Segundo consórcio põe Eletrobrás em zona de conforto no leilão da usina
A formação de um segundo consórcio (Andrade Gutierrez, Neoenergia, Votorantim Energia e Vale) para participar do leilão de Belo Monte (PA) deu à Eletrobrás tranquilidade para se movimentar no tabuleiro de xadrez da disputa pela hidrelétrica. Se persistisse a falta de concorrência ao grupo Odebrecht-Camargo Correa, a estatal seria levada pelo governo a liderar uma segunda aliança, para garantir a competição. Com isso, acabaria pondo em lados opostos duas de suas controladas — provavelmente, Eletronorte e Furnas. É que o primeiro consórcio certamente reivindicaria um sócio estatal para equilibrar a disputa. Agora, a holding do setor elétrico tem a opção de entrar no projeto se associando diretamente ao vencedor, numa estratégia mais em linha com a gestão do presidente José Antônio Muniz, diz uma fonte do setor. Mais de uma vez, ele já se declarou contrário à concorrência direta entre as subsidiárias.
Um fato novo que pode tirar a estatal da zona de conforto é a entrada na disputa do GDFSuez, de origem francesa. O grupo — sócio de Eletrosul, Chesf e Camargo Corrêa na hidrelétrica de Jirau (RO) — ainda faz mistério sobre a intenção de disputar Belo Monte. Se entrar, pode atrair a estatal e até levá-la a redesenhar os outros dois consórcios.
É que o acesso a crédito do gigante estrangeiro poderia tirar competitividade dos locais. A dúvida é se interessa ao Suez entrar na briga, acirrando a competição num leilão em que vencerá a menor tarifa.
Ibase parte para controle social
Após 13 anos da criação de seu Balanço Social, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) optou por não atualizar mais o modelo. Em seu site, a ONG afirma que a ferramenta de transparência empresarial foi amplamente difundida. Desde 1997, 362 companhias adotaram a metodologia. O diretor-geral do Ibase, Cândido Grzybowski, vai mais fundo. Diz que o aumento do rigor para a concessão do Selo Ibase gerou divergências. Temas como diversidade de gênero, raça e relação salarial eram evitados.
Episódios como a suspensão do selo do grupo sucroalcooleiro J.Pessoa, acusado de trabalho escravo, também mostraram que a ONG não teria como fiscalizar o cumprimento das práticas. “Não queremos ser uma auditoria. O Balanço está ligado à ideia de autorregulação. É hora de partir para o controle social, com a criação de metas positivas. Isso reafirmará a autonomia da sociedade civil”, diz Grzybowski. Ele lembra que a ação exigirá o envolvimento de empresas e governo. O Ibase ainda discute como fará isso na prática, mas o legado de grandes projetos como Comperj, Olimpíadas e CSA para o Rio e seus cidadãos é prioridade.
O SPOLETO fechou parceria com a Wessel. A boutique de carnes vai fornecer 20 toneladas por mês à rede de 249 restaurantes. A carne será usada em polpettones, ravióli de picanha e molho à bolonhesa da casa.
Turbinada
A Turbomeca inicia em março as obras de expansão de seu centro de reparos de turbinas, em Xerém (RJ). O investimento de R$ 8 milhões elevará em 90% a capacidade de manutenção da unidade, hoje de 250 turbinas por ano.
É no novo hangar que serão reparadas 102 equipamentos do Exército Brasileiro. O quadro de 240 funcionários deve crescer 20%.
Repartição
As dez hidrelétricas de Furnas pagaram R$ 163,7 milhões em royalties pelo uso da água em 2009. O valor superou em 7% o repasse de 2008. Rio, São Paulo, Minas, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal dividiram R$ 65,5 milhões. Cifra idêntica foi distribuída a 139 cidades dos cinco estados.
Formalização
A Jucerja registrou abertura de 2.521 empresas em janeiro no Estado do Rio. Houve alta de 9% sobre um ano antes. O comércio de roupas liderou o processo, com 566 negócios.
OVO EM PÉ
A LINDT venderá ovo de Páscoa tradicional no Brasil este ano. É a 1ª vez que a marca traz ao país o Lindor Egg 300g (foto), o ovo vertical. Em 2009, testara uma caixinha com o produto deitado. A meta é vender 30% mais.
