdém, aqui amiúde mencionada e jamais esquecida, nem temos mais um filósofo do porte do finado Luiz Cuiúba, mas, por exemplo, está em pleno funcionamento, sob a liderança de um peixeiro amigo meu que sempre roubou no peso (um para comprar, outro para vender; aquele mais leve, este mais pesado) e que por enquanto prefere manter seu nome em segredo, o Círculo de Estudos Santa Luzia. Designação duplamente adequada, pois o Mercado Municipal tem o nome dessa santa e ela é a padroeira dos que padecem da visão. Na opinião majoritária dos membros do grupo, o mal do Brasil é justamente não vermos o óbvio.
O agitador Zeca Harfush, conhecido na ilha como Zecamunista, devido a seu passado bolchevique, o mais respeitado quadro intelectual do Grupo, me concedeu uma breve entrevista, na qual, entre cusparadas de fumo de rolo mascado e breves surtos de exacerbação, me explicou sua posição, que, esperam ele e seus companheiros de pensamento e ação, virá a ser em breve a postura assumida de todos os brasileiros.
- Nós somos realistas - explicou-me o lendário subversivo. - E chegamos a nossas conclusões através de métodos rigorosamente lógicos e científicos. Partimos de um axioma básico que, certamente por motivos voluntaristas, moralistas, hipócritas, reacionários e colonizados, todos destituídos de qualquer fundamento na realidade, persistimos em negar, quando sua aceitação plena é a base para nossa afirmação como grande potência.
- Interessante, muito interessante. Que axioma é esse?
- Somos todos ladrões! - exaltou-se ele repentinamente. - Ladrões e trambiqueiros! Quando finalmente aceitaremos essa verdade cristalina, para assumir nosso papel de destaque no concerto das nações? É da nossa natureza meter a mão em qualquer grana que esteja dando sopa e procurar imediatamente se fazer, assim que chega a um cargo público. Qualquer um de nós é assim! O erro é, em vez de canalizar isso para nosso próprio benefício, querer combatê-lo, à custa de tanta mentira e sofrimento inúteis. O Grupo de Estudos Abra o Olho, que é o nome popular oficial de nosso movimento, tem como proposta básica a aceitação integral de nossa condição de povo de ladrões. Violentar a nossa natureza é que nos faz um mal terrível.
- Compreendo. É curioso que já ouvi essa opinião em outros lugares. Isso se aplica a esse problema dos cartões, não?
- É óbvio! Quanto tempo está sendo perdido com essa conversa mole dos cartões? Você sabe o que mais chateia o brasileiro nessa história? É que não deram um cartão a ele! Se tivessem dado, ele era todo a favor, a realidade é essa! Nosso lema é em latim, para impressionar o povão: ''''Hodie mihi, cras tibi'''', primeiro o meu! Que graça tem o sujeito se sacrificar para chegar ao poder e não se fazer? É para isso que o Estado existe, vamos deixar de ser burros! Colonizados! Moralistas de merda! Chega de querer prender ladrão, o certo é prender otário! Ladrões do Brasil, desuni-vos, a não ser para formação de quadrilhas! Nós somos bons mesmo é de maracutaia!
- E vocês pretendem levar esses ideais adiante, nas próximas eleições?
- Com certeza. A depender de quem compre os nossos votos, é claro.
ALEX MEDEIROS

Colunista: Alex Medeiros
E-mail: alexmedeiros@interjato.com.br
E-mail: alexmedeiros@interjato.com.br
A GENEALOGIA DOS COVARDES
Segundo a mitologia cristã, originária no livrão grosso de Javé, os homens descendem de Adão, as mulheres são filhas da serpente e os covardes herdaram o código genético de Caim, o sacripanta que matou o irmão, gerando até hoje o fratricídio civil.
Minha geração, que vestiu calça comprida no segundo tempo da ditadura militar, aprendeu com a geração anterior a classificar o criminoso torturador como o maior e mais safado dos covardes. Montaigne dizia que "a covardia é a mãe da crueldade".
Não precisa filosofar muito diante da frase do filósofo francês, nem repeti-lo em ensaios, para entender que a vil genitora pariu muitos filhos, vários arquétipos de crueldade, na manjedoura irracional do gênero humano.
Hoje eu já não coloco aquele torturador dos porões de antanho na cabeça do ranking da covardia. Seus atos, por mais hediondos, continham as digitais dos autores ideológicos de tais crimes, por mais que na pele da vítima ficassem as marcas da sua própria tara.
Sim, porque o torturador é - antes de ser um covarde - um tarado, aquele que falsifica a coragem numa atitude furtiva e de prévia proteção dele mesmo. O poeta Goethe bem definiu tal tipo de covarde: aquele que só ameaça quando se acha em segurança.
Era assim o torturador pau-mandado dos ditadores. Na segurança de um covil, na proteção dos chefes e na coragem escondida num capuz, era fácil abater sua presa. Mais havia um covarde maior que o torturador, exatamente o patrocinador da covardia, o mandante do crime.
Bingo! Eis aí a terminologia correta para o maior de todos os covardes. O mandante do crime, esse termo tão comum no linguajar das delegacias e nas pautas das editorias de Polícia. É o líder disparado do ranking das podridões humanas, o rei da covardia.
O profeta Maomé, das santas escrituras e risíveis caricaturas, ensinava que "a pior forma de covardia é testar o poder na fraqueza do outro". Perfeito. Na fraqueza de caráter dos assassinos subsiste e persiste a maldade dos covardes, a falsa valentia do mentor intelectual dos crimes.
O inseto que se veste com pele e vísceras humanas, conhecido no popular como mandante do crime, não tem na essência moral a verdadeira coragem do enfrentamento frontal. Se vale de outro infeliz, um grau abaixo dele na escala periódica da covardia, para praticar o que não ousa fazer.
Como os ditadores do passado e seus asseclas de malvadezas, que determinavam aos torturadores o ato de que não tinham coragem de executar, o covardão-mandante é uma figura menor, subnutrida de ética e que se esconde nos muitos medos que lhes atormentam.
No enorme clube do primeiro de todos os covardes tem carteirinha carimbada o marido traído, o machão frouxo que entende nos chifres um problema maior do que seus deslizes morais e sociais. O chifrudo que manda matar um pé-de-lã é também o mais ridículo dos covardes.
No desespero de manter incólume sua pseudo-honra masculina, imagina que sua condição de corno não atingirá o estágio de fama se o pé-de-lã que usufruiu de seus lençois for enterrado antes. Acha que enterrará junto o prazer que a esposinha sentiu em outros braços.
O corno vingativo que encomenda o assassinato do rival é a essência e excrescência do covarde. Jamais encontrará coragem ou hombridade para ficar frente a frente com aquele que, por ventura, tantas vezes encarou (de frente e de costas) a razão do seu raivoso e doentio ciúme.
Tal tipo de zé mané sofre por antecipação ao imaginar fitar nos olhos quem lhe arrebatou a maior de todas as conquistas. Mais fácil para sua covardia é terceirizar a histeria sileciosa. E então goza na bala dos outros a ira covarde dos que por não saber gozar foi trocado à revelia.
