quinta-feira, julho 08, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Papéis de empresas voltadas para o mercado interno são destaque na Bolsa 
Maria Cristina Frias
Folha de S.Paulo - 08/07/2010

Os setores têxtil e de eletroeletrônicos foram os destaques da Bovespa no primeiro semestre deste ano.

Os papéis desses segmentos tiveram valorização média de 32%, de acordo com levantamento realizado pela consultoria Economática.

As ações da Hering foram destaque do setor têxtil, com alta de mais de 60%. No de eletroeletrônicos, os papéis da IGB, antiga Gradiente, subiram mais de 100%.

Porém, de acordo com analistas, o desempenho dessas ações não representa uma tendência dos setores. "Eles são compostos por papéis de baixa liquidez, que tiveram valorizações isoladas e pontuais", diz Ricardo Martins, da Planner Corretora.

Apesar desses aumentos, o Ibovespa, índice que reúne as 65 ações brasileiras mais negociadas na Bolsa paulista, acumulou desvalorização de 11,2% nos primeiros seis meses deste ano.

Os setores com papéis voltados para o mercado interno foram os que tiveram desempenho superior, na avaliação dos analistas.

"O que fez a Bolsa cair foi muito mais o cenário externo do que os fundamentos das empresas", diz Frederico Soares, da HSBC Corretora, que destaca como positivo o desempenho das ações das empresas de energia elétrica e telecomunicação.

Para Martins, os papéis das empresas voltadas para o mercado externo ainda dependem muito da recuperação da economia europeia.

Por conta do clima de incertezas, os investidores acabam saindo da Bolsa para buscar investimentos considerados mais seguros, como os títulos dos EUA.
Guarda-roupa e Penteadeira
A Lancôme fechou parceria com a estilista Juliana Jabour no Brasil para comemorar seus 75 anos no mundo. O objetivo da empresa é ao mesmo tempo ligar a marca a um nome da moda e alinhar-se à cultura da consumidora brasileira. A empresa pretende ampliar no país sua participação além da venda de fragrâncias, que sempre foi seu carro-chefe no mercado nacional, segundo Cinthia Marino, diretora no Brasil. A venda das linhas de tratamento de pele e maquiagem é estratégica. "Tivemos crescimento de cerca de 30% só em tratamento, no primeiro semestre, após o lançamento de um produto ativador de juventude", afirma Marino.
Mais vantagem no Álcool
O etanol fechou o primeiro semestre do ano com preços mais competitivos que a gasolina na capital paulista.

Em junho, o álcool registrou preço médio de R$ 1,33, queda de 7,31%, contra o valor de R$ 2,47 da gasolina.

Esse foi o quarto recuo consecutivo do combustível, que já soma 33% de economia ao consumidor, segundo a Ticket Car, empresa de gestão de despesas veiculares.
PPR e Gucci visitam negócios de moda no país
François-Henri Pinault, presidente do PPR (Pinault-Printemps-Redoute) e Robert Polet, CEO da Gucci estão no Brasil para conhecer o mercado de moda.

Pinault, cujo grupo inclui as grifes Alexander McQueen, Stella McCartney e Puma, e Polet devem se reunir hoje com Oskar Metsavaht, dono da marca brasileira Osklen. A previsão era de que embarcassem de volta para a França hoje, após compromissos no Rio.

Em São Paulo, Pinault e Polet participaram de uma reunião interna na loja Gucci, na Capital, na noite de terça.

O empresário também visitou com executivos do grupo lojas na rua Oscar Freire, nos Jardins, em São Paulo.

A comitiva de Pinault também pretendia reunir-se com executivos do grupo brasileiro InBrands, dono de grifes como Ellus e Richards. Na pauta: o mercado de grifes brasileiras e a evetual expansão de marcas internacionais da PPR na América Latina.
Hóspede no Volante
O americano David Edelstein, empresário do setor hoteleiro e fundador da companhia de bens imobiliários Tristar Capital, chegou ontem a São Paulo. Veio apresentar ao público brasileiro o seu empreendimento na rede W, o novo W South Beach, hotel-condomínio de luxo, que recebeu investimentos de US$ 465 milhões. O novo projeto de Edelstein, que é ex-taxista de Nova York, tem 408 apartamentos com vista para o mar, e atrai celebridades e milionários, em Miami. "O mercado brasileiro é muito significativo para a marca. Recebemos principalmente nova-iorquinos, europeus e brasileiros", afirma o empresário. O W South Beach é o 31º da rede W Hotels, que agora passa a associar a sua marca a hotéis de grande porte. O objetivo da rede é dobrar o portfólio até 2011.

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