Dança das cadeiras
A Dasa contratou Marcelo Rucker, ex-Votorantim e Ambev, para sua Diretoria de Recursos Humanos. A contratação põe fim ao processo de reestruturação da empresa de medicina diagnóstica. Nos últimos meses, a Dasa trouxe quatro novos executivos do mercado e promoveu três da casa.
Alta em TI
A Alog Data Centers Brasil, de serviços de infraestrutura de TI, ampliou em 30% seu faturamento em 2009, para R$ 81 milhões. O crescimento veio a reboque da expansão do setor no país, diz o presidente Sidney Breyer.
“Empresas que terceirizam o serviço reduzem custos com tecnologia em ao menos 30%”. A Alog ganhou mais 300 clientes, somando 1.150.
Data center
Com a expansão, a Alog vai investir R$ 50 milhões este ano, sendo R$ 30 milhões na construção de um 2odata center em São Paulo. Vai triplicar sua capacidade. A empresa tem ainda um data center no Rio. Os outros R$ 20 milhões vão para infraestrutura. A meta é crescer mais 30% em 2010.
Na mira
MUMBAI. A mineradora estatal indiana NMDC está prestes a comprar 50% das operações brasileiras da Ferrous Resources por US$ 2,5 bilhões, publicou o “Economic Times”. A Ferrous deve emitir novas ações para a NMDC nos próximos anos.
Tanque vazio
PODE FALTAR combustível na França em sete dias. É que os funcionários da Total, responsável por metade do abastecimento do país, estão em greve há seis dias.
Empregados de outras refinarias também vão parar.
Deu sopa
A CAMPBELL Soup, maior fabricante mundial de sopas, ampliou ganhos em 11% no segundo trimestre fiscal, para US$ 259 milhões. A alta foi puxada por redução de gastos em marketing e alta nas vendas.
O PÃO DE AÇÚCAR vai investir R$ 1,5 milhão este ano para ampliar em 25% a oferta de eventos próprios no cartão-postal carioca. Hoje, o segmento responde por 20% da receita da empresa do bondinho.
Segmentando
Shoppings de pequeno e médio porte em cidades com 200 mil a 400 mil habitantes de alto potencial de consumo. É a aposta da carioca PátioMix para somar ao menos dez empreendimentos em cinco anos.
Criada pouco mais de um ano atrás, tem três projetos em carteira. O primeiro, o PátioMix Costa Verde, será inaugurado em outubro, em Itaguaí (RJ). “Já temos 70% do espaço locado, com âncoras como C&A e Lojas Americanas e grifes como Mr. Cat e Taco”, diz o diretor Leonardo Matheson, sócio também da BRMalls, uma das gigantes do setor. Vai construir ainda unidades em Resende e Linhares (ES), orçadas em mais de R$ 100 milhões e com inauguração prevista para 2011. “Nosso modelo de shopping permite a construção rápida e com custos reduzidos”, explica o empresário. O foco inicial, continua, é a Região Sudeste. A meta é lançar dois empreendimentos por ano: “O potencial de expansão no segmento é imenso, sobretudo em cidades carentes de comércio qualificado”.
Escritório na praia
A Calçada inovou para o lançamento do residencial Aloha, no Recreio. Criou um estande de vendas inspirado no Havaí. O espaço terá chão de areia, vendedores de mate e biscoito Globo e corretores vestidos a caráter. Os clientes poderão até tirar fotos numa prancha fincada em um painel com ondas. O Aloha terá 166 unidades e valor de vendas de R$ 45 milhões.
Novas âncoras
A ABL Participações fechou contrato com Casa & Vídeo, Renner, Casas Bahia e Leader. As varejistas vão se unir a C&A, Riachuelo, Ponto Frio e Centauro no pool de âncoras do Boulevard Shopping, em São Gonçalo.
O empreendimento de R$ 150 milhões será inaugurado em outubro. As megalojas marcam a estreia de Renner e Riachuelo na cidade.
LIVREMERCADO
A ZAYD fará dois lançamentos este semestre. Serão, ao todo, 212 unidades e R$ 45 milhões em valor de vendas.
A INVESTIPLAN ganhou o selo Microsoft Education Specialist. A brasileira, com isso, está autorizada a vender licenças educacionais de produtos Microsoft.
A CONSTRUÇÃO civil será tema de seminário da Apimec-Rio na 5a
João Fortes Engenharia e Bairro Novo (Odebrecht) participam. Em pauta, a classe C e a casa própria. |
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