Voltando à literatura de Javé, foi Jesus quem decretou bem-aventurados os mansos, pois eles herdarão a Terra. Já esse escriba, farto da maldade humana, declara que aventurados sejam os cornos mansos, e que os cornos vingativos herdem as galhadas do inferno. (AM)
publicado no Jornal de Hoje
DOMINGO NOS JORNAIS
- JB: A maior emergência da América Latina
- FOLHA: Brasileiros são os mais barrados pelo Reino Unido
- ESTADÃO: Investimento em produção acelera ritmo de importações
- O GLOBO: Falta de pessoal e máquinas pode atrasar obras do PAC
- GAZETA MERCANTIL: Sabesp busca mercados em outros países
- JB: A maior emergência da América Latina
- FOLHA: Brasileiros são os mais barrados pelo Reino Unido
- ESTADÃO: Investimento em produção acelera ritmo de importações
- O GLOBO: Falta de pessoal e máquinas pode atrasar obras do PAC
- GAZETA MERCANTIL: Sabesp busca mercados em outros países
sábado, fevereiro 23, 2008
VEJA E LEIA
J. R. Guzzo
11 000 JUSTOS
"Nada é mais eficaz para combater o pecado do queeliminar a tentação. Deixou de existir qualquer vestígiode corrupção nos bancos estaduais, para ficar numexemplo só, porque deixaram de existir os bancosestaduais. O resto é muita CPI e nenhuma mudança"
Em casos em que fica demonstrado o mau uso de dinheiro público existe, pelo mundo afora, um entendimento básico. As autoridades encarregadas de lidar com esse dinheiro têm ou não têm responsabilidade pelo que aconteceu de ilegal e, de acordo com a alternativa que for comprovada entre essas duas, são culpadas ou são inocentes. Se são culpadas, não são inocentes. Se são inocentes, não são culpadas. No Brasil, os governos têm uma abordagem diferente para esse tipo de coisa. Aqui, em casos semelhantes, não há inocentes nem culpados. Culpa sempre existe, é claro, já que o dinheiro do Erário não sai por aí se gastando sozinho. Mas as autoridades dão a questão por resolvida com um raciocínio que, tirando o palavrório habitual, sustenta o seguinte: "Algo lamentavelmente errado aconteceu, mas a culpa não é de ninguém – e principalmente não é nossa".
O poder público brasileiro, com o tempo, tem conseguido resultados notáveis no aperfeiçoamento desse sistema. Desenvolveu, por exemplo, o conceito segundo o qual a pessoa é inocente mesmo quando é culpada. A personagem-símbolo desse entendimento é a ex-ministra Matilde Ribeiro, musa no atual espetáculo estrelado pelos cartões de crédito do governo federal até ser superada pelo barulho contínuo de episódios mais interessantes e mais graúdos que o dela. Matilde, como se sabe, foi demitida do cargo, o que faria supor que é culpada – mas sai com uma declaração de que é inocente, já que o governo e seu partido garantem que ela realizou um trabalho "brilhante". Outra novidade, também aplicada às situações sem esperança como a dela, é a teoria do "erro administrativo". O dinheiro do público foi gasto em benefício pessoal? Sim, mas foi só um "erro administrativo" – como se o responsável tivesse assinado um despacho em seis vias, quando o certo seria assinar em sete. Muito avanço se obteve, enfim, na utilização desse sistema todo como arma de ataque e não apenas de defesa. Seu recurso mais comum, empregado em praticamente 100% das denúncias feitas contra o governo, é dizer que qualquer malfeitoria ora em apreciação já foi praticada antes e já foi praticada por outros, sobretudo pelos adversários. Qual é o problema, então? Sombriamente, pergunta-se "a quem interessa" a divulgação das denúncias.
É lógico que, quando as coisas ficam assim, vai se colher cada vez mais do mesmo. O Brasil seria um país de sorte se esse modelo de gestão pelo qual a propriedade do patrimônio público é do estado, mas o seu usufruto é privado, se limitasse aos 78 milhões de reais que o governo federal gasta por ano em seus cartões corporativos. A festa se espalha, hoje em dia, por governos dos estados e municípios, pelo Judiciário e pelo Legislativo. Para enriquecer a lista surgiu de repente a universidade, e, mais precisamente, a Universidade de Brasília. Ali o reitor Timothy Mulholland foi capaz de gastar 470.000 reais de dinheiro público, incluindo-se nesse total um espetacular saca-rolhas de 859 reais, na redecoração do seu "apartamento funcional". O mais interessante, no caso, não é o montante, nem mesmo o saca-rolhas; é a oportunidade de observar de que maneira funciona a cabeça de funcionários do estado como o reitor da UNB. Para ele, as despesas feitas no apartamento deixam muito bem impressionados os sábios de peso mundial convidados a Brasília, e, com isso, a ciência brasileira ganha prestígio. Ao ouvir suas explicações, vem a dúvida: será que o homem está falando sério? Logo fica claro, infelizmente, que está.
Tanto a oposição como o governo, além de muita gente de bem, têm passado os últimos dias defendendo o uso dos cartões do governo. Para a oposição, o problema está nas pessoas que os utilizam no momento; se e quando chegar ao governo, trocará todas elas por funcionários virtuosos e a situação ficará resolvida. Para o governo, o problema está em falhas nos controles, que naturalmente serão corrigidas a partir de agora – não se sabendo, nesse caso, por que passaram cinco anos sem ser percebidas. A primeira atitude é uma lenda. Sua receita só pode dar certo se, uma vez chegando lá, a oposição distribuir os cartões a 11.000 justos. E quem seria capaz de encontrar 11.000 justos de uma vez só? Nada comprova isso tão bem, justamente, quanto o sucedido com o PT, que prometia eliminar a corrupção no Brasil com a simples colocação da companheirada no governo; o resultado está aí. A segunda merece tanto crédito quanto a primeira. Controles sobre o uso de cartões são perfeitamente conhecidos, há décadas, por toda organização gerida com um mínimo de prudência. Mas só funcionam por uma razão: não são escritos pelos funcionários que serão controlados por eles.
Pessoas e intenções podem ser muito boas, mas a experiência comprova que nada é mais eficaz para combater o pecado do que eliminar a tentação. Não dá para fazer isso o tempo todo e em tudo. Mas, quando dá, o resultado sempre acaba aparecendo. Deixou de existir qualquer vestígio de corrupção nos bancos estaduais, para ficar num exemplo só, porque deixaram de existir os bancos estaduais. O resto é muita CPI e nenhuma mudança.
Revista Veja
J. R. Guzzo
11 000 JUSTOS
"Nada é mais eficaz para combater o pecado do queeliminar a tentação. Deixou de existir qualquer vestígiode corrupção nos bancos estaduais, para ficar numexemplo só, porque deixaram de existir os bancosestaduais. O resto é muita CPI e nenhuma mudança"
Em casos em que fica demonstrado o mau uso de dinheiro público existe, pelo mundo afora, um entendimento básico. As autoridades encarregadas de lidar com esse dinheiro têm ou não têm responsabilidade pelo que aconteceu de ilegal e, de acordo com a alternativa que for comprovada entre essas duas, são culpadas ou são inocentes. Se são culpadas, não são inocentes. Se são inocentes, não são culpadas. No Brasil, os governos têm uma abordagem diferente para esse tipo de coisa. Aqui, em casos semelhantes, não há inocentes nem culpados. Culpa sempre existe, é claro, já que o dinheiro do Erário não sai por aí se gastando sozinho. Mas as autoridades dão a questão por resolvida com um raciocínio que, tirando o palavrório habitual, sustenta o seguinte: "Algo lamentavelmente errado aconteceu, mas a culpa não é de ninguém – e principalmente não é nossa".
O poder público brasileiro, com o tempo, tem conseguido resultados notáveis no aperfeiçoamento desse sistema. Desenvolveu, por exemplo, o conceito segundo o qual a pessoa é inocente mesmo quando é culpada. A personagem-símbolo desse entendimento é a ex-ministra Matilde Ribeiro, musa no atual espetáculo estrelado pelos cartões de crédito do governo federal até ser superada pelo barulho contínuo de episódios mais interessantes e mais graúdos que o dela. Matilde, como se sabe, foi demitida do cargo, o que faria supor que é culpada – mas sai com uma declaração de que é inocente, já que o governo e seu partido garantem que ela realizou um trabalho "brilhante". Outra novidade, também aplicada às situações sem esperança como a dela, é a teoria do "erro administrativo". O dinheiro do público foi gasto em benefício pessoal? Sim, mas foi só um "erro administrativo" – como se o responsável tivesse assinado um despacho em seis vias, quando o certo seria assinar em sete. Muito avanço se obteve, enfim, na utilização desse sistema todo como arma de ataque e não apenas de defesa. Seu recurso mais comum, empregado em praticamente 100% das denúncias feitas contra o governo, é dizer que qualquer malfeitoria ora em apreciação já foi praticada antes e já foi praticada por outros, sobretudo pelos adversários. Qual é o problema, então? Sombriamente, pergunta-se "a quem interessa" a divulgação das denúncias.
