Baixa produtividade reduz crescimento da AL
FOLHA DE SÃO PAULO - 20/03/10
O baixo crescimento da produtividade é apontado como a principal razão para os países da América Latina e do Caribe apresentarem crescimento inferior ao dos países avançados.
A conclusão é de estudo realizado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que analisou os ganhos e as perdas de produtividade de 76 países em relação aos EUA.
O Chile foi o único país da região em que a produtividade cresceu na comparação com os EUA. De acordo com o levantamento, o aumento foi de 19% no período de 1960 a 2005.
O Brasil foi um dos países em que a produtividade caiu menos em relação aos EUA, com queda de 2% no período.
O estudo rompe com a noção comum de que a região sofre escassez de investimentos. Com políticas que promovam uma melhor utilização dos recursos existentes, a América Latina poderia acelerar o crescimento econômico e reduzir a diferença de renda per capita em relação às nações industrializadas, segundo o relatório elaborado pelo BID.
De acordo com o levantamento, os custos elevados de transporte, o crédito escasso e os altos impostos são apontados como os principais fatores para a baixa produtividade no continente latino.
O estudo sugere que o crescimento econômico poderia melhorar com regimes tributários simplificados e com políticas voltadas para fornecer bens públicos essenciais, como infraestrutura, bem como medidas para promover a inovação tecnológica no setor privado.
O BID analisou a produtividade em vários segmentos da economia. A agricultura é o setor que apresenta o maior crescimento, embora o avanço seja ainda inferior à média mundial.
O pior desempenho foi o do setor de serviços, que emprega cerca de 70% da força de trabalho na região.
"BNDES CHINÊS"
Com o apoio do China Development Bank Corporation, será realizado o seminário "Oportunidades de Negócio no Setor de Petróleo e Gás no Brasil", de quinta-feira a domingo, da semana que vem, em Pequim, Xangai e Dalian, na China. Representantes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), da Petrobras e do Prominp (programa do governo para o setor), além de empresários do setor de energia, fazem parte da missão do Brasil.
ARTE SUPERA CRISE
A sexta edição da SP Arte, feira anual de arte que vai reunir 81 galerias na Bienal, entre os dias 28 de abril e 2 de maio, está com 40 galerias na lista de espera -30 nacionais e dez internacionais.
A situação reflete o modo como o mercado brasileiro de arte superou a crise, afirma Fernanda Feitosa, diretora-geral da feira.
"As turbulências afetaram muito os mercados de arte no mundo, pois os grandes bônus vinham estimulando as vendas. A edição de 2009 foi a primeira da feira em um cenário desfavorável. Mas o país não sofreu tanto, pois os artistas brasileiros não estavam com os preços inflados."
A fila de espera não será toda atendida, pois a ideia é que o crescimento da feira acompanhe o amadurecimento do mercado consumidor no país. "Não quero dar ideia de feira vazia."
A feira de 2009 girou cerca de US$ 15 milhões. "Sem contar os negócios pós-feira, que não tenho como contar." Para este ano, são esperadas 15 mil pessoas. Serão expostas 2.500 obras modernas e contemporâneas, que podem custar de R$ 1.500 a R$ 1 milhão.
MODA EXECUTIVA
Esmaltes de cores berrantes no trabalho. Sim ou não?
A última moda dos esmaltes, em tons chamativos de azul, amarelo e verde, deve ficar fora dos escritórios.
Yolanda Cerqueira Leite, vice-presidente da Whirlpool, diz que as cores "lembram adolescente" e, portanto, não combinam com atitude profissional.
"Em uma reunião de trabalho não fica bem chamar a atenção do interlocutor para as suas unhas", afirma.
Em ambientes descontraídos, como agências de publicidade, as cores até podem entrar. Nos ambientes de empresas formais e escritórios de advocacia alguns tons de vermelho são válidos. "Sou a favor do vermelho, com bom senso", diz.
Outra executiva reconhecida pela elegância, Isabel Gomes, diretora da 3M, diz que "discrição é característica importante no trabalho, principalmente quando se está em posição de modelo". Para ela, vermelho e rosa são permitidos. "Principalmente se souber combinar com o batom. Mas, as outras cores chamativas é melhor deixar para usar socialmente."
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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