sexta-feira, dezembro 04, 2009

ARI CUNHA

Bem público


Correio Braziliense - 04/12/2009

A reação dos cidadãos que pagam impostos, orientados por sindicalistas, foi invadir a Câmara Legislativa. A revolta começou com violência. Vidros foram quebrados, plenário invadido. Daí por diante foi ataque direto ao bem comum pago com os impostos. O povo pode ter adotado providência moralizadora. Incorreu no mesmo erro. Prejuízo no próprio bolso. A revolta pode ser aceita. A destruição, não. Autoridades de Brasília estão pagando pelo mal que prestaram ao dinheiro público. Distribuído em favor de sonegadores e maus controladores do dinheiro público. A revolta continua, o povo não se satisfaz com o que existe na cidade. Tranquilidade não se espera. Está na hora de usar a lei que não foi feita por juizes. É difícil punir. O povo espera.

A frase que não foi pronunciada


“Duvidem até das próprias dúvidas.”
Pompeu de Souza, de onde estiver, sobre o escandalone.


Telefones
Reclamações que usuários levam ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor atingem diretamente telefones do Brasil. Considerados os piores, quem sofre é o povo. A Voz do Brasil confirmou que operadoras como Telecon, Itaú, Unibanco, Claro, Tim, Sonny, e Ericsson preferem indenizar os reclamantes. Renovar equipamento e prestar serviços corretos é obrigação de quem trata de comunicação no Brasil.

Condenação
Justiça de São Paulo condenou Estevam e Sonia Hernandes, fundadores da Igreja Renascer em Cristo. Pena americana foi mais forte. Multa de US$ 105 mil, mais confisco dos US$ 56 mil transportados de forma irregular. Não podiam sair depois das 17h. No tornozelo, um chip que, se retirado, seria declarada prisão imediata.

Táxi
Há quem discorde, mas quem pega táxi todo dia é quem ouve as reclamações. Tereza Cardoso informa à coluna sobre a situação dos taxistas quanto à padronização adotada pelo GDF. A faixa com as cores do governo estraga a pintura do carro e impede os motoristas de passearem com a família.

Armas
Ser bandido nunca foi melhor que ser honesto. Com exceção da hora de usar arma. Quem paga impostos e não conhece o Fernandinho Beira-Mar tem que enfrentar uma burocracia de papeladas, recadastramentos e comprovantes para ter o direito de se defender.

Câmera
Um Nissan Frontier da Polícia Civil estava estacionado no Wall Mart em 2/11, às 16h52, ocupando duas vagas.

Leitura
Pedro Braga encanta a juventude com o texto fluente. James Joyce em Brasília é o livro que retrata um romance passado na capital federal. Pessoas comuns de diferentes culturas compõem o cenário da capital federal ao som de uma linguagem hábil e criativa.

Convite
Patrícia Frajmund convida a todos para visitar o Natal Mercado de Criação. Fica no Espaço Dez, na comercial da 102 Norte. Para quem quiser oferecer presentes únicos no natal, essa é uma opção. Hoje, sábado e domingo, com direito a cafezinho.

Fria
Votada a PEC dos Precatórios. Engana-se quem pensa que agora vai receber o que o governo deve. Pelo contrário. A OAB vai apelar para instâncias judiciais contra a aprovação da proposta. Para Marcelo Lobo, além de ser instrumento para que o governo descumpra decisões da Justiça, a aprovação da PEC representa uma ofensa ao cidadão.

Rigor
Uma multa com o mesmo valor da tarifa paga. Assim o passageiro de transporte aéreo deverá ser indenizado em caso de overbooking. O projeto é da senadora Serys Slhessarenko, mas ainda depende de votação em turno suplementar.

Punição
Mais uma. A CCJ do Senado aprovou novas regras para quem vender combustível adulterado. Por enquanto, só aplicação de multa. O que vai mudar é que o estabelecimento deverá pagar a multa e ser suspenso provisoriamente.

História de Brasília


Cavalariços da GEB estão fazendo patrulhamento na Cidade Livre para evitar novas invasões. Enquanto isso, os fiscais não veem, por exemplo, que na Avenida Central estão levantando colunas de concreto para a nova sede de uma empresa que está chegando a Brasília. (Publicado em 18/2/1961)

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