É lógico que, quando as coisas ficam assim, vai se colher cada vez mais do mesmo. O Brasil seria um país de sorte se esse modelo de gestão pelo qual a propriedade do patrimônio público é do estado, mas o seu usufruto é privado, se limitasse aos 78 milhões de reais que o governo federal gasta por ano em seus cartões corporativos. A festa se espalha, hoje em dia, por governos dos estados e municípios, pelo Judiciário e pelo Legislativo. Para enriquecer a lista surgiu de repente a universidade, e, mais precisamente, a Universidade de Brasília. Ali o reitor Timothy Mulholland foi capaz de gastar 470.000 reais de dinheiro público, incluindo-se nesse total um espetacular saca-rolhas de 859 reais, na redecoração do seu "apartamento funcional". O mais interessante, no caso, não é o montante, nem mesmo o saca-rolhas; é a oportunidade de observar de que maneira funciona a cabeça de funcionários do estado como o reitor da UNB. Para ele, as despesas feitas no apartamento deixam muito bem impressionados os sábios de peso mundial convidados a Brasília, e, com isso, a ciência brasileira ganha prestígio. Ao ouvir suas explicações, vem a dúvida: será que o homem está falando sério? Logo fica claro, infelizmente, que está.
Tanto a oposição como o governo, além de muita gente de bem, têm passado os últimos dias defendendo o uso dos cartões do governo. Para a oposição, o problema está nas pessoas que os utilizam no momento; se e quando chegar ao governo, trocará todas elas por funcionários virtuosos e a situação ficará resolvida. Para o governo, o problema está em falhas nos controles, que naturalmente serão corrigidas a partir de agora – não se sabendo, nesse caso, por que passaram cinco anos sem ser percebidas. A primeira atitude é uma lenda. Sua receita só pode dar certo se, uma vez chegando lá, a oposição distribuir os cartões a 11.000 justos. E quem seria capaz de encontrar 11.000 justos de uma vez só? Nada comprova isso tão bem, justamente, quanto o sucedido com o PT, que prometia eliminar a corrupção no Brasil com a simples colocação da companheirada no governo; o resultado está aí. A segunda merece tanto crédito quanto a primeira. Controles sobre o uso de cartões são perfeitamente conhecidos, há décadas, por toda organização gerida com um mínimo de prudência. Mas só funcionam por uma razão: não são escritos pelos funcionários que serão controlados por eles.
Pessoas e intenções podem ser muito boas, mas a experiência comprova que nada é mais eficaz para combater o pecado do que eliminar a tentação. Não dá para fazer isso o tempo todo e em tudo. Mas, quando dá, o resultado sempre acaba aparecendo. Deixou de existir qualquer vestígio de corrupção nos bancos estaduais, para ficar num exemplo só, porque deixaram de existir os bancos estaduais. O resto é muita CPI e nenhuma mudança.
Revista Veja
NIVER
POSTAGEM PESSOAL
Ô seus caraias, este post é pessoal, não aceito comentários(nunca tem mesmo). Vou sair da impessoalidade da A VARANDA.
Hoje é o aniversário da minha PROPRIETÁRIA, a didinha, a dona Marta. Que vou dizer? Parabéns? Muitos anos de vida? Não, não, não vou desejar muitos anos de anos de vida, pois ela é vida, ela terna e eterna. O que faço então? Calo-me? Mando um beijo? Também não, afinal ela tem todos os meus beijos e os abraços também. O que darei pra minha musa?
Ô Marta eu não vou lhe dar nada. Eu vou pedir. Eu quero voce junto de mim, eu quero sua mão, o seu corpo, o seu carinho, a sua humilde, o seu caráter.
Dona Marta, o que posso pedir mais?
Que vamos continuar a nossa caminhada? A Nossa luta? As nossas dificuldades?
Não, não vou pedir pois voce sempre foi parceira e solidária.
Um último pedido:
Deixe-me continuar amando voce
Bebebebebebebebebeijos
Ela não lê o blog
Ô seus caraias, este post é pessoal, não aceito comentários(nunca tem mesmo). Vou sair da impessoalidade da A VARANDA.
Hoje é o aniversário da minha PROPRIETÁRIA, a didinha, a dona Marta. Que vou dizer? Parabéns? Muitos anos de vida? Não, não, não vou desejar muitos anos de anos de vida, pois ela é vida, ela terna e eterna. O que faço então? Calo-me? Mando um beijo? Também não, afinal ela tem todos os meus beijos e os abraços também. O que darei pra minha musa?
Ô Marta eu não vou lhe dar nada. Eu vou pedir. Eu quero voce junto de mim, eu quero sua mão, o seu corpo, o seu carinho, a sua humilde, o seu caráter.
Dona Marta, o que posso pedir mais?
Que vamos continuar a nossa caminhada? A Nossa luta? As nossas dificuldades?
Não, não vou pedir pois voce sempre foi parceira e solidária.
Um último pedido:
Deixe-me continuar amando voce
Bebebebebebebebebeijos
Ela não lê o blog
SABADO NOS JORNAIS
- JB: Lula nega gás a Cristina
- FOLHA: Brasil e Argentina assinam pacto de cooperação nuclear
- ESTADÃO: Brasil rejeita ceder gás boliviano à Argentina
- O GLOBO: Casa vazia será arrombada para combater à dengue
- GAZETA MERCANTIL: Sabesp busca mercados em outros países
-DÍARIO DE NATAL:RN é o segundo em casos de dengue no Nordeste
- JB: Lula nega gás a Cristina
- FOLHA: Brasil e Argentina assinam pacto de cooperação nuclear
- ESTADÃO: Brasil rejeita ceder gás boliviano à Argentina
- O GLOBO: Casa vazia será arrombada para combater à dengue
- GAZETA MERCANTIL: Sabesp busca mercados em outros países
-DÍARIO DE NATAL:RN é o segundo em casos de dengue no Nordeste
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
PIADA DO DIA
CRIAÇÃO
Quando criou o homem, Deus chamou-o e disse:
- Homem, eu tenho uma boa e uma má notícia para lhe dar.
E o homem respondeu:
- Senhor, dai-me primeiro a notícia boa!
E Deus disse:
- Quando eu te criei, fiz-te com dois órgãos muito importantes: Uma cabeça e um pênis.
O homem então perguntou:
- Mas então, Senhor, qual é a má notícia?
Deus respondeu:
- O sangue é pouco, por isso só funcionará um de cada vez...
Em compensação, quando Deus criou a primeira mulher, disse-lhe:
- Mulher, tenho uma boa e uma má notícia^...
- Qual é a boa meu Deus?
- A boa é que você foi criada com dois órgãos importantes: O cérebro e a vagina.
E qual é a ruim, meu Deus?
- O sangue em seu corpo será muito, como não usarás o primeiro órgão, então vazarás pelo segundo todo mês.
CRIAÇÃO
Quando criou o homem, Deus chamou-o e disse:
- Homem, eu tenho uma boa e uma má notícia para lhe dar.
E o homem respondeu:
- Senhor, dai-me primeiro a notícia boa!
E Deus disse:
- Quando eu te criei, fiz-te com dois órgãos muito importantes: Uma cabeça e um pênis.
O homem então perguntou:
- Mas então, Senhor, qual é a má notícia?
Deus respondeu:
- O sangue é pouco, por isso só funcionará um de cada vez...
Em compensação, quando Deus criou a primeira mulher, disse-lhe:
- Mulher, tenho uma boa e uma má notícia^...
- Qual é a boa meu Deus?
- A boa é que você foi criada com dois órgãos importantes: O cérebro e a vagina.
E qual é a ruim, meu Deus?
- O sangue em seu corpo será muito, como não usarás o primeiro órgão, então vazarás pelo segundo todo mês.
QUEM AVISOU, AMIGO FOI
Dora Kramer
A Comissão de Ética Pública bem que tentou avisar o presidente da República e evitar mais um problema de desvio de conduta entre seus auxiliares. Há meses pondera, em vão e ao custo de desmoralização pública, que existe potencial conflito de interesses no fato de um ministro ser ao mesmo tempo presidente de um partido.
Poderia se comportar com isenção, mas poderia também não resistir à tentação de, de alguma forma, usar dos instrumentos do cargo para favorecer a sua agremiação. Mais riscos potenciais existiriam se, como no caso de Carlos Lupi, o ministro estivesse no posto não por qualificação específica, mas por ser presidente do partido integrante da coalizão de governo.
