sábado, setembro 29, 2012

CLAUDIO HUMBERTO

“Não sou vítima de ninguém, a não ser de mim mesmo”
Ex-deputado Roberto Jefferson, réu do mensalão, sobre sua condenação do STF


PARA ENTRAR NO STF VALE TUDO, ATÉ A COR DA PELE

Após insinuar que o currículo do colega Marco Aurélio não influiu na sua indicação para o Supremo Tribunal Federal, o ministro Joaquim Barbosa ficou sujeito a ouvir que critérios de escolha variam em cada presidente e, no caso dele, a cor da pele pesou mais que a marcante trajetória. Lula queria ser o presidente a indicar o primeiro negro para o STF, embora o currículo de Barbosa tenha ajudado a definir a escolha.

O “PADRINHO”

Lula pediu aos assessores “um negrão” para ser indicado ao STF, e quem localizou Barbosa foi o então assessor palaciano Frei Betto.

CURRÍCULO

Outros juristas negros foram sugeridos a Lula, quase todos com currículos admiráveis. Um deles se chamava Joaquim Barbosa.

BOLA NO CHÃO

Joaquim Barbosa ficou irritado porque suas críticas a Marco Aurélio não saíram no site do STF. Foi o presidente Ayres Brito tentando reduzir tensões.

NO BRAÇO?

O primeiro atrito de Joaquim Barbosa foi com Marco Aurélio, que até o desafiou a resolver diferenças nas condições que o colega “quisesse”.

JUSTIÇA BLOQUEIA BENS DO SECRETÁRIO-GERAL DO PT

A Justiça de São Paulo bloqueou os bens do secretário-geral do PT, Elói Pietá, por irregularidades na construção de uma avenida, quando era prefeito de Guarulhos. A obra, segundo a denúncia, provocou prejuízos de mais de R$ 47 milhões aos cofres públicos. Também foram congelados os bens do prefeito anterior, Jovino Candido (PV), e da construtora baiana OAS. Os acusados poderão recorrer.

“RESERVA MORAL”

Com sua administração bem avaliada pelos munícipes, o ex-prefeito Elói Pietá é tido como uma espécie de “reserva moral” do PT.

TURMA DO MANIFESTO

Elói Pietá, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) e o governador gaúcho Tarso Genro lideram a facção petista “Manifesto ao Partido”.

MISSÃO IMPOSSÍVEL

Para o deputado Mendes Thame (PSDB-SP), o tucano José Serra precisa apostar mais no “lado humano”, na reta final em São Paulo.

SEM CONCURSO NÃO DÁ

O Tribunal de Contas da União recebeu denúncia contra o prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, por empregar 2.848 pessoas nas áreas de Saúde e de Administração, sem concurso. Só em agosto foram 1.108. O TCU enviou a denúncia à Secretaria de Controle Externo na Paraíba.

PRESIDENCIÁVEIS DO PTB

A licença de Roberto Jefferson da presidência do PTB faz o partido cogitar um sucessor. Credenciam-se os senadores Gim Argello (DF) e Armando Monteiro (PE) e o deputado Nelson Marquezelli (SP).

POR ENCOMENDA

Setores do governo acreditam que o suposto roubo de arquivos de computadores do Comitê Olímpico de Londres foi cumprimento de tarefa de dirigentes do Comitê Olímpico Brasileiro. E busca provas.

MENSALÃO ELEITOR

Ex-prefeita Luiza Erundina (PSB) acha que o julgamento do mensalão prejudicou a campanha do candidato do PT, Fernando Haddad. Mas acha que ele vai ao segundo turno contra Celso Russomanno (PRB).

RODA PRESA

O Ministério Público Federal em São Paulo recomendou ao ministro Aldo Rebelo (Esporte) a anulação do projeto de R$ 1 milhão por incentivo fiscal ao Instituto Emerson Fittipaldi. O dinheiro público, segundo o MP, beneficiaria apenas o neto do campeão, Pietro Fittipaldi.

MARCHA FÚNEBRE

O advogado Luiz Francisco Barbosa acredita que seu cliente Roberto Jefferson será condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro “com base no equívoco inicial do relator Joaquim Barbosa”. Misterioso, promete que “muitas lágrimas serão derramadas até o Dia de Finados”.

ATÉ O FIM

Sobre eventual perdão judicial, sugerido pelo ministro Luiz Fux, Barbosa afirma, em nome de Roberto Jefferson, que “não estamos pedindo clemência, mas Justiça”.

PRIMEIRÃO

Lula é mais uma vez forte candidato ao Troféu Pinóquio de 2012 por superar-se na última declaração sobre o mensalão: “A população deve ter orgulho do combate à corrupção nos meus dois mandatos”.

PERGUNTA NO COMÍCIO

Lula é “líder de facção”, como disse Aécio Neves, ou “líder de ficção”? 

PODER SEM PUDOR

SLOGAN INFELIZ, DERROTA CERTA

Na eleição de 1994 não era mesmo a vez do candidato do PMDB ao governo paulista, Barros Munhoz. Pudera. O símbolo da campanha era um garfo e um prato com o slogan "Ninguém é feliz de barriga vazia". E contratou centenas de moças para agitar bandeiras com essas inscrições, nas ruas. Além de errar na logomarca e no slogan, a campanha deixava as moças horas a fio, sob sol e chuva. Um dia, elas foram enfeitar a inauguração de um comitê do PMDB e, quando o candidato chegou, foi recebido com mau humor pelas colaboradoras. Eram 20h e estavam ali desde as 10h, sem comer. Uma delas se aproximou de Munhoz, agitou a bandeira e exclamou:

- Olha, doutor Munhoz, a gente está de barriga vazia!

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