sexta-feira, outubro 17, 2014

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“Vamos mudar o Congresso para a Papuda”
Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB, e o fim do financiamento privado de campanha


Líder do PP aproximou ex-diretor de Sergio Guerra

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa relatou à Justiça, sob delação premiada, uma reunião em 2009 com o falecido senador Sergio Guerra (PE), presidente do PSDB, articulada pelo deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), na qual ficou acertada a doação de R$ 10 milhões para a campanha local. Ele diz que a reunião ocorreu durante ameaça de criação de CPI sobre negócios suspeitos na Petrobras.

O CEO aparece

Paulo Roberto contou que, a seu pedido, Ildefonso Colares, presidente da empreiteira Queiroz Galvão, pagou o acerto com Fonte e Guerra.

Sob suspeita

A Queiroz Galvão, segundo Paulo Roberto Costa, estava no centro das acusações de irregularidades a serem investigadas pela CPI, na época.

Resposta padrão

A Queiroz Galvão reiterou sua resposta padrão: “todas as doações realizadas pela empresa seguem rigorosamente a legislação eleitoral”.

Sem resposta

A coluna procurou insistentemente o líder do PP, Eduardo da Fonte, mas ele não retornou as ligações até o fechamento da edição.

Cabral articula para desbancar Temer

Com o tucano Aécio Neves empatado com Dilma Rousseff na briga pelo Palácio do Planalto, o ex-governador fluminense Sérgio Cabral já se movimenta para desbancar o vice-presidente da República, Michel Temer, do comando do PMDB. O líder do partido, Eduardo Cunha (RJ), sinalizou esta semana apoio a eventual governo tucano e mandou o recado: Temer não conduzirá o partido se Aécio vencer no 2º turno.

Projeto de poder

Cotado para presidir a Câmara em 2015, Eduardo Cunha já vislumbra o prefeito do Rio, Eduardo Paes, na disputa pela Presidência em 2018.

Olho em 2016

O deputado Leonardo Picciani, filho do presidente estadual do PMDB-RJ, planeja disputar a sucessão de Paes na prefeitura do Rio.

Ajustando contas

A deputada Sandra Rosado (RN) atribui sua derrota a Wilma de Faria. Ambas do PSB. A ex-governadora também perdeu para o Senado.

Sonho de banqueiros

A família Setúbal sonha com Ilan Goldfajn, economista-chefe do seu banco Itaú, na presidência do Banco Central. E Neca Setúbal, uma das herdeiras do banco, ministra da Educação de eventual governo Aécio. Ela descansa na Europa do estresse da campanha de Marina.

São todos Geni

Vice-governador eleito de SP, Márcio França (PSB) compara os políticos com a personagem “Geni”, de música de Chico Buarque: “Políticos apanham, enfrentam eleição, e voltam a apanhar”.

Costa mentiu, diz Bezerra

O ex-ministro Fernando Bezerra disse ontem que não conhece e nem tratou de doações com Alberto Youssef, como diz Paulo Roberto Costa. Admite contatos institucionais com o ex-diretor da Petrobras, que para ele foi leviano e mentiu, para manchar a memória de Eduardo Campos.

Pegou mal

Gerou mal-estar no PSB a decisão da senadora Lídice da Mata (BA) de apoiar a reeleição de Dilma para fazer média com governador eleito, Rui Costa. O PSB só liberou apoio em Estados que disputam 2º turno.

Uso da máquina

Mais um exemplo do uso da máquina para beneficiar candidatos. No Acre, governado pelo petista Tião Viana, ônibus estadual faz campanha por Dilma. O flagrante foi em Epitacolândia, 242 km de Rio Branco.

Falta de vergonha

A Brasil CT, que administra o programa de pontos dos cartões de crédito do Santander, confessa em seu site ser expert em “soluções que permitem manutenção de breakage”. Ou seja, trabalha para que os pontos caduquem antes de serem utilizados.

Coisa de cinema

A TV Câmara montou estrutura de fazer inveja a muitos candidatos: aproveitou a única sessão deliberativa da semana para fazer imagens do Plenário com uma grua.

Projeto adiado

O governo divulgou nota recuando do plano, revelado nesta coluna, de nomear não concursados para cargos comissionados no Ministério das Relações Exteriores. Os cargos são velha aspiração do PT, especialista no aparelhamento de órgãos públicos.

Pergunta no boteco

Após dirigir o País sem abrir mão da água que passarinho não bebe, Lula tem mesmo como reclamar e criticar quem dirige depois de beber?


PODER SEM PUDOR

Confiança

Homem recatado, Djalma Marinho sempre foi um político respeitado, um homem sábio, no Rio Grande do Norte ou em Brasília. Não era para menos. Certa vez, em campanha no interior, ele acabou atraído para dançar com uma eleitora, numa festa. Um amigo resolveu brincar com a situação, mesmo sabendo do comportamento reto de Marinho:

- Dr. Djalma, e se a sua esposa ficar sabendo disso?

- Minha mulher não acredita em ressurreição, meu caro - respondeu.

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