Claro como a água limpa das nascentes. Este, porém, não foi o entendimento do ministro, de seu partido, das centrais sindicais, e até da Advocacia-Geral da União, posta no problema de forma indevida, já que a questão não é legal, é ética.
A respeito do que pensa o presidente da República nada se sabe, visto que Luiz Inácio da Silva tem ignorado a recomendação de sua Comissão de Ética, instância de assessoramento posta no mesmo patamar da AGU, de acordo com o organograma da Presidência da República.
Pois bem, a cada dia surgem novas informações dando conta de repasses de verbas do Ministério do Trabalho para entidades e amigos do PDT. Uma dessas transferências, de R$ 14 milhões a entidades ligadas à Força Sindical, controlada pelo partido presidido por Lupi, foi feita à revelia do parecer da consultoria jurídica do ministério.
Agora, a Folha de S. Paulo noticia que 12 convênios no valor de R$ 50 milhões foram assinados com entidades e políticos ligados ao PDT. Se isso não se configura favorecimento em virtude de o ministro presidir o partido privilegiado e daí se estabelecer nitidamente o conflito de interesses, que deixou de ser potencial para ser real, então de fato vale qualquer coisa.
Houve também o caso de um outro convênio para treinamento de mão-de-obra - de novo para instituição da área de influência da Força Sindical, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos -, cujo orçamento constante no pedido era 100% superior a serviços da mesma natureza prestados no governo do Estado de São Paulo.
Diante dos protestos, reduziu-se em 30% o montante do pleito, mas ficou patente a intenção de tirar proveito em forma de superfaturamento.
Tudo isso poderia ter acontecido com Carlos Lupi à frente ou não do ministério.
No governo passado houve alentada investigação da então Corregedoria-Geral da República (hoje Controladoria-Geral), comandada pela ministra Anadyr de Mendonça. Denunciou desvios de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), foi chamada de mal-amada pelo mal-educadíssimo presidente da Força, então vice na chapa presidencial de Ciro Gomes e hoje candidato do PDT a prefeito de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, e tudo por isso mesmo.
A presença do presidente do PDT no comando do ministério, entretanto, envolve o presidente em mais uma situação eticamente questionável - inclusive porque o problema já não é só o conflito entre partido e ministério, mas justamente os acertos resultantes da convergência entre um e outro - e demonstra que a Comissão de Ética Pública faz a sua parte, mas prega no deserto.
É tratada como se merecesse condenação, enquanto o ministro do Trabalho é defendido até por figuras de respeitabilidade, como o senador Cristovam Buarque, que, aliás, resolveu emprestar sua credibilidade também à defesa do reitor da UnB, Thimothy Mulholland.
Segundo Cristovam, seu único pecado foi cometer "um grande equívoco de prioridades".
No caso, o "equívoco" foi dar prioridade à aplicação de recursos na decoração de luxo dispensável da estupenda cobertura para servir de moradia ao Magnífico reitor.E por que citar o nome do senador Cristovam, já que não foi o único a defender Mulholland e Lupi?
Porque ele tem, ou deveria ter, compromisso com sua pregação em prol da educação como prioridade número um do Brasil. Promover educação, sabe o senador, não é só garantir escola. É também patrocinar valores de legalidade, legitimidade e civilidade.
Dora Kramer
A Comissão de Ética Pública bem que tentou avisar o presidente da República e evitar mais um problema de desvio de conduta entre seus auxiliares. Há meses pondera, em vão e ao custo de desmoralização pública, que existe potencial conflito de interesses no fato de um ministro ser ao mesmo tempo presidente de um partido.
Poderia se comportar com isenção, mas poderia também não resistir à tentação de, de alguma forma, usar dos instrumentos do cargo para favorecer a sua agremiação. Mais riscos potenciais existiriam se, como no caso de Carlos Lupi, o ministro estivesse no posto não por qualificação específica, mas por ser presidente do partido integrante da coalizão de governo.
Claro como a água limpa das nascentes. Este, porém, não foi o entendimento do ministro, de seu partido, das centrais sindicais, e até da Advocacia-Geral da União, posta no problema de forma indevida, já que a questão não é legal, é ética.
A respeito do que pensa o presidente da República nada se sabe, visto que Luiz Inácio da Silva tem ignorado a recomendação de sua Comissão de Ética, instância de assessoramento posta no mesmo patamar da AGU, de acordo com o organograma da Presidência da República.
Pois bem, a cada dia surgem novas informações dando conta de repasses de verbas do Ministério do Trabalho para entidades e amigos do PDT. Uma dessas transferências, de R$ 14 milhões a entidades ligadas à Força Sindical, controlada pelo partido presidido por Lupi, foi feita à revelia do parecer da consultoria jurídica do ministério.
Agora, a Folha de S. Paulo noticia que 12 convênios no valor de R$ 50 milhões foram assinados com entidades e políticos ligados ao PDT. Se isso não se configura favorecimento em virtude de o ministro presidir o partido privilegiado e daí se estabelecer nitidamente o conflito de interesses, que deixou de ser potencial para ser real, então de fato vale qualquer coisa.
Houve também o caso de um outro convênio para treinamento de mão-de-obra - de novo para instituição da área de influência da Força Sindical, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos -, cujo orçamento constante no pedido era 100% superior a serviços da mesma natureza prestados no governo do Estado de São Paulo.
Diante dos protestos, reduziu-se em 30% o montante do pleito, mas ficou patente a intenção de tirar proveito em forma de superfaturamento.
Tudo isso poderia ter acontecido com Carlos Lupi à frente ou não do ministério.
No governo passado houve alentada investigação da então Corregedoria-Geral da República (hoje Controladoria-Geral), comandada pela ministra Anadyr de Mendonça. Denunciou desvios de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), foi chamada de mal-amada pelo mal-educadíssimo presidente da Força, então vice na chapa presidencial de Ciro Gomes e hoje candidato do PDT a prefeito de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, e tudo por isso mesmo.
A presença do presidente do PDT no comando do ministério, entretanto, envolve o presidente em mais uma situação eticamente questionável - inclusive porque o problema já não é só o conflito entre partido e ministério, mas justamente os acertos resultantes da convergência entre um e outro - e demonstra que a Comissão de Ética Pública faz a sua parte, mas prega no deserto.
É tratada como se merecesse condenação, enquanto o ministro do Trabalho é defendido até por figuras de respeitabilidade, como o senador Cristovam Buarque, que, aliás, resolveu emprestar sua credibilidade também à defesa do reitor da UnB, Thimothy Mulholland.
Segundo Cristovam, seu único pecado foi cometer "um grande equívoco de prioridades".
No caso, o "equívoco" foi dar prioridade à aplicação de recursos na decoração de luxo dispensável da estupenda cobertura para servir de moradia ao Magnífico reitor.E por que citar o nome do senador Cristovam, já que não foi o único a defender Mulholland e Lupi?
Porque ele tem, ou deveria ter, compromisso com sua pregação em prol da educação como prioridade número um do Brasil. Promover educação, sabe o senador, não é só garantir escola. É também patrocinar valores de legalidade, legitimidade e civilidade.
SEXTA NOS JORNAIS
- JB: Mercado brasileiro recupera as perdas da crise dos EUA
- FOLHA: Brasil passa de devedor a credor externo
- ESTADÃO: Brasil vira credor internacional
- O GLOBO: Brasil reúne recursos para pagar toda dívida externa
-GAZETA MERCANTIL: Sabesp busca mercados em outros países
- ESTADO DE MINAS: Reforma tributária vai aliviar folha de empresas
-DIÁRIO DE NATAL:Edital do superaeroporto deve sair hoje
- JB: Mercado brasileiro recupera as perdas da crise dos EUA
- FOLHA: Brasil passa de devedor a credor externo
- ESTADÃO: Brasil vira credor internacional
- O GLOBO: Brasil reúne recursos para pagar toda dívida externa
-GAZETA MERCANTIL: Sabesp busca mercados em outros países
- ESTADO DE MINAS: Reforma tributária vai aliviar folha de empresas
-DIÁRIO DE NATAL:Edital do superaeroporto deve sair hoje
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
LIBERDADE RESTAURADA
Notícias STF
quinta-feira - 21 de fevereiro de 2008
Ministro defere liminar para suspender aplicação de artigos da Lei de Imprensa
O ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que juízes e tribunais suspendam o andamento de processos e os efeitos de decisões judiciais ou de qualquer outra medida que versem sobre alguns dispositivos da Lei de Imprensa (Lei 5.250/67). A decisão liminar, deferida parcialmente, deverá ser referendada pelo Plenário do Supremo.
