O GLOBO - 07/01/12
Dilma, que é Dilma, antecipou sua volta ao trabalho. Mas, a maioria dos seus ministros não.
Parte deles, como Padilha e até o demissionário Haddad, descansa em praias paradisíacas.
Conselho
Pega um calção e vai para lá, Mercadante!
Pelo amor de Deus!
A cada declaração, o cara fica mais distante do MEC.
Gritaria
O vice Michel Temer deixou o hospital ontem, depois de ter tirado a vesícula.
Os médicos decretaram repouso absoluto, por uma semana.
E o PMDB respeita isso?
Henrique Alves e Geddel Vieira Lima já ligaram, insuflando o vice a brigar pela não nomeação de Ciro Gomes no Ministério. Alegam que se o PSB pode ter mais um, o PMDB também.
Lado ruim
O veto a Ciro é a primeira prévia sucessória dentro do governo.
A questão não se resume apenas à disputa dos irmãos Gomes com o governador Eduardo Campos pelo comando da legenda.
É muito mais complexa do que parece! Mudaria completamente a relação interna do governo. Ciro sempre chamou o PMDB de partido de ladrões e, Michel, de chefe da quadrilha.
Agora, Michel seria chefe dele!
Não vamos nem falar do fator Aécio Neves para não complicar o raciocínio.
Lado bom
Do ponto de vista administrativo, Ciro Gomes é visto como uma peça importante para tirar o governo desse marasmo.
O cara arregaça mangas, arromba portas e resolve.
Mas seu pedágio é caro.
Para nós, repórteres, uma beleza: notícia toda hora.
Dilma deve recuar na reforma ministerial
Estamos a poucas horas ou, no máximo, poucos dias da posse definitiva de Dilma Rousseff como presidente da República e nada vazou ainda sobre o primeiro ministério nomeado só por ela. É bem verdade que a presidente, ao longo de um ano, foi dispensando quase todas as indicações de Lula e, portanto, não se espera uma reforma ministerial ampla.
A reforma parece ser mais de atitudes do que de nomes.
Tudo o que foi especulado, foi da responsabilidade dessa figura tão impessoal chamada “Palácio do Planalto”. O curioso é que, ao que consta, nenhuma dessas especulações surgiu de lá, necessariamente.
Quando completou seis meses de governo, Dilma descobriu que o país é governado sempre por dois presidentes: o de fato e o do boato. E quando vê suas opiniões descritas em “offs” de interlocutores costuma dizer:
— Eu não me reconheço nessa Dilma. Me desculpem, mas essa Dilma aí não sou eu.
E já descobriu também a nossa manha de repórter:
— Se deixo de fazer o que anunciaram, não há problema
algum. A mídia se justifica com um “a Dilma recuou”. Anotem, se tudo que eu disse não acontecer, já sabem!
‘Niver’
A bela ministra Gleisi Hoffmann, que interrompera o recesso por causa das trapalhadas do colega Fernando Bezerra, pediu ontem, toda cheia de dedos, para Dilma liberá-la.
E foi correndo para o Paraná preparar o bolo de aniversário da filha Gabriela Sofia.
Enquanto trabalhava em Brasília, o maridão, Paulo Bernardo, ficou cuidando das crianças lá no estado.
Claro, afinal, alguém tem que trabalhar nessa família.
E que não seja só a mulher. Já que não faz nada no trabalho, Paulo Bernardo tinha que fazer algo em casa.
Xará
Amiga parisiense do empresário Ricardo Amaral mandou-lhe recortes de jornais europeus, com a seguinte dedicatória: “Estou orgulhosa, você ganhou o mundo.”
Já não era sem tempo.
Só que, mais uma vez, confundiram-no com o homônimo do livro da Dilma.
Meus ídolos
Ao citar aqui os jornalistas-escritores, omiti, injustificavelmente, os nomes de Edney Silvestre e Mauro Ventura.
Injustificável porque, no caso do Edney, fui um dos primeiros a receber o “Se eu fechar os olhos agora” (Prêmio Jabuti Melhor Romance 2010) e “A felicidade é fácil” — romance lançado em novembro. No caso do Mauro, “O espetáculo mais triste da Terra”, é mais injustificável ainda. Fiquei horas na fila de autógrafos, até que a generosa alma do pai, Zuenir Ventura, vendo meu sofrimento, tirou-me da fila e, dia seguinte, recebi o livro com bela dedicatória.
‘Ridículo’ é a inveja!
Aprendi, como repórter, a não brigar com o fato, Sua Excelência o fato.
O fato é que, com ou sem feixe de luz, a atriz Maria Fernanda Cândido é uma das mulheres mais lindas do planeta. Portanto, reafirmo tudo o que escrevi sobre ela.
E ainda achei pouco.
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