sexta-feira, setembro 13, 2013

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“Não vejo razão para mudar [o voto]”
Ministro Celso de Mello (STF) sinalizando que acatará os embargos infringentes



ESTÁDIO DE MS SOB SUSPEITA

O governo de Mato Grosso do Sul contratou por R$ 19,4 milhões a empresa Kango Brasil Ltda, única licitante, para fornecer e instalar 44,5 mil cadeiras na Arena Pantanal, construída em Cuiabá para a Copa de 2014. A mesma empresa cobrou bem menos, R$ 12,7 milhões, para fornecer quase o dobro (72,4 mil cadeiras) ao Estádio Mané Garrincha, de Brasília, tantas vezes acusado de custar mais que os outros.

VÍCIO DE ORIGEM

No início do ano, o governo de MS suspendeu a licitação após reclamação das concorrentes de que o edital favorecia a Kango.

SEM EXPLICAÇÃO

A Secretaria Extraordinária da Copa-MS negou esclarecimentos alegando desconhecer “especificações técnicas de produtos adquiridos” no Distrito Federal.

ZORRA TOTAL

Depois do vale-cultura, vem aí o vale-tudo, caso o Supremo adie ou talvez até revogue a cadeia para os mensaleiros do governo Lula.

FINAL DE COPA

A reta final do julgamento do mensalão liderou a audiência das TVs no Ibope. E o volume de tráfego de dados deixou a internet mais lenta.

INVESTIGADO MANTÉM PODER

Além de manter influência sobre decisões na Fundação Banco do Brasil, como demonstram telefonemas gravados com autorização judicial, o petista Jacques Pena determina ações importantes na atual gestão do Banco de Brasília, o BRB, que ele também presidiu por alguns meses até ser demitido pelo governador Agnelo Queiroz. Pena saiu, mas deixou sua turma em postos estratégicos no BRB.

TEIA DO PODER

São ligados a Jacques Pena os presidentes da corretora de seguros BRB, do BRB Cartão, do fundo Regius e da BRB Financeira.

MANDA MUITO

Também são ligados a Jacques Pena, no BRB, o vice-presidente e os diretores Administrativo, Financeiro e de Tecnologia da Informação.

SAINDO DE CENA

Investigados, como Jacques Pena, o presidente e o diretor-executivo da Fundação BB saíram pela porta dos fundos: pediram aposentadoria.

DESVIO DE FOCO

Não é a espionagem americana que preocupa Dilma, mas a galopante deterioração das contas do Brasil, ameaçado de rebaixamento pelas agências internacionais de rating e de um retorno amargo ao FMI.

SÓ AGORA?

Após denúncias de corrupção, o ministro Manoel Dias (Trabalho) tem repetido o mantra de que fará uma “devassa” em cerca de mil contratos. Seu chefe, ex-ministro Carlos Lupi, pode não gostar disso...

MEU PAPAI

A prefeitura petista de São Bernardo (SP) “blindou” Janaína, filha do líder porralouca do MST, João Pedro Stédile, de perguntas de repórteres. Ela é a nova e feliz ocupante de uma boquinha.

VOZ DAS RUAS

A página da ministra Rosa Weber foi “bombardeada” com protestos no Facebook, ontem, após ela aceitar os embargos infringentes dos mensaleiros no Supremo Tribunal Federal, na quarta-feira (11).

IMPASSE

O PMDB deverá levar à presidente Dilma mapeamento apontando São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará e Paraná como os Estados mais problemáticos para manutenção da aliança com o PT em 2014.

MAIS O QUE FAZER

Blairo Maggi (PR-MT) parece priorizar outras coisas, em vez do Senado. Na votação da PEC da Música, nesta quarta-feira, estava apressado: “Vamos votar logo, tenho outros compromissos”.

NÃO VEM DE GRAÇA

Relator da minirreforma eleitoral, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) articula acordo com o PT a fim de votá-la na Câmara a tempo de valer para 2014: “O projeto reduz custos de campanha, ajudando deputados e eleitores que, no fim das contas, é quem paga tudo”.

BOM ENTENDEDOR

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a fusão das marcas de preservativos Olla e Jontex, diz seu presidente, porque é dever do Estado estimular o “crescimento” dos produtos.

CONTA OUTRA

Sabe a última do Delúbio Soares? Vai contar só ao companheiro de cela o final daquela piada de salão mensaleira.


PODER SEM PUDOR

ACERTO DE CONTAS

Sem dinheiro para a campanha à reeleição, em 1954, o deputado Paulo Pinheiro Chagas (PSD-MG) acertou uma espécie de "cheque especial" com um primo, gerente de banco em Belo Horizonte. Precisou, passava cheque.

Ao final da campanha, gastou mais do que o gerente esperava. Mas foi salvo por um bilhete premiado de loteria, que lhe daria uma quantia maior que a dívida. Jogou o papelzinho sobre o birô do primo, num gesto teatral:

- Carrasco dos endividados, receba, pague e credite!

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