Com essa descisão fica suspensa as ações movidas pelos CANALHAS da Igreja Universal contra a Folha, Estadão e outros jornais.
Notícias STF
quinta-feira - 21 de fevereiro de 2008
Ministro defere liminar para suspender aplicação de artigos da Lei de Imprensa
O ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que juízes e tribunais suspendam o andamento de processos e os efeitos de decisões judiciais ou de qualquer outra medida que versem sobre alguns dispositivos da Lei de Imprensa (Lei 5.250/67). A decisão liminar, deferida parcialmente, deverá ser referendada pelo Plenário do Supremo.
Com essa descisão fica suspensa as ações movidas pelos CANALHAS da Igreja Universal contra a Folha, Estadão e outros jornais.
PIADA NA VARANDA
A PULGA
Uma pulga está tomando sol na praia, toda bronzeada, embaixode um guarda-sol. Nisto, chega outra pulga, branca e morta de frio.
A primeira lhe pergunta:
- O que aconteceu?
-É que eu quis vir à praia, tomar um solzinho e entao subino bigode de um motociclista que vinha pra cá. Acontece que o caraveio a 200 km/h e eu quase congelei de frio!
A pulga bronzeada responde:
- Pô, você tem que fazer como eu: esconda-se no banheirofeminino e quando entrar uma garota, esconda-se na calcinha dela.Naqueles pelinhos macios, você viaja quentinha e segura!No fim de semana seguinte, voltam a encontrar-se na praia:A primeira, bronzeadíssima e a segunda branca e morta defrio.
- E agora, o que aconteceu? Não fez como eu disse?
- Claro que fiz. Me escondi no banheiro e quando a garota entrou e baixou a calcinha, eu me acomodei ali muitíssimo bem e dormi..
- Então, por que você está assim?
- Não faço a menor idéia. Quando acordei estava de novo a200 km/h no bigode do motociclista!
Colobaração enviada por Apolo.
A PULGA
Uma pulga está tomando sol na praia, toda bronzeada, embaixode um guarda-sol. Nisto, chega outra pulga, branca e morta de frio.
A primeira lhe pergunta:
- O que aconteceu?
-É que eu quis vir à praia, tomar um solzinho e entao subino bigode de um motociclista que vinha pra cá. Acontece que o caraveio a 200 km/h e eu quase congelei de frio!
A pulga bronzeada responde:
- Pô, você tem que fazer como eu: esconda-se no banheirofeminino e quando entrar uma garota, esconda-se na calcinha dela.Naqueles pelinhos macios, você viaja quentinha e segura!No fim de semana seguinte, voltam a encontrar-se na praia:A primeira, bronzeadíssima e a segunda branca e morta defrio.
- E agora, o que aconteceu? Não fez como eu disse?
- Claro que fiz. Me escondi no banheiro e quando a garota entrou e baixou a calcinha, eu me acomodei ali muitíssimo bem e dormi..
- Então, por que você está assim?
- Não faço a menor idéia. Quando acordei estava de novo a200 km/h no bigode do motociclista!
Colobaração enviada por Apolo.
QUINTA NOS JORNAIS
- JB: Rio é campeão da dengue
- FOLHA: Petrobras foi alvo de dois furtos, diz relatório
- ESTADÃO: Bovespa e BM&F negociam fusão e ações disparam
- O GLOBO: Dados roubados eram de megacampo da Petrobras
- GAZETA MERCANTIL: Fusão Bovespa-BM&F pode superar a Nyse
- ESTADO DE MINAS: Menor engravida na cadeia
- JB: Rio é campeão da dengue
- FOLHA: Petrobras foi alvo de dois furtos, diz relatório
- ESTADÃO: Bovespa e BM&F negociam fusão e ações disparam
- O GLOBO: Dados roubados eram de megacampo da Petrobras
- GAZETA MERCANTIL: Fusão Bovespa-BM&F pode superar a Nyse
- ESTADO DE MINAS: Menor engravida na cadeia
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
TOLICES E CELEBRIDADES NO BRASIL
Por MURILLO ARAGÃO*
Muitas celebridades se acham no direito de dar opinião sobre o que não sabem. É o dia-a-dia do Brasil. Tudo sob o respeitoso estímulo da imprensa que precisa delas para ocupar espaço. São muitos tolos falando tolices. Outras celebridades, para ocupar espaços e dar um polimento em suas imagens, adotam causas humanitárias. Assim, além de dar opinião sobre tudo, se vestem com o manto do “bom mocismo”. Tolice e “bom mocismo” são ingredientes perigosos para a verdade.
O debate sobre a transposição das águas do Rio São Francisco tem uma trinca “parada dura” de celebridades do “bom mocismo” inconseqüente: o bispo Dom Cappio, a atriz Leticia Sabatela e o ator Osmar Prado. Letícia, em seu papel de heroína de causas populares, se vê como salvadora dos povos ribeirinhos do São Francisco. Omar Prado chega para reforçar a trupe. Já o Bispo Dom Cappio pode até acreditar que chegará aos céus com a sua campanha. Quem sabe, virar santo. Acho que não. Até mesmo o Frei Genebro de Eça de Queiróz ficou pelo purgatório.
Vejam bem, chegar aos céus não é questão de boas intenções. Pior ainda quando elas parecem que são boas, mas não são. Infelizmente, dentro da abominável superficialidade que predomina em muitos debates no país, atitudes aparentemente honestas, revestidas de boas intenções e salpicadas de temperos éticos e regadas ao messianismo religioso ganham indevido espaço e respeito na mídia. Pior, atravancam o debate sério que deveria se instalar em torno de questões terríveis como a seca do Nordeste. Antes de ser contra a transposição do rio São Francisco, dom Cappio deveria ser o paladino da busca da verdade.
A postura de celebridades que buscam causas para aplacar o seu bom mocismo deveria ser objeto de profunda crítica no Brasil. Lamentavelmente, o que se passa é o contrário. A imprensa termina se alimentado do comportamento pueril, as vezes até histérico, de celebridades, em favor de “boas”causas para preencher seus espaços. No final das contas, a opinião “abalizada” da esclarecida Letícia Sabatela vale muito mais do que de pessoas que estudam os problemas e tentam encontrar respostas concretas para os desafios colocados a nossa frente.
Como atriz, Letícia Sabatela é até razoável. Como defensora de causas humanitárias, erra feio na postura. Prado vai de carona. Este sim, um extraordinário ator cuja humanidade na representação de seus papéis poderia ensejar uma reflexão desapaixonada dos problemas nacionais. A questão do rio São Francisco e, sobretudo, da seca do Nordeste são temas que merecem ampla reflexão e um debate em bases científicas. Infelizmente, prevalece o lado espetaculoso da questão. De que vale a ciência, se a vigorosa Sabatela é contra. Para poupar verbas públicas, poderíamos colocá-la como oráculo dos grandes problemas nacionais.
Parte da classe artística vive pendurada em benefícios estatais. São financiamentos e patrocínios que alimentam uma relação espúria onde o que é bom se destaca e o que é ruim da esfera pública se ignora. No entanto, existem questões óbvias que mereceriam o engajamento das celebridades. Por exemplo, ver a dupla Sabatela-Prado gritando e chorando na Praça dos Três Poderes contra o uso indiscriminados dos cartões corporativos. Será que aceitariam o desafio? Creio que não. Não tem o charme e o glamour de campanhas épicas e messiânicas como a questão do rio São Francisco.
Poderiam fazer uma campanha contra o uso de drogas no meio artístico já que, como se sabe, as drogas impulsionam um mundo subterrâneo de maldades, crimes, assassinatos, corrupção e muita violência. Será que topariam o desafio? Creio que não. Ao final das contas, fumar um baseado não é politicamente incorreto no meio artístico. A lógica é a de que tem tanta gente roubando e matando, por que deveriam se preocupar com o meu baseado? Outros dizem que estão fumando ou cheirando sem incomodar ninguém. Será que não incomodam? O certo é que a classe artística é omissa com relação à questão das drogas.
