sábado, outubro 18, 2014

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“Não sofri com esse tipo de coisa”
Deputado Tiririca (PR-SP), sobre preconceito contra nordestinos durante a campanha


Costa era quase ministro quando Lava Jato estourou 


Dilma nega agora, mas por um triz o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa deixou de ser nomeado ministro das Cidades. Ele esteve entre os indicados do Partido Progressista (PP) para substituir Aguinaldo Ribeiro, em reunião na Casa Civil da Presidência em 11 de março passado. Ribeiro deixaria o cargo seis dias depois (17), data da Operação Lava Jato, que prendeu o ex-diretor.

Ainda esnobou

Paulo Roberto Costa estava entre os nomes levados pelo PP a Dilma. Mas, consultado pela Casa Civil do Planalto, ele declinou da indicação.

Batom na cueca

A PF descobriu troca de mensagens, no celular do doleiro Alberto Youssef, atestando o convite que o ex-diretor da Petrobras esnobou.

Olha o nível

Ciro Nogueira, presidente do PP, disse que levou a Aloizio Mercadante (Casa Civil) opções “de alto nível” para substituir Aguinaldo Ribeiro.

Tutti buona gente

Da reunião sobre opções para ministro das Cidades participaram o líder do PP na Câmara, Eduardo da Fonte (PE), e a ministra Ideli Salvatti.

Youssef ficou de fora do suposto acerto

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa fez uma ressalva, ao revelar à Justiça Federal, sob delação premiada, que mandou pagar R$ 10 milhões ao falecido senador Sergio Guerra (PSDB), em troca do fim de uma pretendida CPI para investigar malfeitorias da estatal, em 2009. Segundo ele, foi uma das raras operações das quais não participou o seu parceiro Alberto Youssef, preso como ele na Operação Lava Jato.

Parabéns pra você

Deflagrada em 17 de março deste ano, a Operação Lava Jato completou sete meses nesta sexta-feira. Merecia bolo de aniversário.

Trem pagador

O pagamento dos R$ 10 milhões foi feito, diz o ex-diretor, pelo presidente da empreiteira Queiroz Galvão, Ildefonso Colares.

Investigador

Se há pernambucanos no Petrolão, há pernambucano empenhado na sua devassa: José Jorge, ministro do TCU.

PT soa o alarme

A pesquisa IstoÉ/Sensus desta sexta (17) acionou todos os alarmes na campanha do PT: Aécio (PSDB) abriu 12,8 pontos, com 56,4% dos votos válidos, contra 43,6% de Dilma. Os petistas sabem que o Sensus foi o único grande instituto a prever que Aécio chegaria ao 2º turno.

Doença ousada

Até doente, Dilma tem dificuldade de ser gentil. Ao perceber queda de pressão, pôs o dedo em riste e disse à repórter do SBT, adotando tom de advertência em lugar de súplica: “Eu não estou me sentindo bem!”.

Freire a frente

Ficou para depois do 2º turno a fusão PSB-PPS, proposta pelo falecido ex-governador Eduardo Campos. O novo Partido Socialista adotará a sigla PS40 e deve mesmo ser presidido pelo deputado Roberto Freire.

Força-tarefa

Em disputa acirrada pelo governo contra Delcídio Amaral (PT-MS), o tucano Reinaldo Azambuja conta com presença do governador Geraldo Alckmin em ato de campanha hoje, e de Aécio Neves na terça (21).

Troco petista

Após campanha de primeiro turno usando azul em lugar do vermelho petista, Delcídio Amaral enfrenta dificuldades para convencer estrelas do seu partido a irem ao Mato Grosso do Sul apoiá-lo.

Tá feia a coisa

A médica e deputada Jandira Feghali, líder do PCdoB na Câmara, saiu do Rio para organizar o ato “Saúde com Dilma” em São Paulo. O tema é considerado sensível, após a categoria declarar apoio a Aécio Neves.

Milicianos

Após ter o vidro traseiro de seu carro destruído quando se dirigia a ato de entidades católicas, o governador Camilo Capiberibe (PSB-AP) desabafou nas redes sociais: “São milicianos ferindo a democracia”.

É sempre bom lembrar

O horário de verão começa neste sábado. À meia-noite, os relógios têm de ser adiantados em uma hora no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A mudança vai vigorar até 22 de fevereiro.

A saúde sofre

O chilique de Dilma no SBT pode ser da irritação represada. Habituada a gritar até com ministros, custa-lhe muito ouvir críticas de Aécio sem reagir aos berros. Faz mal à saúde.


PODER SEM PUDOR

Rigor conventual

O então governador de Pernambuco Roberto Magalhães oferecia um almoço a empresários de outros Estados, no Palácio das Princesas. Durante a sobremesa, um dos convidados elogiou a fruta servida. Sileno Ribeiro, poderoso secretário do Gabinete Civil, resolveu brincar:

- É um fruto divino!


Brincou com fogo.

D. Jane, a primeira-dama, católica fervorosa, achou que o secretário cometera uma blasfêmia. E exigiu sua demissão.

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