domingo, fevereiro 15, 2015

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“O dinheiro servia para pagamentos da Camargo Corrêa… ao PT”
Megadoleiro Alberto Youssef, em delação premiada no âmbito da operação Lava Jato


CUNHA MUDOU EIXO DO PODER PARA O CONGRESSO

Dilma entrou em pânico, e correu para pedir arrego a Lula, após concluir que o novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dez dias após assumir o cargo, mudou o “eixo do poder” para o Legislativo, retirando do Executivo a primazia de iniciativas políticas importantes. De Lula, ela ouviu queixas sobre várias suas escolhas e principalmente de sua desarticulada área de “articulação política”.

SEM PERIGO DE DAR CERTO

Na conversa com Dilma, Lula detonou Aloizio Mercadante, que para ele sequestrou o governo, e disse achar inútil Pepe Vargas na Articulação.

OS TRÊS PATETAS

Papeando com políticos aliados, Lula usou até mímica para ridicularizar o trio de “articuladores” Mercadante, Miguel Rossetto e Pepe Vargas.

QUEIXAS

As criticas de Lula ao governo foram reiteradas a Dilma na conversa entre os dois. Como ter sido alijado da escolha dos novos ministros.

PORTAS ABERTAS

Cunha ordenou que nenhum deputado seja barrado no seu gabinete. Quer portas abertas para governistas e oposicionistas, sem distinções.

BRIGA POR CARGOS NO PCDOB DEIXA DEPUTADOS MAL

Assessores de campanhas do PCdoB estão revoltados com deputados federais que ajudaram a eleger. A cúpula do Partido Comunista do Brasil exigiu para militantes 30% dos cargos na Câmara, agora, ricas boquinhas. Os deputados haviam prometido recompensar o pessoal de campanha com os cargos, mas agora dizem que a promessa dependia da vitória de Arlindo Chinaglia (PT-SP) para presidente da Câmara.

SÓ ‘COMUNA’

A ordem da executiva nacional é que os cargos cobrados de cada gabinete sejam preenchidos “pela militância” comunista.

GOVERNADOR EM CAMPO

Até o governador Flávio Dino (MA) entrou na briga. Deu a Márcio Jerry, seu braço direito, a missão de tentar apaziguar os ânimos.

TOC TOC

O problema não é só do PCdoB. Com o início da legislatura, gabinetes do PR e do PDT também tiveram filas cobrando o cargo prometido.

TÁ EXPLICADO

O PMDB não tem interesse num impeachment de Dilma. Michel Temer só poderia assumir o cargo se o “bota fora” ocorresse após metade do mandato. Caso contrário, haveria nova eleição.

DIGNIDADE

Suplente de Vital do Rêgo, hoje no TCU, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) tem a dignidade de defender o fim do suplentes sem votos. Para ele, o titular deve ser substituído pelo segundo mais votado.

PERDEU

O presidente do Senado, Renan Calheiros, perdeu visibilidade para o deputado Eduardo Cunha, na cena política de Brasília. O carioca substitui o alagoano como personagem central das aflições de Dilma.

ANTÍDOTO PARA MENTIROSOS

Candidato a vice de Serra em 2010, Índio da Costa (PSD-RJ) vai propor o Código de Defesa do Eleitor para proibir reeleição de quem promete na campanha e não cumpre: “Dilma é exemplo escancarado”.

BALCÃO DE NEGÓCIOS

Líderes pressionam o Planalto para – tão logo termine o Carnaval – distribuir boquinhas do segundo escalão para deputados governistas. Ou pode amargar novas derrota, incluindo a PEC da Bengala.

QUEM SE IMPORTA?

Só dois ministros do PT telefonaram para cumprimentar o deputado Leonardo Picciani (RJ) pela eleição a líder do PMDB: Pepe Vargas (Articulação) e Arthur Chioro (Saúde). Aloizio Mercadante ignorou.

TIRO CERTEIRO

O “distritão”, eleição majoritária para deputados e prefeitos, é duro golpe em siglas como PT, PDT, PPS, PSOL e PV. Neste sistema, saem beneficiadas aquelas com mais caciques, como PMDB, PTB e PSDB.

TUDO DOMINADO

Os deputados Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral, e Pedro Paulo pediram exoneração de suas secretarias no Rio para votar em Leonardo Picciani (RJ), novo líder do PMDB na Câmara.

ISOLAMENTO

Isolado na Câmara, o DEM não obteve espaço em qualquer bloco. Tenta se livrar da pecha de “coronelista” e de estar em extinção. Sem sucesso.


PODER SEM PUDOR

DEUS NO CÉU, ACM...

ACM detestava Fernando Henrique e tinha lá suas razões. Quando presidente, FHC costumava contar uma piada ocorrida após a morte do babalaô. No Inferno, ACM tirou do sério o Diabo, que telefonou a Deus pedindo socorro:

- Não agüento mais! ACM dá palpite em tudo, quer saber as maldades, sugere aperfeiçoamentos. Não dá. Leve ele aí pra cima.

Deus aceitou ACM. Tempos depois, intrigado, o Demo ligou para o Céu:

- Deus?...

- Qual dos dois? - responderam do outro lado da linha.

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