Defender o rio São Francisco é politicamente correto e garante espaço na mídia. Mesmo que o objetivo da dupla Sabatela-Prado não seja o de aparecer, até mesmo por que sendo globais teriam outras oportunidades, muitos precisam de ideologias e bandeiras para viver. A mídia, pelo seu lado, deveria ser mais responsável. Dar espaço ao lado sério da questão. Chega de Dom Cappios, Sabatelas e Prados! A opinião deles é inútil. Assim como a minha também. Em tempo, não sou nem contra nem a favor da transposição pelo simples fato de que não tenho informação suficiente para fazer um juízo de valor. Como não sou celebridade, minha opinião – graças a Deus – não faz a menor diferença.
*Murillo de Aragão é mestre em ciência política e doutor em sociologia pela UnB. É presidente da Arko Advice – Análise Política (Brasília – Porto Alegre – São Paulo – Belo Horizonte – Nova York).
Publicado no blog do Noblat
Por MURILLO ARAGÃO*
Muitas celebridades se acham no direito de dar opinião sobre o que não sabem. É o dia-a-dia do Brasil. Tudo sob o respeitoso estímulo da imprensa que precisa delas para ocupar espaço. São muitos tolos falando tolices. Outras celebridades, para ocupar espaços e dar um polimento em suas imagens, adotam causas humanitárias. Assim, além de dar opinião sobre tudo, se vestem com o manto do “bom mocismo”. Tolice e “bom mocismo” são ingredientes perigosos para a verdade.
O debate sobre a transposição das águas do Rio São Francisco tem uma trinca “parada dura” de celebridades do “bom mocismo” inconseqüente: o bispo Dom Cappio, a atriz Leticia Sabatela e o ator Osmar Prado. Letícia, em seu papel de heroína de causas populares, se vê como salvadora dos povos ribeirinhos do São Francisco. Omar Prado chega para reforçar a trupe. Já o Bispo Dom Cappio pode até acreditar que chegará aos céus com a sua campanha. Quem sabe, virar santo. Acho que não. Até mesmo o Frei Genebro de Eça de Queiróz ficou pelo purgatório.
Vejam bem, chegar aos céus não é questão de boas intenções. Pior ainda quando elas parecem que são boas, mas não são. Infelizmente, dentro da abominável superficialidade que predomina em muitos debates no país, atitudes aparentemente honestas, revestidas de boas intenções e salpicadas de temperos éticos e regadas ao messianismo religioso ganham indevido espaço e respeito na mídia. Pior, atravancam o debate sério que deveria se instalar em torno de questões terríveis como a seca do Nordeste. Antes de ser contra a transposição do rio São Francisco, dom Cappio deveria ser o paladino da busca da verdade.
A postura de celebridades que buscam causas para aplacar o seu bom mocismo deveria ser objeto de profunda crítica no Brasil. Lamentavelmente, o que se passa é o contrário. A imprensa termina se alimentado do comportamento pueril, as vezes até histérico, de celebridades, em favor de “boas”causas para preencher seus espaços. No final das contas, a opinião “abalizada” da esclarecida Letícia Sabatela vale muito mais do que de pessoas que estudam os problemas e tentam encontrar respostas concretas para os desafios colocados a nossa frente.
Como atriz, Letícia Sabatela é até razoável. Como defensora de causas humanitárias, erra feio na postura. Prado vai de carona. Este sim, um extraordinário ator cuja humanidade na representação de seus papéis poderia ensejar uma reflexão desapaixonada dos problemas nacionais. A questão do rio São Francisco e, sobretudo, da seca do Nordeste são temas que merecem ampla reflexão e um debate em bases científicas. Infelizmente, prevalece o lado espetaculoso da questão. De que vale a ciência, se a vigorosa Sabatela é contra. Para poupar verbas públicas, poderíamos colocá-la como oráculo dos grandes problemas nacionais.
Parte da classe artística vive pendurada em benefícios estatais. São financiamentos e patrocínios que alimentam uma relação espúria onde o que é bom se destaca e o que é ruim da esfera pública se ignora. No entanto, existem questões óbvias que mereceriam o engajamento das celebridades. Por exemplo, ver a dupla Sabatela-Prado gritando e chorando na Praça dos Três Poderes contra o uso indiscriminados dos cartões corporativos. Será que aceitariam o desafio? Creio que não. Não tem o charme e o glamour de campanhas épicas e messiânicas como a questão do rio São Francisco.
Poderiam fazer uma campanha contra o uso de drogas no meio artístico já que, como se sabe, as drogas impulsionam um mundo subterrâneo de maldades, crimes, assassinatos, corrupção e muita violência. Será que topariam o desafio? Creio que não. Ao final das contas, fumar um baseado não é politicamente incorreto no meio artístico. A lógica é a de que tem tanta gente roubando e matando, por que deveriam se preocupar com o meu baseado? Outros dizem que estão fumando ou cheirando sem incomodar ninguém. Será que não incomodam? O certo é que a classe artística é omissa com relação à questão das drogas.
Defender o rio São Francisco é politicamente correto e garante espaço na mídia. Mesmo que o objetivo da dupla Sabatela-Prado não seja o de aparecer, até mesmo por que sendo globais teriam outras oportunidades, muitos precisam de ideologias e bandeiras para viver. A mídia, pelo seu lado, deveria ser mais responsável. Dar espaço ao lado sério da questão. Chega de Dom Cappios, Sabatelas e Prados! A opinião deles é inútil. Assim como a minha também. Em tempo, não sou nem contra nem a favor da transposição pelo simples fato de que não tenho informação suficiente para fazer um juízo de valor. Como não sou celebridade, minha opinião – graças a Deus – não faz a menor diferença.
*Murillo de Aragão é mestre em ciência política e doutor em sociologia pela UnB. É presidente da Arko Advice – Análise Política (Brasília – Porto Alegre – São Paulo – Belo Horizonte – Nova York).
Publicado no blog do Noblat
QUARTA NOS JORNAIS
- JB: Fidel sai - Cuba busca novo caminho
- FOLHA: Fidel renuncia após 49 anos
- ESTADÃO: Fidel Castro renuncia, após 49 anos de poder em Cuba
- O GLOBO: Saída de Fidel abre espaço para transição em Cuba
- GAZETA MERCANTILl: Empresas vão à Justiça contra cálculo do Refis pela Receita
- ESTADO DE MINAS: Fidel sai de cena
- JB: Fidel sai - Cuba busca novo caminho
- FOLHA: Fidel renuncia após 49 anos
- ESTADÃO: Fidel Castro renuncia, após 49 anos de poder em Cuba
- O GLOBO: Saída de Fidel abre espaço para transição em Cuba
- GAZETA MERCANTILl: Empresas vão à Justiça contra cálculo do Refis pela Receita
- ESTADO DE MINAS: Fidel sai de cena
terça-feira, fevereiro 19, 2008
ARNALDO JABOR
ESTADÃO 19/02/07
O BRASIL PROGRIDE ENQUANTO DORME
A política brasileira me causa arrepios periódicos. Sempre que estamos na soleira de novos tempos, rolam-me tremores na espinha. Não quero bancar o sensitivo, mas esta era Lula está me arrepiando também, porque parece se estiolar numa mesmice de procedimentos políticos que parecem véspera de alguma explosão.
A roda viciada desse governo é sempre a mesma: anúncio de medidas não tomadas, radicalizações e indignações ''''verbais'''' do Executivo, seguidas de pressões dos aliados e corruptos, que conseguem vantagens, voltas atrás e acochambramentos, tudo amenizado por sorrisos carismáticos com covinha e piadinha de Lula. E, pronto, nada muda.
Graças à boa situação da economia mundial ainda, graças à macroeconomia da herança bendita, talvez até o jogo ''''vaselínico'''' de Lula seja melhor que se ele se deixasse levar por arroubos. Pelos menos o status quo fica intocado, enquanto o Banco Central segura as pontas.
Mas, até quando esse chove-não-molha vai agüentar?
