segunda-feira, janeiro 10, 2011

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Setor de brinquedo prevê crescer 15% com barreira a importado 
Maria Cristina Frias 

Folha de S.Paulo - 10/01/2011

Presenteado pelo governo no final de dezembro com um aumento de imposto a importações, o setor brasileiro de brinquedos registrou crescimento de 11% no ano passado.
O faturamento da indústria, que combateu a entrada de produtos chineses durante todo o ano, ficou em R$ 3 bilhões, segundo levantamento da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos).
A elevação de 20% para 35% do tributo ao importado deve contribuir para um crescimento de 15% do mercado nacional em 2011.
Para isso são esperados cerca de 2.000 lançamentos no mercado de brinquedos.
A meta do setor é ganhar mais de 5% de participação sobre os chineses, origem de quase 90% das importações brasileiras.
Hoje o mercado está dividido em 60% de importados e 40% de produção nacional.
"Estamos otimistas quanto ao enfrentamento aos produtos chineses. O Brasil é um dos únicos sobreviventes do ataque chinês na América. Praticamente todos os mercados foram quebrados pela China, que produz 85% do brinquedo do mundo", diz Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq.
As vendas no último Dia da Criança, principal data para o comércio de brinquedos, com 40% da participação anual, tiveram incremento de 12% ante o mesmo período do ano anterior.
No Natal, que representa 30%, a alta foi de 9% na mesma base de comparação.
O maior volume ficou concentrado em jogos cartonados, bonecas e carros com controle remoto.

LÍNGUA SOLTA

A rede de escolas de inglês para adultos Wise Up, pertencente ao Ometz Group, planeja expansão neste ano.
A estratégia entra em prática em tempos de avanço da concorrência, como o Grupo Multi, da Wizard, que comprou recentemente a Yázigi.
Até março, a Wise Up vai abrir 75 escolas, para superar as 300 unidades no país, segundo Flávio Augusto, presidente do grupo.
A empresa, que já está presente na Argentina, chega neste mês aos EUA.
"No ano passado, abrimos no Brasil uma a cada 2,5 dias", diz Augusto.
Com 650 pontos atualmente, o grupo engloba as bandeiras You Move, Lexical, Wise4U e Go Getter.
A meta é chegar a 850 no final deste ano.

TVs 3D venderão 500% mais neste ano, diz pesquisa

O aumento nas vendas de televisores 3D será de 500% em 2011, de acordo com estudo da consultoria Accenture.
O preço ainda é o principal obstáculo para a aquisição desse produto, segundo 57% dos 8.000 entrevistados.
Entre os jovens até 24 anos, a reclamação sobre os valores das TVs 3D é de 64%.
A pesquisa revela também que há mudança no perfil dos consumidores de celulares, que estão migrando para aparelhos mais caros e com novas funções.
Assim, a quantidade de smartphones vendidos será 26% maior no próximo ano, segundo a Accenture.
Outros produtos que vão vender mais em 2011 são os tablets e os "ebooks", 160% e 133%, respectivamente.
Eles ocuparão parte do mercado que é dos laptops, cuja procura cairá 39%.
O estudo analisou a intenção de compra dos consumidores em relação a 19 produtos e foi realizado em oito países: Brasil, Alemanha, China, Estados Unidos, França, Índia, Japão e Rússia.

INFLAÇÃO SETORIAL

Os economistas Heron do Carmo (FEA/USP) e José Dutra Sobrinho (Insper) assumem neste mês como presidente e vice, respectivamente, do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia de São Paulo).
"Queremos que o conselho participe mais do debate econômico", diz Carmo.
"Formaremos comissões para discutir temas, como câmbio, inflação e orçamento público, e apresentar à sociedade", diz Dutra.
Carmo defende a redução gradual do teto da meta de inflação, para 4%.
Para reduzir, o governo deveria aprimorar o sistema de indexação, na opinião de Carmo. "Cada contrato tem sua realidade de custo. E o índice, como o IGP, não reflete a realidade de cada setor. Não deveriam usar um índice geral para reajustar os contratos, como os de pedágios."
Para o economista, os contratos mais importantes, como de telefonia e energia, deveriam ter índices setoriais, que reflitam os custos da atividade, além de um fator moderador que meça a alta de demanda e de rentabilidade.
"O ganho deveria ser repassado ao consumidor, via alta menor da tarifa."

SEM PONTUALIDADE
Passadas as festas de fim de ano, os atrasos acima de 30 minutos e cancelamentos das empresas aéreas continuam, segundo levantamento da Infraero. TAM e Webjet tiveram porcentagens maiores de fila de espera.

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