Nada de real acontece neste país. Tudo se dissolve no ar. O mensalão se dissolveu, o Dirceu enriqueceu, botou cabelo, o Valério também cresceu cabelo, o Delúbio sorri, o Renan reina, os cartões corporativos viraram uma competição micha de cuspe-em-distância entre oposição e governo, enquanto os bilhões são postos em risco como nas indicações a Furnas, nos Fundos de Pensão, enquanto a Amazônia arde e depois os desmatadores são afagados e premiados, enquanto Marina Silva, mulher de bem, é abandonada. E nada se faz, nada termina.
Estamos precisando mais do que de ''''ação''''. Estamos precisando de fatos. Este governo está desmoralizando os fatos. Os acontecimentos não acontecem, se diluem, morrem. Lemos os jornais atolados de denúncias, de descobertas encobertas, de investigações que duram o espaço de uma manhã, como as rosas. Quando veremos um projeto aprovado, uma reforma, um ato de gestão importante? Quando veremos discussões no Congresso acima de negociações e puxa-saquismo para conseguir favores do Executivo? Quando? Esse Congresso que, no dizer do Garibaldi Alves com seu charme de raposa velha, foi transformado no quarto de despejo do Planalto. Ele disse que há uma espécie de ''''absolutismo presidencialista''''. É verdade, sim, mas ''''absolutismo relativo e malandro'''', pois a ideologia do Governo é o radicalismo do ''''tanto faz''''
...Lula usa a brutal resistência do ''''Atraso'''' como caldo de cultura para manter seu prestígio alto. Não fez um gesto de modernização; mas sabe muito bem manipular a sordidez que antes, de boca, condenava. E aí, navega no lodo, limpinho.
Estamos assistindo a uma nítida deterioração das instituições, quando ninguém teme mais nada, pois todos, do Renan ao reitor, todos descobriram que delitos e corrupção ''''não têm bronca'''', não têm ''''pobrema'''', não têm ''''mosquito''''; tudo acaba bem e esquecido. O que antes se fazia com vergonha e até com mais parcimônia, agora é feito às claras, com uma tácita aprovação do Executivo
.Trata-se da institucionalização da amoralidade útil, da desmoralização dos escândalos. Vivemos na República do ''''é assim mesmo''''. Os jornais estão cheios de crimes esquecidos, de eventos inconclusos, e o desencanto nos invade, perdendo o gás até para nos horrorizar.
E tudo isso é muito sutil, tudo adoçado pelo charme de ''''Maquiavel Macunaíma'''' do presidente; tudo fica invisível quase, tudo fica desmentido pela inesperada diminuição do desemprego, pelo aumento da produção industrial e pela estabilidade monetária. Que ótimo! A economia vai bem... Como explicar, se ninguém faz nada, a não ser o Banco Central e, obviamente, competências técnicas isoladas na máquina? Como bem disse o Oswaldo Aranha, há 60 anos, ''''O Brasil progride enquanto dorme''''
.Na minha pobre vida, já tive vários arrepios de pavor na véspera de desastres políticos.
Meu primeiro arrepio foi em 54, menino, ao lado do rádio, quando ouço o Repórter Esso: ''''O presidente Vargas acaba de se suicidar com um tiro no peito!''''
Depois, estou no estribo de um bonde, em 61. ''''Jânio Quadros renunciou!'''', grita um sujeito de chapéu e sem dentes. Gelou-me a alma. Eu já tivera uns arrepios quando ele proibira biquínis nas praias e inventara terninhos safári para funcionários públicos. Tínhamos eleito um louco!
Em 64, eu estava no comício da Central do Brasil. Clima de vitória do socialismo, sob as tochas dos bravos operários da Petrobrás. Jango discursando. Volto para casa e, do ônibus, vejo uma vela acesa em cada janela da classe média, em sinal de luto pelo comício da Esquerda. Outro arrepio. ''''Não vai dar certo'''' - foi a certeza brutal que me baixou.
Na capa da revista O Cruzeiro, um baixinho feio, vestido de verde-oliva, me olha. Quem é? É o novo presidente, Castelo Branco. Arrepio na alma: minha vida adulta seria corroída por aquele dia. Foram 21 anos.
Tancredo no hospital e o sorriso deslumbrado dos médicos de Brasília, amparando o presidente como um boneco de ventríloquo para a opinião pública. ''''Vai morrer!'''' - arrepiei-me. O jaquetão do Sarney, deslumbrado e contristado, me arrepiou. A foto sorridente de Collor, na capa da Veja, com o título ''''Caçador de Marajás'''' me deu pavor.
Em 94, com a vitória do Brasil na Copa e um intelectual da nova esquerda subindo ao poder, tive esperança. Mas, quando vi que a Academia em peso o sabotaria por inveja e rancor, sem dar-lhe apoio nenhum em sua tentativa de reformar o Estado patrimonialista, vi que a barra era mais pesada, que o atraso estava dentro de belas cabeças.
E agora, que arrepio é este que sinto?
Acho que algo muito ruim está cozinhando em banho-maria nosso avanço político. Há alguma coisa ''''não acontecendo'''' no Brasil que me dá arrepios.
ESTADÃO 19/02/07
O BRASIL PROGRIDE ENQUANTO DORME
A política brasileira me causa arrepios periódicos. Sempre que estamos na soleira de novos tempos, rolam-me tremores na espinha. Não quero bancar o sensitivo, mas esta era Lula está me arrepiando também, porque parece se estiolar numa mesmice de procedimentos políticos que parecem véspera de alguma explosão.
A roda viciada desse governo é sempre a mesma: anúncio de medidas não tomadas, radicalizações e indignações ''''verbais'''' do Executivo, seguidas de pressões dos aliados e corruptos, que conseguem vantagens, voltas atrás e acochambramentos, tudo amenizado por sorrisos carismáticos com covinha e piadinha de Lula. E, pronto, nada muda.
Graças à boa situação da economia mundial ainda, graças à macroeconomia da herança bendita, talvez até o jogo ''''vaselínico'''' de Lula seja melhor que se ele se deixasse levar por arroubos. Pelos menos o status quo fica intocado, enquanto o Banco Central segura as pontas.
Mas, até quando esse chove-não-molha vai agüentar?
Nada de real acontece neste país. Tudo se dissolve no ar. O mensalão se dissolveu, o Dirceu enriqueceu, botou cabelo, o Valério também cresceu cabelo, o Delúbio sorri, o Renan reina, os cartões corporativos viraram uma competição micha de cuspe-em-distância entre oposição e governo, enquanto os bilhões são postos em risco como nas indicações a Furnas, nos Fundos de Pensão, enquanto a Amazônia arde e depois os desmatadores são afagados e premiados, enquanto Marina Silva, mulher de bem, é abandonada. E nada se faz, nada termina.
Estamos precisando mais do que de ''''ação''''. Estamos precisando de fatos. Este governo está desmoralizando os fatos. Os acontecimentos não acontecem, se diluem, morrem. Lemos os jornais atolados de denúncias, de descobertas encobertas, de investigações que duram o espaço de uma manhã, como as rosas. Quando veremos um projeto aprovado, uma reforma, um ato de gestão importante? Quando veremos discussões no Congresso acima de negociações e puxa-saquismo para conseguir favores do Executivo? Quando? Esse Congresso que, no dizer do Garibaldi Alves com seu charme de raposa velha, foi transformado no quarto de despejo do Planalto. Ele disse que há uma espécie de ''''absolutismo presidencialista''''. É verdade, sim, mas ''''absolutismo relativo e malandro'''', pois a ideologia do Governo é o radicalismo do ''''tanto faz''''
...Lula usa a brutal resistência do ''''Atraso'''' como caldo de cultura para manter seu prestígio alto. Não fez um gesto de modernização; mas sabe muito bem manipular a sordidez que antes, de boca, condenava. E aí, navega no lodo, limpinho.
Estamos assistindo a uma nítida deterioração das instituições, quando ninguém teme mais nada, pois todos, do Renan ao reitor, todos descobriram que delitos e corrupção ''''não têm bronca'''', não têm ''''pobrema'''', não têm ''''mosquito''''; tudo acaba bem e esquecido. O que antes se fazia com vergonha e até com mais parcimônia, agora é feito às claras, com uma tácita aprovação do Executivo
.Trata-se da institucionalização da amoralidade útil, da desmoralização dos escândalos. Vivemos na República do ''''é assim mesmo''''. Os jornais estão cheios de crimes esquecidos, de eventos inconclusos, e o desencanto nos invade, perdendo o gás até para nos horrorizar.
E tudo isso é muito sutil, tudo adoçado pelo charme de ''''Maquiavel Macunaíma'''' do presidente; tudo fica invisível quase, tudo fica desmentido pela inesperada diminuição do desemprego, pelo aumento da produção industrial e pela estabilidade monetária. Que ótimo! A economia vai bem... Como explicar, se ninguém faz nada, a não ser o Banco Central e, obviamente, competências técnicas isoladas na máquina? Como bem disse o Oswaldo Aranha, há 60 anos, ''''O Brasil progride enquanto dorme''''
.Na minha pobre vida, já tive vários arrepios de pavor na véspera de desastres políticos.
Meu primeiro arrepio foi em 54, menino, ao lado do rádio, quando ouço o Repórter Esso: ''''O presidente Vargas acaba de se suicidar com um tiro no peito!''''
Depois, estou no estribo de um bonde, em 61. ''''Jânio Quadros renunciou!'''', grita um sujeito de chapéu e sem dentes. Gelou-me a alma. Eu já tivera uns arrepios quando ele proibira biquínis nas praias e inventara terninhos safári para funcionários públicos. Tínhamos eleito um louco!
Em 64, eu estava no comício da Central do Brasil. Clima de vitória do socialismo, sob as tochas dos bravos operários da Petrobrás. Jango discursando. Volto para casa e, do ônibus, vejo uma vela acesa em cada janela da classe média, em sinal de luto pelo comício da Esquerda. Outro arrepio. ''''Não vai dar certo'''' - foi a certeza brutal que me baixou.
Na capa da revista O Cruzeiro, um baixinho feio, vestido de verde-oliva, me olha. Quem é? É o novo presidente, Castelo Branco. Arrepio na alma: minha vida adulta seria corroída por aquele dia. Foram 21 anos.
Tancredo no hospital e o sorriso deslumbrado dos médicos de Brasília, amparando o presidente como um boneco de ventríloquo para a opinião pública. ''''Vai morrer!'''' - arrepiei-me. O jaquetão do Sarney, deslumbrado e contristado, me arrepiou. A foto sorridente de Collor, na capa da Veja, com o título ''''Caçador de Marajás'''' me deu pavor.
Em 94, com a vitória do Brasil na Copa e um intelectual da nova esquerda subindo ao poder, tive esperança. Mas, quando vi que a Academia em peso o sabotaria por inveja e rancor, sem dar-lhe apoio nenhum em sua tentativa de reformar o Estado patrimonialista, vi que a barra era mais pesada, que o atraso estava dentro de belas cabeças.
E agora, que arrepio é este que sinto?
Acho que algo muito ruim está cozinhando em banho-maria nosso avanço político. Há alguma coisa ''''não acontecendo'''' no Brasil que me dá arrepios.
NOBLAT DEU
Dessa vez Lula não foi bobo. Foi leviano
Há ocasiões em que Lula se limita a dizer bobagens. Do tipo: "Quando minha mãe nasceu era analfabeta". Ou "o sistema de Saúde do Brasil é quase perfeito". Tudo bem. Estamos acostumados.
Mas não foi uma bobagem o que ele disse hoje ao comentar as dezenas de ações impetradas na Justiça por fiéis da Igreja Universal contra o jornal Folha de S. Paulo e a jornalista Elvira Lobato.
Lula disse:
- A liberdade de imprensa pressupõe isso. Se escreve o que quer e se ouve o que não quer.
Dessa vez Lula não foi bobo. Foi leviano.
A Folha de S. Paulo publicou reportagem de Elvira Lobato sobre o império empresarial construído pelo bispo Edir Macedo, dono da Igreja Universal. Macedo se sentiu ofendido. E o que fez? Acionou seus auxiliares, que por sua vez acionaram fiéis da igreja em duas dezenas de Estados.
De uma ponta à outra do país, valendo-se dos mesmos argumentos e muitas vezes das mesmas expressões, dezenas de fiéis entraram na Justiça contra o jornal e a jornalista se dizendo ofendidos pela reportagem. E pedindo indenizações.
O jornal está empenhado em tentar reunir todas as ações em um único fórum para poder se defender delas. Ainda não conseguiu. Por ora, despacha a repórter e advogados para audiências marcadas do Acre ao Rio Grande do Sul. Se perde uma das audiências, arrisca-se a perder a causa.
No caso, não se trata de uma instituição, pessoa ou grupo de pessoas que processa um jornal e uma jornalista por alguma ofensa de que foi vítima. É clara a tentativa da Igreja Universal de intimidar o jornal, a jornalista e quem mais ouse escrever ou publicar o que possa desagradá-la.
Só não vê isso quem não quer ver.
Lula não quer ver. Por que é cego, desinformado? Não. Por que é bobo? Também não. Porque a liberdade de imprensa é um valor que ele só costuma exaltar da boca para fora, e em discursos e solenidades oficiais. Lula não gosta de notícia, como admitiu certa vez. Gosta de publicidade.
Há ocasiões em que Lula se limita a dizer bobagens. Do tipo: "Quando minha mãe nasceu era analfabeta". Ou "o sistema de Saúde do Brasil é quase perfeito". Tudo bem. Estamos acostumados.
Mas não foi uma bobagem o que ele disse hoje ao comentar as dezenas de ações impetradas na Justiça por fiéis da Igreja Universal contra o jornal Folha de S. Paulo e a jornalista Elvira Lobato.
Lula disse:
- A liberdade de imprensa pressupõe isso. Se escreve o que quer e se ouve o que não quer.
Dessa vez Lula não foi bobo. Foi leviano.
A Folha de S. Paulo publicou reportagem de Elvira Lobato sobre o império empresarial construído pelo bispo Edir Macedo, dono da Igreja Universal. Macedo se sentiu ofendido. E o que fez? Acionou seus auxiliares, que por sua vez acionaram fiéis da igreja em duas dezenas de Estados.
De uma ponta à outra do país, valendo-se dos mesmos argumentos e muitas vezes das mesmas expressões, dezenas de fiéis entraram na Justiça contra o jornal e a jornalista se dizendo ofendidos pela reportagem. E pedindo indenizações.
O jornal está empenhado em tentar reunir todas as ações em um único fórum para poder se defender delas. Ainda não conseguiu. Por ora, despacha a repórter e advogados para audiências marcadas do Acre ao Rio Grande do Sul. Se perde uma das audiências, arrisca-se a perder a causa.
No caso, não se trata de uma instituição, pessoa ou grupo de pessoas que processa um jornal e uma jornalista por alguma ofensa de que foi vítima. É clara a tentativa da Igreja Universal de intimidar o jornal, a jornalista e quem mais ouse escrever ou publicar o que possa desagradá-la.
Só não vê isso quem não quer ver.
Lula não quer ver. Por que é cego, desinformado? Não. Por que é bobo? Também não. Porque a liberdade de imprensa é um valor que ele só costuma exaltar da boca para fora, e em discursos e solenidades oficiais. Lula não gosta de notícia, como admitiu certa vez. Gosta de publicidade.
TERÇA NOS JORNAIS
- JB: Ministério escondeu cartões do Congresso
- FOLHA: Receita aperta o cerco a dependentes
- ESTADÃO: Incra fará pente-fino em fazendas na Amazônia
- O GLOBO: Projeto do governo proíbe fumo em locais fechados
- GAZETA MERCANTILl: Reajuste do minério preocupa a indústria
- ESTADO DE MINAS: As novas regras e o calendário do IR 2008
- JB: Ministério escondeu cartões do Congresso
- FOLHA: Receita aperta o cerco a dependentes
- ESTADÃO: Incra fará pente-fino em fazendas na Amazônia
- O GLOBO: Projeto do governo proíbe fumo em locais fechados
- GAZETA MERCANTILl: Reajuste do minério preocupa a indústria
- ESTADO DE MINAS: As novas regras e o calendário do IR 2008
Assinar:
Postagens (Atom)